Camila
O jato particular é enorme e o Guilherme sinaliza para eu embarcar antes dele. Ele me pegou em casa há menos de uma hora atrás, vestido num terno estilo homens de preto. Eu subo as escadas e percebo que você pode ficar realmente em pé dentro desse avião, muito luxuoso, bancos de couro, enfeites dourados e telas de obra de arte. Os assentos são organizados em seções, que parecem pequenas salas de estar, na primeira seção tem quatro assentos de couro de camurça. Eles contêm Wallace sorrindo, me cumprimentado, assim como outros dois membros da equipe de Shawn.
— Seu personal trainer Lupe um homem careca, quarentão e a sua chef e nutricionista Diana, que reconheço sendo a mulher que me entregou os bilhetes.
— Prazer em conhecê-la senhorita Cabello. – diz o treinador Lupe. Aperto sua mão.
— Prazer é meu senhor.
— Ah! Me chame de treinador, todo mundo me chama assim.
— Bem, olá de novo. – diz Diana com seu aperto suave. — Sou Diana Souza, a chef, barra nutricionista, garota de entregas de bilhetes.
Eu ri.
— È muito bom conhecer você, Diana.
O ar em torno deles é realmente muito harmonioso e leve e a emoção flutua através de mim por fazer parte de uma equipe novamente.
— Camila.- Guilherme sinaliza na parte de trás do avião, passo ao longo corredor e pelas outras seções, passo por uma enorme televisão, um bar gigantesco e um banco de couro que se parece muito um sofá. E lá no meio dele, com seu cabelo escuro maio preso por um elástico escutando seus fones de ouvido está Shawn Mendes. Uma torre de um metro e oitenta e dois de testosterona. Um calor dispara na minha corrente sanguínea, a primeira vista dele durante dia. Ele veste uma camiseta preta que se apega a seus músculos e jeans rasgado de cintura baixa, seu corpo magnífico vestido com perfeição descansando no espaçoso banco de couro cinza. Meu coração dá um pontapé selvagem, por que ele parece tão incrivelmente sexy e eu realmente gostaria de não perceber assim, automaticamente. Acho que você não pode esconder algo tão descaradamente sexual como ele.
— Ele quer você lá traz. – Guilherme me diz. Engulo a umidade na minha boca, e vou inquieta pelo corredor do avião quando ele olha pra cima, seus olhos pregados no meu. Eu acho que vejo suas pupilas dilatando, mais não consigo ler nada na sua expressão, quando ele observa atentamente eu me aproximar. Seu olhar me deixa tão nervosa que sinto o formigamento, mais uma vez , bem no meu centro. Este é o homem mais forte que eu já vi em toda minha vida. Eu estou bastante familiarizada em sabe que nos seus genes e DNA vão gerar uma prole saudável e com ele vem uma vontade desesperada de acasalar com quem eu considero o macho principal da minha espécie. Eu nunca conheci um homem que despertasse meus instintos loucos de acasalamento como ele. Meu sexo arde com a sua proximidade. É irreal. Esta reação. Esta atração. Eu nunca acreditaria se a Taylor tivesse explicado isso pra mim. Como é que eu vou me livra disso? Lábios um pouco curvados como se estivesse se divertindo com uma piada particular, ele tira seus fones de ouvido quando paro perto dele. A música rock segue em meio ao silêncio e ele clica desligar no IPod. Ele aponta para a direita, e eu sento. Ferozmente, tentando bloquear seu efeito em mim. É como ver uma estrela do cinema em pessoa, seu carisma é impressionante. Ele tem uma aura de força bruta, cada centímetro do seu corpo magro e musculoso, o que dá a impressão de ser um homem, mas com a brincadeira encantando na sua expressão o que faz ele parecer mais jovem e brilhante. Parece que nos dois somos as pessoas mais jovens no avião, e eu me sinto ainda mais jovem do que sou, quando sento ao lado dele, como se tivesse voltado a adolescência. Seus lábios se enrolam, e honestamente, eu nunca, nunca conheci um homem mais autoconfiante, descansando quase sensualmente no seu assento, com os olhos não perdendo nada.
— Você conheceu o resto do pessoal? – ele pergunta.
— Sim. - eu sorrio. Ele olha pra mim, mostrando suas pintinhas, seus olhos me avaliando. A luz do sol bate no seu rosto, iluminando seus olhos, seus cílios tão negros e cheios, e suas piscinas de chocolate que me puxam pra dentro. Quero começar profissionalmente. Uma vez que essa é a única maneira disto funcionar, então aperto o cinto de segurança ao redor da minha cintura e começo os negócios.
— Você quis me contratar para alguma lesão esportiva particular ou mais como uma prevenção? - eu consulto.
— Prevenção. - sua voz é áspera e convida uma onda de arrepios pelos meus braços, e eu observo, pela maneira inclinada que seu grande corpo está voltado pra mim, que ele não acha necessário o cinto de segurança no seu avião. Balançando a cabeça, deixei meus olhos a deriva do seu poderoso peito e braços, então percebo que posso estar olhando descaradamente.
— Como estão seus ombros? O cotovelo? Você quer que eu trabalhe em qualquer coisa até São Paulo? Guilherme me disse que são algumas horas de voo.
Sem me responder, ele apenas estende a mão pra mim, e é enorme, com cicatrizes recentes sobre cada um de seus dedos. Eu fico olhando para ele até que eu percebo que ele esta oferecendo pra mim, então a pega em minhas mãos. Um choque passa por mim, seus olhos escurecem quando começo a esfregar a palma da mão com meus polegares, em busca de nós e opressão. O contato pele a pele é
incrivelmente poderoso e corro para preencher o silêncio que nos rodeia.
— Eu não estou acostumada a estas grandes mãos. As mãos de meus alunos são geralmente mais fáceis de esfregar.
Seu rosto fica sério. De alguma forma, não tenho certeza se ele me ouviu. Ele parece estar viajando assistindo meus dedos sobre ele.
— Você está indo bem. – diz ele em voz baixa. Eu fico extasiada nas linhas e depressões de suas mãos, cada uma de suas dezenas de calos.
— Quantas horas você se exercita por dia?. – eu pergunto em voz baixa, quando o jato decola, tão suave que nem percebo. Ele ainda está vendo os meus dedos, e eu o olho rapidamente.
— Nós treinamos oito horas. Divididas em duas partes de quatro.
— Eu gostaria de te alongar quando terminar o treinamento. É isso que os especialistas também fazem com você? - eu pergunto. Ele balança a cabeça, ainda sem olhar pra mim. Então seus olhos se agitam pra cima.
— E você? Quem alonga a sua lesão? – ele sinaliza para a cinta no meu joelho, que aparece através da minha saia na altura do joelho, o que aumentou quando eu sentei.
— Ninguém mais. Eu terminei minha reabilitação. - a ideia deste homem vendo o meu vídeo constrangedor me deixa enjoada. — Você me pesquisou também? Ou será que seus homens te disseram?
Ele pega minha mão livre e aponta pra baixo.
— Vamos dar uma olhada.
— Não há nada para ver. - mais quando ele continua a olhar para minha perna com aqueles cílios escuros, eu ainda dobro e levanto a minha perna para mostrar minha joelheira. Ele agarra com uma mão e abre o velcro e acaricia seus polegares ao longo da minha cicatriz. Há algo diferente quando ele me toca. Sua mão nua esta no meu joelho, e eu posso sentir seus calos na minha pele. EU. NÃO. POSSO. RESPIRAR. Ele sonda um pouco e eu mordo meu lábio inferior e solto um pouco de ar dos meus pulmões.
— Ainda dói?
Concordo com a cabeça, mais ainda sim só posso realmente pensar sobre a sua mão. Grande. Áspera, tocando meu joelho.
— Fui correr sem uma cinta, eu sei que não deveria, não ainda.
— Há quanto tempo foi isso?
— Seis anos atrás. – hesito e depois acrescento. — E a segunda vez há dois anos.
— Ahh, uma lesão dupla aqui. Por isso é sensível?
— Muito. - eu dou de ombros. — Na segunda vez eu já estava estudando reabilitação, se não fosse isso, não saberia o que teria feito.
— Dói não competir mais?
Ele olha pra mim com total abertura e interesse, e eu não seu como consigo responder. Eu não falei sobre isso abertamente com ninguém, dói em cada parte de mim. Meu coração, meu orgulho, minha alma.
— Sim dói, você entende né? – eu pergunto , em voz baixa, quando ele abaixa minha perna. Ele segura o meu olhar quando o polegar alisa em todo meu joelho, então nos dois
olhamos para o seu toque, como se estivéssemos chocados ao perceber que era fácil pra ele estar me tocando, enquanto nos estávamos numa conversa interna - e pra mim, por permitir. Ele solta e não dizemos nada. Eu coloco de volta meu velcro, mas debaixo da cinta eu sinto que ele está apenas encharcando minha pele de gasolina, e ela vai explodir em chamas a qualquer momento que ele me tocar de novo. CARALHO. Isso não é bom, eu não sei o que fazer. Meu relacionamento com meus clientes têm sido sempre informais. Eles me chamam pelo meu nome e os chamo pelos seus. Já fiz diversos trabalhos. Mais eles nunca me tocam. Só eu.
— Faça isso.
Ele estende a mão novamente e eu fico grata por continuar o trabalho, tenho que me acostumar a tocá-lo. Mudando para o meu lado, eu levo a mão nas minhas e a espalho aberta com os meus dedos. Ele se encosta na cadeira e estica o braço livre deixando próximo a mim. Estou consciente dos seus braços estendidos em mim e fico fervendo, mesmo que ele não esteja me tocando. E ainda estou impressionada com sua mão. Eu não sei por que, ele se senta num banco, invés de um único assento, mas de repente sua coxa está muito próxima, com os joelhos dobrados, com as pernas bem abertas, ocupando dois lugares e me deixando com um e eu posso sentir e cheirar cada centímetro dele. Nossos outros quatro companheiros de voo riem na frente do avião e seus olhos vão rapidamente pra lá, e então voltam para mim. Eu estou consciente do seu olhar enquanto eu pressiono a palma da mão com os polegares até fazer os nós nos tecidos desaparecerem. Continuo sondado e procurando mais, mais não consigo encontra mais nenhum. Então passo para o pulso. Ele tem o mais grosso e vigoroso pulso que já vi. E seu antebraço é poderosamente construído e com veias grossas que correm até o braço. Eu seguro sua mão enquanto rodo o pulso e estou perdida no movimento do seu conjunto, perfeitamente móvel. Eu sondo seu antebraço, em seguida seu bíceps que endurecem e se apertam pra mim. Fecho meus olhos e trabalho profundamente dentro do músculo. De repente o braço que está atrás de mim se dobra e sua mão enrola em torno da minha nuca. Ele se inclina e sussurra.
— Olhe pra mim.
Eu abro meus olhos para ver os seus que estão brilhando, e ele parece perfeitamente divertido. Eu acho que ele sabe que estou ficando um pouco excitada. Eu quero largar o seu braço e me contorcer, mais não quero que seja muito obvio, assim que o abaixo de volta com cuidado e sorrio de volta.
— O que?
— Nada. – ele responde, revelando suas covinhas.
— Eu estou impressionado Camila,
você é muito competente.
— Eu sou. E espere até chegar aos seus ombros e costas. Eu poderia ter que sentar em você.
Ele levanta uma sobrancelha escura e parece extremamente entretido.
— Quanto você pesa?
Eu pisco.
— Eu pareço magra, mais ainda estou um pouco musculosa.
Ele zomba. Então inclina a cabeça enquanto estende a mão para o meu braço e agarra o meu pequeno bíceps com os dedos, ainda bem que ele está firme quando ele aperta.
— Hmm. – diz ele, com os olhos dançando de alegria.
— O que? O que Hmm significa? – eu pergunto Ele descaradamente pega a minha mão e enrola os dedos em seu estômago dolorosamente sexy, musculosos bíceps. Ele nem sequer flexiona. Mais a sua pele lisa é esticada e totalmente firme sob meus dedos e me deixam sem fôlego. Ele é esse... Rapaz. Me mostrando o seu bíceps. Percebo que ele está me absorvendo e seus olhos de chocolate brilham com uma intensidade brincalhona. Eu mordo meu lábio inferior em
resposta. Já que meu trabalho exige que eu o toque muito, acho que ele acharia estranho se eu tirasse minha mão. Então ao invés eu dou um pouco de apertos com os dedos. é como apalpar uma enorme rocha rígida. Em tudo.
— Hmm... – eu digo com a minha melhor cara de pau, tentando disfarças as emoções dentro de mim. Estou desfeita. Cada órgão sexual em mim está acordado e dolorido. Meus instintos de procriação estão em alerta, rugindo dentro de mim.Ele ri e passa a mão até o comprimento do meu braço nu novamente. Ele mergulha seus dedos sob a manga da minha camisa de botão e os desliza para a direita sobre o meu
músculo tríceps na parte de trás do meu braço. Seus olhos brilham diabolicamente por que ele sabe que me tem. Não há um lugar no seu corpo que eu poderia encontrar gordura, ele provavelmente consome doze mil calorias por dia pra manter a sua massa muscular magra, ele come mais que um campeão olímpico em época de treinamento, mais não consigo calcular agora. Seus dedos ainda estão lá. Sob a minha manga, tocando a minha pele. Ele temum sorriso brincalhão no rosto os olhos dançando com malícia , sinto que não estamos conscientes de nossos corpos, mais as pessoas no avião estão.
— Humm. – ele diz baixinho e finalmente dá um pequeno aperto, nos dois rimos. Eu limpo minha garganta e me endireito. Incapaz de suportar mais toques. Sinto-me tonta e não estou feliz com isso. Então eu pego meu IPod e meus fones na minha bolsa que está no meu colo . Ele olha pra eles e então rouba meu IPod e conecta seus fones de ouvido e começa a passar por minhas músicas me entregando o seu, eu procuro sua playlist e definitivamente detesto todas as suas canções. Ele escuta só rock, e eu largo meus fones de ouvido e pego meu Ipod de volta.
— Quem pode relaxar com isso?
— Quem quer relaxar?
— Eu quero.
— Aqui. – ele me entrega seu Ipod de volta. — Eu tenho que ter alguma musica calma pra você. Ouça uma das minhas e eu vou ouvir uma dos seus.
Ele esta selecionando uma canção pra mim no seu aparelho, procuro no meu uma para ele, e escolho uma canção de “menininha” chamada All of me do Jonh Legend , que é basicamente de uma garota dizendo ao cara que ele não vai pegar ele, e jogo pra ele. Meu amor por musicas femininas é lendária. Velhas ou novas, todos os meus amigos ouvem, até mesmo o Duca. Então coloquei meus fones de ouvido pra ver qual ele escolheu pra mim e algo acontece com meu corpo quando ouço as primeiras palavras da musica, é “eu desistiria da eternidade para te tocar” do Go Go Dolls canção Iris.
“E eu desistiria da eternidade para te tocar...
Por que sei que você se sente da mesma forma...
Você é o mais perto do paraíso que eu já tive, e eu não quero ir pra casa agora..”
Eu abaixo minha cabeça para que ele não perceba que eu estou corando e quase me esforço pra não pausar a música, por que ela é muito íntima. Ouvir esta canção. Que ele estranhamente seleciona para eu ouvir. Mas eu não me atrevo a fazer uma pausa. Mesmo quando ele se inclina pra frente pra pegar minha expressão. Seu joelho roça o meu e a música continua derramando no meu ouvido. “eu não quero que o mundo me veja” ela diz. “ mais eu quero que você saiba quem eu sou”. Acho que eu nem estou respirando. Nem sei se posso. Ele também está ouvindo a minha música, e seus olhos estão tão perto dos meus, quando eu olho pra ele , posso contar cada um dos seus cílios, juro, suas Iris estão mais caramelo que o chocolate mais refinado. Seus lábios se contorcem com humor, e ele balança a cabeça com o que eu acho que é uma risada. A risada que obviamente não posso ouvir por que estou ouvindo o final de “Iris”, que ouvi pela primeira vez no filme Cidade dos anjos e que também me fez chorar. Quando o silêncio se segue ao fim. Eu lentamente retiro meus fones e devolvo o seu IPod.
— Eu nem sabia que você tinha músicas lentas ai. – murmuro, verificando o meu Ipod, já que ele me devolveu. Sua voz é baixa e tímida.
— Eu tenho vinte mil canções, tudo está ai
— Não. – eu digo em descrença quando verifico, e é verdade. E a Taylor acha que é fodona por que ela tem dez mil e eu vou ter que dizer que ela não é. E agora o que não consigo entender, por que dentre vinte mil canções ele escolheu essa pra mim.
— Você gostou? – seus olhos me perfuram e sei que ele pode ver minhas bochechas vermelhas.
Concordo com a cabeça. Ocasionalmente durante a viajem, ele me passa seus fones e Ipod e faz-me ouvir uma música sua e eu procuro uma pra ele. Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas quando ele sorri pra mim com aquele sorriso preguiçoso que me mostra suas covinhas ouvindo todas a musicas femininas que eu escolho, como” Thinkin of Loud “do Ed Sheeran, quero derreter, ao mesmo tempo , o sorriso do diabo do mal aparece e decide me pegar quando ele coloca “Love Bites “ do Def Lepard pra mim. Eu morro ouvindo o som poderoso de seu Dr. Dre salta derramando nos meus ouvidos, vocais masculinos, cada palavra sexy parece pulsar no meu sexo. As palavras tão cruas e carnais, que me faz pensar sobre ele, e eu, tocando e beijando e amando... e eu odeio por
uns segundos , ainda acredito que é exatamente isso que ele queria que eu pensasse.