Capítulo 42

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Maraisa estremeceu quando Marília roçou os lábios em seu pescoço, mas afastou-se uma distância suficiente para poder olhá-la. Os olhos de Marília estavam serenos, sem necessidade ou desejo.

Como se algo natural e casual estivesse acontecendo.

Marília sorri ao ver Maraisa fechar os olhos quando se aproximou, roçando seus lábio. A beijou lenta e perfeitamente, sem pressa alguma. Aproveitando cada segundo.

Maraisa acariciou-lhe a nuca com uma mão, eventualmente enroscando uma ou duas mechas de cabelo loiro nos dedos. Podia sentir sua mão alertando sua cintura, mas sem machucá-la.

Mal percebeunquahdo Marília a escorregou para baixo de si, se apoiando nos joelhos e nos antebraços, sem parar de beijá-la.

Maraisa podia ouvir as falas do filme e as batidas do coração de Marília ao mesmo tempo. Se não estivesse tão entorpecida, teria ouvido o próprio coração disparar também.

Marília se separou de Maraisa, mas ainda com os narizes colados lhe deu um selinho.

— Eu amo você — sussurrou, os olhos brilhando com uma ternura morna.

Maraisa sorriu.

— Eu também amo você.

Marília percorreu sua bochecha com beijos contidos e carinhosos, fazendo Maraisa semicerrar os olhos, se sobressaltou quando sentiu as mãos da loira dentro da sua camisa, acariciando sua cintura sem restrições.

Talvez com medo de Maraisa se afastar, Marília a beijou, estimulada ao sentir a pele quente e macia da mulher contra suas mãos. Seus dedos roçavam em suas costas eventualmente, fazendo se arrepiar e erguer o corpo.

A pele de Maraisa não deveria ser tão quente, seus lábios tão macios não seriam tão sedutores e suas mãos não seriam tão persuasivas. Se não fosse por isso, talvez Marília não a beijasse tão intensamente a ponto de deixa-la sem ar. Separou seus lábios de relutância, a observando entreabrir os olhos lentamente, crescer seus olhos negros cheios e curvados revelando olhos brilhantes.

Marília abaixou o rosto, mordendo seu pescoço.  A sentiu se contrair em suas mãos, e sabia que não era de dor.

— Vampiro...? — Sussurou Maraisa, fazendo Marília sorrir.

— Melhor.

Maraisa sorriu, rolando os olhos. Se afundou no sofá quando Marília a beijou, seus lábios parecendo urgentes, ela estremeceu quando sentiu o tecido da sua camisa se afastar de forma curiosa... Até perceber que a mulher havia desfeito todos os seus botões. Parou o beijo, tentando se afastar instintivamente, mas o braço do sofá a fez ver que não havia saída.

— Marília!

— Eu não resisti — confessou. — Você é linda.

— Não me venha com isso agora. E eu achando que você seria capaz de me beijar por mais de três minutos sem querer me agarrar!

— Não consigo, e a culpa é toda sua — respondeu Marília, olhando para os seios de Maraisa. Eram perfeitos, cobertos apenas por um sutiã branco meia taça.

Marília ficou com uma vontade bizarra de passar o nariz por entre eles.

Em um ímpeto, Maraisa escorregou as mãos da nuca de Marília para a camisa, fechando-a. A loira suspirou, chateada.

— Recapitulando, você é uma tarada e a culpa é minha?

— Claro. Você é linda, eu não consigo resistir.

— Não seja romântica agora.

— Eu não estou sendo — confessou Marília. — Estou dizendo a verdade.

The Experiment | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora