The Experiment | Malila

Capítulo 23

Era mesmo o travesseiro de Marília, o cheiro dela era bom, Maraisa piscou os olhos, acordando.

Escorregou uma mão da cintura da loira até seu rosto e coçou o canto do seu olho, ela se mexia à noite e as duas já estavam no meio da cama, uma perna da morena acabara no meio das da loira que ainda a abraçava pela cintura.

Maraisa dormira bem, por incrível que parecesse, qualquer coisa em Marília a tranquilizava, a fazia sentir que, não importando o que acontecesse, tudo estaria bem. Era estranho, mas confortador. Relanceou um olhar pelo quarto, deveria estar cedo, e caía um sereno fino lá fora. Percebeu então uma mudança sutil na respiração da loira, provavelmente estava acordando.

— Bom dia — disse Maraisa, deitando-se de costas e olhando para o teto.

— Bom dia — respondeu a mulher sonolenta, a voz rouca de quem acabou de acordar. — Achei que quando acordasse você já estaria de pé.

— Não, acordei agora.

— Está chovendo.

Marília ainda estava de lado e a olhava pensativamente.

— Eu sei — respondeu Maraisa.

— Que horas são?

— Acho que um pouco depois das sete.

— Ah — diz se espreguiçando.

A morena se levantou, sentando-se na cama.

— Onde será que o roteiro está?

— Espero que Dayane não ache que uma caça ­ao ­roteiro seja romântica, porque eu não estou com a menor vontade de sair procurando aquele mini-envelope por aí.

Depois de alguns minutos a loira viu o roteiro próximo a sacada.

— Vou pegar — diz a mesma, se levantando.

— Aham — murmurou respondendo.

Alguns segundos depois Marília entregou o roteiro para Maraisa enquanto lia as observações.

—

Roteiro do quarto dia:

1º ­ Tomar café no hotel;

2º ­ Fazer compras juntas (roupas íntimas);

3º ­ Comprar coisas para o piquenique;

4º ­ Almoçar às margens do Rio Sena em um lindo piquenique;

5º ­ Pegar as malas, sair do hotel;

6º ­ Pegar o trem de volta;

7º ­ Passear de barco;

8º ­ Ter um lindo jantar romântico no salão do barco;

9º ­ Voltar para casa;

10º ­ Dar uns amassos;

11º ­ Dormir.

—

— E então? — Perguntou Marília, ao terminar de ler as observações.

— Por favor, não me obrigue a dizer. A partir de agora, eu odeio tudo que esteja relacionado ao número dez.

A loira franziu a testa.

— Aah... Certo — e lhe estendeu a folhinha de Observações, recebendo o roteiro em troca.