Camila
Me sinto deliciosa depois. Solta e relaxada, e muito, muito desejada. Suspirando, pego um braço masculino pesado e dobro-o em volta de meus ombros, para que eu possa me aconchegar no canto de seu peito, e então beijo seu mamilo mais próximo. Ele tem o mais perfeito, mais sexy e menor mamilo masculino que já vi, sem um único pelo em todo o seu peito. Só beijar esse mamilo faz meu sexo se apertar de novo, mesmo ainda completamente dolorido. Ele agarra meu corpo preguiçoso e me posiciona bem em cima do corpo dele, enquanto se deita de costas, como se ele fosse a minha cama, e minhas pernas descem no comprimento das dele, meu corpo voltado para baixo enquanto ele fica virado para o teto. Estamos abdômen contra abdômen, umbigo contra umbigo. Ele roça o nariz em minha testa, acariciando minha bunda bem devagarzinho.
— Hum, você está com meu cheiro.
— Hmmmmm – respondo. Ele fecha a mão em uma das nádegas e cheira minha testa de novo:
— E o que esse hmmmm quer dizer? – ele diz.
Sorrio na escuridão.
— Você falou isso primeiro do que eu.
— Isso queria dizer que quero comer você. Seus pequenos bíceps. Seus pequenos tríceps. – Ele me beija na boca e arrasta a língua sobre meus lábios. — Agora você.
Pegando sua mão, eu a aperto entre os nossos corpos, para que ele possa sentir tudo o que ele espalhou pelo meu abdômen:
— Isso significa que vou dar uma de francesa e ficar sem tomar banho uma semana pra poder sentir seu cheiro em mim.
Ele geme e nos muda de posição, e assim minha lateral atinge a cama, e então ele alcança entre as minhas pernas onde estou encharcada daquilo que ele acaba de me dar. Seus olhos brilham nas sombras enquanto desliza naquele sêmen suave escorrendo por minha coxa por um caminho que leva de volta para a minha vagina ainda inchada, como se ele não quisesse sair de meu corpo.
— Grudento? – ele pergunta em um murmúrio rouco, inclinando a cabeça e lambendo meu ombro enquanto empurra sua porra de volta para dentro, com um dedo. — Quer me lavar de você?
O pensamento dele empurrando sua porra de volta para dentro de mim me deixou excitada, então agarro sua cabeça e o trago para mais perto.
— Não, eu quero que me dê mais.
Ele traz os dedos úmidos para meu rosto e empurra o dedo médio em meus lábios, como se estivesse me pedindo para provar.
— Eu quis comer você desde a primeira noite em que a vi – sua voz sai rouca enquanto me vê chupando o dedo em minha boca. O sabor dele fez coisas loucas em mim, e meu sexo se agitou com a necessidade de senti-lo dentro de mim novamente.
— Eu também... – Estou sem fôlego e me esforçando para respirar enquanto lambo cada gota. Ele empurra um segundo dedo úmido em minha boca, e seu sabor salgado me revigora. Meus olhos se fecham quando levo minha língua por todo o comprimento dos dedos. Estou com tanto tesão que acho que dou um gemido.
— Você gosta do meu sabor? – murmura ele com a voz pastosa.
— Hmmm... É só isso que eu quero de agora em diante.
Maliciosamente, dei uma pequena mordida em seus dedos e, de repente, pude sentir sua ereção voltando e se apertando contra meu corpo. Alguma coisa que eu disse... o deixou excitado?
— Eu sempre vou querer minha dose de Shawn depois do jantar. – continuo, e sou eu a ficar superexcitada enquanto ele continua engrossando. — E talvez antes do café. E depois do almoço. E na hora do chá.
Ele geme, em seguida arrasta-se por entre as minhas pernas abertas e curva sua cabeça para baixo para me provar. Sua língua se estica entre meus lábios. Meus olhos se fecham enquanto arqueio meu corpo, o calor de sua boca me fazendo arfar. Ele pega minhas nádegas com as mãos e aperta a minha carne, sua língua molhada deslizando mais e mais pelo meu clitóris.
— Eu quero... gozar... em cada parte do seu corpo... – sopra ele dentro de minha vagina, os olhos fechados enquanto se ergue e empurra sua ereção contra a fenda exterior da minha entrada. Estou pegando fogo de desejo. Preciso dele dentro de mim de novo, na minha boca, no meu sexo, em todo o meu ser. Agarro a parte de trás de sua cabeça e começo a balançar meus quadris inquietos em uma súplica silenciosa, enquanto empurro minha língua em sua boca.
— Pode gozar onde quiser, dentro, fora, na minha mão, na minha boca.
Quando pego aquele membro rígido em minha mão, ele goza instantaneamente, o líquido quente derramando-se sobre meu pulso. As convulsões são tão poderosas quanto ele, e meu sexo fica úmido enquanto assisto, e o pau é tão magnífico e rude, que subitamente o jogo de costas e salto sobre ele, levando-o para dentro de mim com um gemido de surpresa pelo tamanho que ele adquiriu novamente. Ele rosna de prazer e joga a cabeça para trás, agarrando meus quadris e me puxando para cima, em seguida, me abaixando novamente enquanto continua dando estocadas e seu pênis estremece lá dentro. Um grito de êxtase rasga através do meu corpo enquanto nos convulsionamos, e
sinto seu calor explodir dentro de mim. Estou totalmente mole e letárgica quando caio de costas sobre ele.
— Na noite que sedaram você – pergunto a ele, horas mais tarde, quando afundo a ponta de meu nariz contra seu mamilo novamente, ainda sem fôlego depois de uma longa sessão de carinho. A gente não tem o suficiente. Como adolescentes. Compensando semanas e semanas de desejo. — Aquilo foi um episódio?
O travesseiro se agita quando ele balança a cabeça, e eu deslizo minha mão sobre a barriga de tanquinho, esfregando gentilmente enquanto o espio sem saber se ele quer fazer isso agora.
— Podemos falar sobre isso?
Meu toque parece fazer com que o Shawn feche os olhos, sua voz aveludada ao pegar minha cabeça e a apertar contra seu pescoço, me afagando.
— Talvez prefira falar com o Gui sobre isso.
Estou grudenta por causa de nosso desejo e gosto disso, passando minhas mãos por ele, que está suado também. O pensamento de tomar um banho com ele, lavando “ele” e, em seguida, ficando tudo de novo pegajoso me faz querer gemer.
— Por que você não fala comigo sobre isso, Shawn? – pergunto, em voz baixa. Ele se senta e torce os pés para fora da cama, então esfrega as mãos pelo rosto.
— Porque em um monte de episódios eu não me lembro do que faço.
Merda. Quebrei o clima.
— Tudo bem, eu vou falar com o Gui sobre isso, mas volte para a cama – digo, rapidamente cedendo quando noto a tensão em sua postura. Ele olha para fora da janela, o seu corpo perfeito. Tão perfeito. Pernas firmes, de braços cruzados, seus músculos perfeitamente alimentados, formados, e tensos.
— Eu me lembro de você – a voz é áspera. — No meu último episódio. As doses de tequila. O jeito que você estava. O pequeno top que estava vestindo. As noites que dormiu na minha cama.
Saber que ele nota o que eu visto me faz formigar. Tenho quase certeza de que quando ele se virar eu vou ser uma piscina de lava sobre a cama, já esperando ele vir me foder. Ele parecia tão feliz naquele dia, com as tequilas, sua energia era como a de um sol. E, em seguida, capotou numa noite em questão de horas.
— Eu queria muito que a gente desse certo – admito dolorosamente. Ele se vira.
— Você acha que eu não? Eu queria que acontecesse desde que... – Ele volta para a cama e me arrasta para ele, beijando meus lábios ferozmente. — Cada segundo eu quero que aconteça.
Toco seu maxilar.
— Alguma vez você já machucou alguém?
A dor se agita em seus olhos novamente, e ele parece assustado, soltando o braço de mim.
— Eu machuco tudo o que toco. Eu destruo as coisas! Essa é a única coisa em que sou bom. Já encontrei prostitutas na minha cama de que não me lembrei de trazer comigo, e as joguei para fora do quarto de hotel sem roupa e putas da vida porque não me lembro do que fiz. Já roubei, vandalizei, acordei em lugares em que nem me lembro de ter ido... – Ele respira fundo e suspira. — Olha, como o Gui e o Wallace alternam seus dias de folga, sempre tem alguém para me desligar por um dia ou dois quando fico fora de controle. Vou lá e depois volto. Ninguém se machuca.
— Só você. Ninguém se machuca, só você – sussurro infeliz, e prendo a mão dele nas minhas apenas porque tenho medo de que ele vá sair da cama, e não quero que ele faça isso. Parece que levei uma vida para trazê-lo aqui comigo, para começo de conversa.
— Shawn, eles precisam mesmo apagar você desse jeito? – entrelaço meus dedos nos dele quando faço a pergunta.
— Sim – ele diz enfático. —Especialmente se eu quiser... isso – Ele sinaliza para mim, e para ele,
com a mão livre, e me aperta com a outra. — Eu quero isso. Muito – ele esfrega meu nariz com o dele. — Estou tentando não estragar tudo, certo?
— Tudo bem.
Ele beija as costas da minha mão que ele está segurando com a dele, e seus olhos brilham mais uma vez.
— Tudo bem.
***
Meu relógio interno não vai me deixar dormir depois das seis da manhã, mesmo depois de uma noite como a que eu passei com ele. Cócegas de prazer correm pela minha pele ao me lembrar de todas as maneiras que fizemos amor na noite passada. Meu olhar pousa em seu corpo sobre a cama, e a sensação de posse que me atinge é tão poderosa, que tudo que posso fazer é não me prender permanentemente a seu grande corpo pecaminoso. Com calma e com um sorriso tonto que não vai deixar meu rosto, escorrego para fora da cama, sabendo que o Gui e o Wallace não vão deixá-lo dormir muito e, com certeza, não além das dez horas. Gui já está na cozinha, tomando um café, e já que existem milhares de coisas que desejo perguntar, eu me junto a ele. Enrolando minhas pernas debaixo do meu corpo em uma cadeira, vejo-o lendo o jornal da manhã e vou tomando uns goles do meu café, então limpo a garganta e digo com voz rouca:
— Ele me contou.
Por um momento, a única emoção no rosto de Gui é o choque.
— Contou o quê? – Agora ele parece em dúvida.
— Você sabe. – Ponho o café na mesa e ergo a sobrancelha. O Guilherme abaixa o jornal, sem sorrir.
— Ele nunca conta a ninguém.
Suas palavras me fazem franzir a testa.
— Não fique alarmado. Ele contou a você uma vez, não foi?
— Ele não me contou, Camila, eu era seu enfermeiro. No hospital, no último ano que ele tava lá.
Minha mente gira de confusão quando tento imaginar o Guilherme num jaleco e cuidando do meu grande lutador em uma enfermaria. Isso eu não podia imaginar. Jamais. A imagem é tão errada que tenho dificuldade em mantê-la na minha cabeça.
— Você estava com ele na enfermaria? – Tudo bem, sei que isso parece estúpido, mas é tudo o que consigo ser capaz de perguntar. Os lábios do Gui se apertam firmemente quando ele concorda.
— Isso me deixa puto. – Ele faz uma carranca sombria para seu café, depois balança a cabeça. — O Shawn é um bom cara. Um pouco imprudente, mas... Não é culpa dele! Ele nunca machucou ninguém. Vivia fechado atrás de um muro, aquele garoto. Ele apenas corria feito louco no quintal e fazia suas flexões em uma árvore do lado de fora, durante todo o dia usando seus fones de ouvido e se fechando para tudo. Eles o mantinham drogado o tempo todo desde que, em uma ocasião, ele ficou agitado demais e disse que todo mundo devia fugir. Eles o seguiram e foi uma grande confusão e, a partir daí, ninguém mais ia lhe dar uma chance de ficar agitado de novo, eles apenas injetavam aquela merda nas veias e se poupavam do problema.
— Meu Deus! – O choque, o horror e a raiva que sinto se espalham sobre mim como uma doença, e mal posso engolir o café que tenho em minha boca.
— O Shawn não é louco, Camila. – enfatiza Gui. — Mas eles o tratavam como se fosse. Até mesmo seus pais. Tudo o que ele tinha em termos de conforto eram aqueles malditos
fones de ouvido. É por eles que o cara raramente se expressa. Ele simplesmente não consegue. Ele tem vivido muito fechado há anos. Com um coração que acabou se derretendo por ele, percebi que desde o início o Shawn se abriu para mim através da música, que é algo que parece familiar e reconfortante para ele e, de repente, vividamente, quero ouvir mais uma vez cada uma das músicas que ele me mostrou.
Meus olhos ardem um pouco, e eu abaixo a minha cabeça para que o Gui não veja que fiquei emocionada. O Shawn é um homem silencioso. É um homem físico e se apoia em seus instintos físicos, mas acho que ele nem sabe muito bem como verbalizar suas emoções. Eu me pergunto se sou também um pouco fechada, como o Shawn. Será? Na minha vida, frequentemente contei com a Taylor para dizer coisas que quero, mas que me sinto tímida ou constrangida para admitir. Nunca disse a ninguém, depois de meu acidente, que aquilo era uma merda. O Shawn é tão diferente de mim, e ainda assim somos tão iguais que juro que posso entender esse homem na minha alma. De uma hora para outra, tenho que lutar contra o impulso de ficar de pé, ir para a cama, e me enroscar com ele.
— Aquela noite no hotel... Quando você injetou alguma coisa nele... O que foi aquilo?
— Um episódio. Não é realmente outra personalidade, como as pessoas pensam. Bem, isso até é, em parte, mas é mais como um estado de espírito. É uma expressão alternativa do gene, em conflito com a anterior. Alguns gatilhos externos geralmente trancam uma expressão do gene, e outro se expressa, o que muda o seu humor de forma intensa. – Gui encontra o meu olhar com os seus olhos castanhos quentes, preocupados, seus traços se torcendo de dor. — Ele sofre muito, Camila. Porque não se lembra do que faz quando fica assim. Estou de volta para todas as noites em que ele veio para o meu quarto, com aqueles olhos escuros, e beijou-me sem sentido até de manhã.
— Mas ele me disse que se lembrou de algumas coisas – digo esperançosa.
— Às vezes sim, mas às vezes não. A questão é que ele não pode confiar em si mesmo para saber ao certo o que fez quando “apagou”.
E é por isso que ele está tentando ser tão cuidadoso comigo... Minhas entranhas ficam moles.
— Então, quem contou a o Wallace?
— Eu contei a o Wallace. Tive de contratar outra pessoa para que eu pudesse ter um dia de folga. Senão, quando voltasse,o Shawn teria se metido numa porrada de problemas. O treinador também sabe sobre isso, é claro, e Diana suspeita que algo está acontecendo, mas ela não sabe o que ele tem. Ela só acha que ele é mal-humorado.
Suspirando, Gui se serve de um pouco mais de café.
— Eu o ajudei a sair daquele lugar quando ele pôde fazer isso. Eu me demiti e ele me disse que queria ir ver seus pais, e que me pagaria se eu lhe desse uma carona. Então concordei. – A raiva corta o rosto do Gui quando ele retorna ao seu lugar.
— Mas os pais não queriam nada com ele. Eles estavam apavorados com a simples visão do filho. Merda, você devia ter visto o drama. A mãe começou a chorar, o pai disse ao Shawn que eles queriam viver em paz, e Shawn só ficou lá. Eu podia vê-lo lutando pra conseguir dizer algumas palavras. Não sei se ele queria implorar por uma chance ou não, mas não disse nada. Os pais simplesmente bateram a porta na cara dele. Assim que saímos, Shawn começou a lutar, pra ganhar dinheiro com a luta. Ele era bom, então entrou no boxe profissional e me contratou em tempo integral como seu assistente. Ele comprou a casa em Austin e tentou outra vez se aproximar dos pais, e quando finalmente eles pareciam estar satisfeitos com sua fama crescente, o chamaram para jantar. Mas foi então que, no fim de semana, a concorrência provocou ele, contratando um idiota para segui-lo depois de um torneio. O Shawn tem um pavio curto, mesmo quando está em um estado de espírito normal.
Meu café esfriou, então também fui pegar um novo enquanto processava tudo isso. Gui continua quando me vê sentar.
— Então ele foi expulso, e os pais não apareceram no restaurante. – Ele suspira enquanto eu me sento aqui, nós dois tristes e sofrendo pelo Shawn, depois acrescenta: — Não parece muito, o que ele lhe contou, Camila. Mas viver com isso pode ser difícil.
Seus olhos pousam acima da minha cabeça, e sei que ele está me avaliando. Posso sentir a pergunta em seus olhos quase como se ele tivesse falado isso. Ele está preocupado que eu venha a largar o Shawn. E não sei que garantia posso dar, especialmente quando não tenho nenhuma ideia do que esperar de sua bipolaridade. Mas eu sei que quero ficar. Eu quero mesmo.
— Ele tentou ir para a faculdade também – acrescenta Gui. – Mas não conseguiu terminar nem um ano, sempre se metendo em brigas. Com qualquer provocação o cara ataca, e continuou introduzindo os punhos na faculdade a todos que achou que mereciam. — Foi onde conheceu Wallace?
— Não, apanhando dele, não. – Ele ri, com os olhos brilhando por um momento. — O Shawn de fato ficou ao lado de Wallace. Wallace não era o jovem encantador que você vê agora, quando estava na faculdade – Ele pisca de brincadeira. — Ele era como eu. Ambos geeks, pode crer. Nenhum de nós era, assim, legal. Mas o Shawn foi o mais legal de todos os encrenqueiros. Todo mundo queria um pedaço dele, principalmente as mulheres. Ele tinha toda essa gente em cima dele, durante todo o dia, e até mesmo os caras o seguiam, ainda mais quando ele estava ficando acelerado. Excessos são muitos quando ele está no começo dos dias negros. O álcool, as mulheres, adrenalina, aventura. Gui continua:
— Na verdade, ele ficou sob intenso analise todos esses anos, na ala psiquiátrica, por causa da mudança de cor dos olhos. Não é incomum isso acontecer com quem sofre de transtorno bipolar, mas é raro. Duas expressões de genes conflitantes, que variam quando um é acionado e o outro é desligado. Temos o arrogante e confiante Shawn, e o bipolar Shawn. O bipolar Shawn ainda tem um bom coração, mas não é razoável. Ele não é cruel e, certamente, não é maldoso. Mas é imprevisível e violento, e tende a destruir coisas, inclusive a si mesmo. Ele voa alto e desaba com força. Desta vez, você o viu em baixa, e não foi tão ruim quanto nas outras vezes em que ele vai lá pra baixo. De alguma forma, Wallace e eu sentimos que talvez tenha sido porque você o manteve interessado.
Ele parecia querer vê-la e continuou a sair, pelo menos por isso.
— Gui, como posso ajudar o Shawn? – pergunto impotente, empurrando meu café de lado e dando-lhe toda a minha atenção. — Por favor, me diga como ajudá-lo, fico doente de pensar você usando essa merda que joga nas veias dele.
Ele suspira e puxa a gravata preta perfeita, afrouxando-a um pouco.
— Não sei como você pensa, Camila, mas eu sei que você é um divisor de águas. Ele nunca foi atrás de alguém do jeito que foi atrás de você, mas mesmo assim, não posso parar de usar isso. Shawn... Toda a vida dele está à espera do outro par de chinelos. Você tem que entender que o seu lado normal às vezes não se lembra do que o lado negro faz. Houve casos, quando a polícia veio bater à sua porta, dizendo que ele tinha invadido e assaltado uma loja de bebidas, e ele: “De jeito nenhum, eu estive na cama a noite toda”, e os policiais: “Senhor, a bebida ainda está em seu carro”.
— Sério? – Eu pisco para isso. Ele acena sombriamente.
— Ele teme que vá ficar negro, depois acordar com os olhos marrons e aí você já terá ido embora, porque ele fez algo para machucá-la.
Penso em como parecia importante o meu contrato de três meses trabalhando para ele. E me lembro da noite em que ele foi à loucura, gritando ao Gui e ao Wallace onde diabos eu estava, e o que eles tinham me contado sobre ele. De alguma forma, essa constatação me faz sentir quente e reafirmada mais uma vez.
— Tudo de ruim acontece com o Shawn quando ele está negro – acrescenta o Gui com um barulho de sua xícara vazia. — Ele acorda e descobre que foi expulso do boxe. Da última vez ele apostou todo o dinheiro que tinha e acordou para descobrir que, se perder nesta temporada, vai acabar com muito pouco pra se sustentar. Wallace e eu tentamos levá-lo a assumir o controle, mas ele é difícil. O Shawn é muito forte e muito teimoso. E agora, tem você. Eu não sei se você é boa pra ele, ou a pior espécie de calcanhar de Aquiles que pode existir. Mas não temos escolha, não é? O Shawn quer você.
As palavras do Gui rolam dentro da minha cabeça enquanto fico olhando para o papel de parede cor de pêssego. Está levando tempo para eu absorver todas essas informações. Nunca soube o que é amar alguém assim. Minha vida no Rio de Janeiro me espera... Taylor... Meus pais. Eu tenho pelo menos mais um mês, e quero passar cada segundo que puder com ele. Eu o amo mais a cada tanto que aprendo. Ele é complicado e complexo, um labirinto onde quero me perder. Ele é meu lutador, e eu quero mesmo lutar para ficar com ele. Mas simplesmente não sei contra o que vou ter que lutar. Se é contra algum medo em mim... Um pouco de medo nele... Ou contra aquele lado negro dele.
— Também o quero demais – digo a o Gui, dando um tapinha no ombro. — Tanto que sou capaz de enfiar essa merda em suas veias se você continuar cutucando o Shawn com isso, entendeu?
Ele cai na risada. Levo a xícara vazia para a pia, lavo, depois preparo alguma coisa para o café da manhã, e envio uma mensagem de texto para Taylor:
“A terra se moveu. Sim! Foi tremendamente orgástico! Meudeus!”
E, finalmente, pouco antes das dez da manhã e antes do Wallace vir nos acordar, volto para cama e me tranco com ele. Coloco na mesa de cabeceira um copo que trouxe e me inclino sobre seu corpo nu e sopro, enquanto o meu coração e meus órgãos sexuais incham com a sua proximidade.
— Se Levante, pedaço de mau caminho.
Pego a bunda sexy do Shawn e aperto aquelas rochas, e cerro os dentes, porque quero mordê-la, ela é tão suculenta e quente.
— Eu não sou a Diana, mas esse costumava ser o café da manhã dos campeões antes da campeã rasgar o ligamento e detonar o joelho. Agora você tem seus serviços de quarto, composto por todas as guloseimas açucaradas para isto – espremo seus bíceps. — E isto – deslizo minha mão sobre seu abdômen. — E isto – toco sua linda cabeça e seu hipnotizante labirinto no cérebro. De repente, percebo que se não fosse por aquele acidente, eu não estaria aqui com este homem. E é a primeira vez que percebo que eu poderia não apenas estar feliz, mas grata, pelo universo ter me redirecionado em meu caminho. Sua voz sexy é abafada pelo travesseiro.
— Por que você está me trazendo café da manhã na cama?
Dou um tapa na sua bunda, e a carne não se move nem um pouco.
— Porque você se parece com todas as minhas fantasias e alimentar você faz todo o meu corpo se renovar. É uma coisa feminina. Vamos, beba.
Ele se senta, olhando com aqueles olhos de chocolate, e pega o copo. É um shake de proteína feito com tâmaras, e eu adoro tâmaras. Elas têm gosto de caramelo e posso comer vinte delas de uma tacada quando desce minha menstruação e surge aquela fome incontrolável.
— Isso é bom pra caralho – ele diz, e volta a beber. Sorrio ao vê-lo beber o resto me sentindo quente. Adoro a forma como ele come, realmente bem. Seu corpo gosta dele por isso, assim como sua pele. Nunca vi o Shawn comer porcarias. Mesmo quando ele está usando o serviço de quarto, é sempre legumes e peixe ou carne para ele. Acho que ele não gosta de guloseimas. Isso mostra disciplina e responsabilidade com o seu corpo, e eu o admiro por isso. Sua luta é agressiva para suas células e exige muito das adrenais, que é a fonte de energia que as células produzem, e eu acho maravilhoso o fato de que ele se alimenta corretamente logo após as lutas. Ele é um atleta de coração, mente e corpo, e é incrivelmente gostoso pra mim. Meu telefone dá um sinal enquanto ele traga o último gole, e a mensagem é a resposta da Taylor para minha mensagem de texto. Imaginando que ela deveria estar correndo, deixei de lado para responder mais tarde.
— É a Taylor, a minha amiga. Ela está animada porque houve alguma ação entre mim e você. – Eu sorrio.
Ele ri, um som delicioso e incrível, então fica sério, seus olhos tão carinhosos em meu rosto que minhas entranhas derretem.
— Você sente falta dela?
Concordo com a cabeça e quero contar que ela conhece a Nina, e que ela é como o meu psiquiatra, mas de repente ele se lança para fora do quarto. Começo a recolher meu equipamento atlético, então ele retorna.
— Diga a ela para se apresentar no balcão da Southern com o código que está neste papel. Há uma passagem em seu nome para que ela possa nos encontrar em Chicago. Eu vou cuidar do quarto dela no hotel.
— Não! – digo em pura descrença emocionada. Sua resposta com duas covinhas vai direto enrolar meus dedos.
— Shawn, eu...
Não sei o que eu quero dizer, mas na verdade sei. Quero que este homem saiba que sou absolutamente louca por ele, que não vou desistir se ele ficar... excessivo. Mas estou com muito medo de ser a única a dizer algo assim... duradouro. Se eu disser a palavra que começa com A, o que isso vai significar para o meu futuro? Quero que ele se concentre. Quero o meu lutador campeão. E quero que ele diga a palavra com A para mim não porque a ouviu antes, mas porque, no fundo de seu mundo emocional complicado, ele está certo de que sente isso por mim.
— Por que você está fazendo isso? – pergunto então.
Uma sobrancelha escura é puxada para cima, quando ele vem com suas duas covinhas.
— Por que você acha? – Ele beija minha orelha e fala bem baixinho em meu cabelo: — Porque a sua bunda fica deliciosa naquelas calças apertadas que você veste. É uma coisa de homem.
Uma risada me escapa, e suas covinhas se aprofundam. Ele me puxa para perto e me cheira, e eu enterro meu rosto e sinto o cheiro de seu pescoço, então nos afastamos com um som que é um gemido mútuo. Vou para o meu antigo quarto para me trocar, e no caminho mando uma mensagem para Taylor:
“Meu homem é tão louco por mim que arrumou uma passagem pra minha melhor amiga vir me encontrar em Chicago. Por favor, não agradeça com nada sexual porque: a) vou ter que matar você e b) é isso que eu vou fazer mas c) ainda tem o Gui e o Wallace.
Taylor: Meudeus meudeus! Você está falando sério? Eu vou precisar dar uma boa desculpa para chefinha para que eu possa ir!
Camila: Dê um belo trato nela! Estou morrendo de vontade de ver vc!
A ideia de ver o Taylor me fez sorrir e fez minhas entranhas borbulharem o dia todo. Preciso urgentemente falar com ela ou vou explodir com o que estou sentindo.
***
Naquele dia, enquanto Shawn treina, fico ocupada no meu telefone e faço algumas chamadas discretas aos hotéis da cidade. Nina não está hospedada em nenhum deles, mas sei que ela está com aquele tal Lobão. Ele é tão rude que não consigo sequer imaginar por que minha romântica irmã teria se envolvido com ele. Ele não é nem mesmo um encrenqueiro sexy como Shawn. Mas estou formulando um plano, e a Taylor vai me ajudar perfeitamente sem disparar um só dos instintos protetores do Shawn. O pensamento me faz olhar para ele, e ele está pulando corda com facilidade, fazendo aquelas batidas quando a corda voa por cima e vira, depois um pé, depois outro. Minhas coxas ficam quentes quando me lembro das muitas vezes que fizemos amor. Eu queria saber qual é a sensação de tê-lo dentro de mim. Agora sei. E sinto que estou sendo possuída por tudo que é masculino e poderoso no mundo. Mais tarde, vou alongá-lo, e minhas mãos deslizam tão livremente sobre seus músculos aquecidos que sinto como se o corpo dele tivesse sido feito para mim. Para eu tocar. Meu. Só meu. Um calor abrasador assola meu corpo quando seu tronco liso treme sob meus dedos. Seu peito está arfando, ele está cansado e precisa ir comer, e tudo o que posso pensar é saltar sobre ele quando levá-lo de volta para a cama comigo. Quando dou a volta no banco para trabalhar em suas costas, ele me puxa em um braço e me chama para o seu colo, enterrando o nariz no meu cabelo.
— Hmmmm. – rosna baixinho no meu ouvido. Meus mamilos imediatamente ficam duros. Agora que eu sei que “hmm”, para Shawn, significa que ele quer me comer e meus bíceps. Não consigo evitar o líquido quente que corre entre as minhas coxas. Ele recua com os olhos masculinos brilhando e prende uma mecha que se soltou da minha tiara atrás da minha orelha.
— Eu posso sentir o quanto você está quente para mim – ele murmura com um olhar faminto em minha boca. Minha respiração fica agitada, e olho discretamente além de meu ombro. Vejo que o treinador e o Wallace estão ocupados recolhendo todo o material que o Shawn usou, como luvas e cordas, assim posso voltar para ele e sussurrar:
— Bem, você já se viu? – Meus lábios roçam a concha de sua orelha e eu deslizo minhas mãos em seus ombros e corro meus dedos por suas costas musculosas. — Você já se viu?
Mal posso deixar minhas mãos longe. Tirar os olhos de seu corpo é como me pedir para me afogar, e não posso fazer isso.
Seus olhos de chocolate cintilantes capturam os meus, e ele levanta uma mão e agarra o meu cabelo, tirando minha tiara. Joga a fita de lado, e em seguida passa os dedos pelo meu cabelo solto.
— Você é minha agora. Não vou deixar ninguém ter você.
— Eu sei – suspiro dramaticamente. Como se isso fosse uma dificil tarefa...
Ele sorri com ternura para mim, então força meus braços ao redor de sua nuca suada. Vejo que as gotas de suor continuam agarradas à testa e fico com vontade de secá-las com minha boca.
— Eu gosto de mim quando me vejo através de você, Camila. – Gentilmente, ele agarra meus tornozelos e coloca minhas pernas ao redor de seus quadris. Seus olhos brilham em pura satisfação masculina quando sua ereção bate o ponto entre as minhas pernas, e ele inclina a cabeça para baixo e mordisca meus braços estendidos, os dentes provando meu bíceps através da manga do meu casaco. — Hmm. E gosto de você assim ainda mais.
— Shawn! – Tento me erguer, mas ele me mantém pressionada pelos meus quadris, rindo quando eu olho na direção de Wallace e do treinador, que ainda estão limpando.
— O que é isso? O dia de show de sexo grátis?
— Façam uma caminhada, pessoal! – ele grita, e dentro de cinco batimentos cardíacos rápidos, estamos sozinhos. Com o enorme ginásio e toda a área da esteira, de equipamentos de musculação, e o ringue de boxe só para nós dois. As academias que ele usa são sempre alugadas exclusivamente para ele, e o conhecimento de que ninguém vai aparecer atira fogo em minhas veias. Shawn desliza as mãos em torno de meus quadris e espalha seus dedos sobre minha bunda enquanto me puxa para baixo sobre sua ereção. Minha respiração para quando descaradamente trago uma dessas grandes mãos masculinas para cima, então bem devagar eu forço que se prenda ao redor da curva do meu seio, coberto por um top apertado sob a jaqueta aberta. Ele não se move ao longo de um momento de parar o coração. Então, abaixa a cabeça escura, e usa o nariz para cutucar o meu casaco, abrindo-o para um lado e depois para o outro. A maneira sensual com que seu rosto fuça em mim faz minha temperatura se elevar vários graus. Sinto-me febril no momento em que as curvas de ambos os meus seios ficam totalmente expostas. Antes de recuar, Shawn inclina ligeiramente a cabeça para lamber meu queixo, em seguida, ele se inclina para trás para olhar, absorto, enquanto seus dedos se apertam em volta do meu peito, com os olhos semicerrados. Um mundo de sensações corre pela minha corrente sanguínea quando ele me aperta com a mão que eu tinha colocado em meu corpo. Seu polegar se enfia na tira que prende meu top esportivo e sutiã. Suspiro. Ele está respirando com dificuldade agora. Seus olhos seguem meu abdômen liso, analisando minhas coxas tonificadas em minhas calças de corrida, até onde minha vagina está situada em um V apertado de nylon verde esmeralda contra seu pênis. Meus músculos internos apertam desenfreadamente quando aqueles olhos marrons se concentram com exclusividade nesta parte do meu corpo. Onde minha vagina úmida pressiona contra a grande ereção que incha de forma proeminente em sua calça de moletom cinza.
— Quero você nua – ele rosna.
— Shawn, como vou olhar de novo nos olhos deles, se eles souberem o que estamos fazendo agora? Aqui?
Seus reflexos nos olhos brilham de maldade pura quando ele lentamente puxa minha jaqueta dos meus ombros.
— Eu pensei que você não podia tirar os olhos de cima de mim.
— E não posso.
— Então você admite que gosta dos meus músculos?
— Eu amo os seus músculos.
— Você gosta de como faço uso deles?
— Sim.
Minha respiração é curta e agitada quando ele me agarra pela cintura, me coloca de pé e puxa para baixo a minha calça de corrida até que fico apenas de calcinha e sutiã esportivo.
— Você gosta do te faço com minha boca? – continua Shawn.
— Gosto.
Nesse exato momento eu quero beijar meu sutiã quase tanto quanto quero beijá-lo. Ele tem um zíper bem no meio e é tão fácil de tirar quanto um sutiã com o fecho na frente. Quando o Shawn abaixa lentamente o zíper, eu mordo meu lábio e vejo seu rosto. Cheio de luxúria. Masculino. Fazendo-me formigar por toda parte.
— Você gosta do que faço com meus dedos? – Sua voz é baixa e suave, e eu estou completamente excitada com as perguntas que ele me faz.
— Sim, Shawn.
Ele descobre os meus seios, e se eu olhar em qualquer lugar, menos para ele, sei que me verei nua nos espelhos altos nas paredes que nos circundam. Ele tem o monopólio da virilidade, este homem, e não sei o que pode acontecer comigo se eu o vir de todos os ângulos desse jeito. Meu sexy e musculoso Shawn, gloriosamente nu, e multiplicado por dez? Oh, Deus.
— Gosta do que faço com você com... isto? – Quando ele tira sua calça de moletom, desmaio com a visão de dez bundas dele nos reflexos, a cintura estreita e os ombros poderosos. E seu pênis, de pé diante de mim. Acabei de morrer.
— Definitivamente, sim.
Na ponta dos pés, uso os ombros dele para me impulsionar para cima e esmagar sua boca com a minha, e ele chupa minha língua e puxa minha calcinha pelas minhas pernas e me coloca nos tatames, a nossa carne nua deslizando suavemente uma contra a outra.
— E se alguém aparecer? – protesto pela metade.
— Não antes de você gozar.
Ele me espalha e abre meus braços e minhas pernas, e agora fica apenas olhando. Estou ofegante por antecipação, sentindo-me exposta. Para ele. Seu olhar penetrante castanho acaricia a carne de minha intimidade , e sinto aquele olhar dentro de mim. Onde eu estou apertada, molhada e inchada. Meu clitóris pulsa, e se ele abrisse meus lábios, poderia ver como me deixa molhada. Meu coração bate descontrolado enquanto ouço o ruído das esteiras quando eu descaradamente abro minhas pernas ainda mais. A necessidade pega na minha garganta quando seu rosto se aperta, então ele esfrega a mão entre minhas pernas, mergulhando o polegar levemente em meus lábios. Suas pálpebras descem, e sua expressão suaviza quando mergulha o polegar na fissura. Minha respiração se interrompe, e pego o meu lábio inferior entre os dentes. Um arrepio me percorre quando ele arrasta os dedos da minha vagina para meu umbigo, e depois entre os meus seios, para acariciar os lábios da minha boca com o mesmo dedo que havia usado para acariciar meu sexo. Ele fecha a outra mão em concha no meu seio e esfrega o polegar no mamilo enquanto faz o mesmo na minha boca, e não respiro mais. Seu toque é dolorosamente provocador, e um tremor me percorre quando ele finalmente aperta meu peito na palma da mão, puxando meu mamilo para fora, enquanto inclina devagar sua cabeça escura. Ele prolonga o momento, fazendo-me gemer quando a ponta de sua língua úmida desliza pelo bico do seio endurecido. Meus olhos embaralham. Tremores de fogo me sacodem, e eu abro a boca com desespero para saborear o dedo que ele tinha usado para acariciar minha vagina, que ainda paira contra meus lábios e é perfumado pelo meu cheiro. Preciso lamber alguma coisa, preciso usar a minha língua em alguma coisa, e enquanto Rafa se dirige para o meu outro seio, me observa com muita atenção e empurra o dedo profundamente em minha boca, como se soubesse o que eu quero. Minha língua envolve seu dedo quando ele belisca a ponta do meu mamilo latejante. O êxtase escorre pelo meu corpo. Ofegante, mordo o polegar enquanto ele usa seus lábios para beliscar meus seios. O prazer irradia através de todo o meu ser quando ele puxa meu mamilo com os dentes, e eu desesperadamente agarro seus ombros e afundo minhas unhas em sua pele enquanto ele desliza uma mão entre minhas coxas.
— Você precisa de mim pra gozar?
Ele empurra o dedo bem fundo em mim, e meu sexo aperta. Meu corpo inteiro se aperta com a sensação inebriante de seu toque dentro de mim.
— Sim, mas eu quero você dentro de mim – suspiro.
— É aí que vai me receber.
Ele roça meu canal interior, e fecho meus olhos quando me desintegro sob ele. Minhas mãos deslizam para cima em seu potente peito, e estou gravando essa fabulosa sensação na memória enquanto minha pélvis empurra contra a palma da mão numa ansiosa expectativa. Meus mamilos doem e me estico para esfregar meus seios contra o peito dele, enquanto corro os dedos ao longo das costas.
— Faça amor comigo.
Ele geme e acaricia sua língua contra a minha.
— Ainda não... – ele murmura e suga a carne do meu lábio inferior em sua boca, em seguida, solta e sopra ar através da carne molhada. — Ainda não, mas em breve...
Sua voz é gutural, mas há uma gentileza nela que dissolve minhas entranhas e não posso fazer nada além de ofegar. Ele se arrasta entre as minhas pernas abertas e enterra a cabeça entre as minhas coxas, e sua língua passeia entre meus lábios sexuais. Meus olhos se fecham quando arqueio as costas, o calor de sua boca causando um curto-circuito em meus sentidos. Ele fecha a mão em minhas nádegas e me prende, a língua molhada deslizando para provar meu clitóris novamente.
— Você gosta disso? – pergunta, as palavras abafadas.
Concordo com a cabeça. Em seguida, percebo que ele não pode me ver.
— Sim...
Ele abaixa o rosto para mim de novo, rosnando profunda, mas suavemente quando enterra a cabeça entre minhas pernas e brinca com meu clitóris com a língua. Meus joelhos tremem quando minhas pernas tentam se abrir ainda mais. Um orgasmo começa a se construir, todos os meus músculos tensos, e eu agarro no topo de sua cabeça, pegando um punhado de cabelo úmido:
— Não... Por favor... Eu quero gozar com você.
Ele não escuta. Sua cabeça está ocupada movendo-se entre as minhas coxas separadas. Ele parece ronronar entre as minhas pernas e é tão surpreendentemente voraz que posso sentir seus dentes. Suas unhas mordem minhas coxas enquanto ele me devora como se fosse o único prazer decorrente do ato, e estou tão excitada pelo jeito que ele me lambe, que gozo. As convulsões me balançam debaixo dele, e ele faz outro som e continua agindo ao acrescentar um dedo em mim. Ele levanta a cabeça e me olha ir ao clímax, me tocando agora. E eu continuo a gozar para ele, explodindo em mil e um pedaços. É sempre tão intenso com ele, que dura muito tempo. Estou tremendo quando ele vem para cima, e está pulsando contra meu quadril quando esmaga minha boca.
— Me deixe... – respiro, e procuro entre nossos corpos, mas ele agarra meu pulso com sua mão.
— Calma – diz Shawn, esforçando-se para recuperar o fôlego, mas eu ignoro e ansiosamente agarro a parte de cima de seu pau na minha mão. O tesão corre em mim mais uma vez quando sinto a umidade sedosa na cabeça inchada. Gemendo, ele abaixa a cabeça escura e lambe minha orelha, sua respiração quente e rápida no meu ouvido. Eu o toco hesitante, de alguma forma esperando que ele venha me parar, mas ele não o faz. Oh, Deus, isso é a coisa mais erótica que eu já fiz. Faço um som de prazer e viro a cabeça para ele. Começamos a nos beijar. Ele leva o beijo para o próximo nível, acrescentando a língua e os dentes, e eles me iluminam como fogos de artifício. Sensações correm pelo meu corpo com cada toque úmido, meus dedos apertando seu eixo quando o meu punho desliza sobre ele. Minha outra mão vai para o seu cabelo, e eu seguro seu beijo para mim. Grosso e macio, enrolo meus dedos no cabelo sedoso enquanto enterro todo o meu ser no seu sabor, nele. Sua ereção vibra em minha mão, e eu me agito com uma nova necessidade selvagem quando sinto o seu tamanho, sua força, pulsando quente e autoritariamente. Ele é tão irresistivelmente sexy que a cada segundo que fico aqui, debaixo dele, sofro uma morte lenta. Quero devorá-lo. Amo o jeito que ele me guarda, me protege, a maneira como ele olha para mim, a forma como me sente, o mais excitado, mais sexy homem que já segurei na minha mão. Tento fechar meu punho em torno dele, e embora não possa, sinto que aquilo que ele segura se quebra quanto tento apertá-lo. Ele me puxa para cima para esmagar a minha boca com a sua, então, facilmente me vira e me coloca em posição de cachorrinho.
— Assim. – ele comanda no meu ouvido, então força minha cabeça para esmagar minha boca novamente até sentir meus lábios incharem por causa dele. Coloca sua testa na parte de trás da minha cabeça com um gemido de fome que ressoa em meu núcleo. Meu sexo pulsa quando Shawn me inspira, e ele fica me cheirando quando esfrega seu pau ao longo da minha bunda. É uma sensação muito boa quando ele empurra para dentro. Eu choro e vejo seu reflexo, como ele está completamente em cima de mim. Montando em mim. Ele está nu e brilhante, e todos os seus músculos estão em ação quando seus quadris balançam, os braços segurando a parte superior do corpo em cima de mim. Ele usa seus braços para me comer, suas costas, seu abdômen, coxas, nádegas. Eu nem sequer me vejo direito, apenas um rápido vislumbre de como pareço pequena debaixo dele, uma cor de damasco contra seu bronzeado, meu cabelo está caindo pela minha nuca , meus seios saltando, e o olhar no meu rosto... Eu nem sabia que podia parecer tão esfumaçado e desperto, bochechas rosadas, os meus olhos brilham como os de uma louca, porque estou olhando para o único homem por quem já senti alguma coisa. Ele me mantém em minhas mãos e joelhos e sussurra:
— Olhe pra mim. – E ergue a minha cabeça para que eu encontre o seu olhar no espelho. Ele quer que eu veja, e mal posso manter meus olhos abertos. A visão de nós dois fazendo amor é terrivelmente erótica. Minhas pálpebras vibram semicerradas, e Shawn puxa e se arrasta ao longo da fissura, apertando minha bunda em torno dele, em seguida, empurra com um gemido imoral em minha vagina dolorosamente molhada.
— Olhe pra mim.
Eu faço isso. Quando abro meus olhos, vejo todos os músculos fortes, os ombros quadrados, seus peitorais duros e seus mamilos pequenos brilhando suados, e tremo ao ver os músculos da mão direita flexionando-se quando ele desliza para baixo em meu abdômen para acariciar meu sexo. Seu corpo vibra contra o meu, e estou pronta para gozar quando ele acrescenta o seu polegar em círculos de parar o coração por cima do meu clitóris. Eu me abro mais de tesão. Ele é lindo e é a coisa mais viril que já vi. E é meu. O olhar de paixão em seu rosto é por minha causa. A luxúria em seus olhos é por mim. Um orgasmo feroz se agita no meu ventre e gemo debilmente, pedindo que Shawn o libere.
Ele me ouve.
Ele me olha no espelho como se nunca tivesse visto nada como eu... Seus olhos selvagens, primitivos. Possessivos. Cada grama palpita de prazer quando ele se retira e detém seu pênis duro na minha entrada molhada, a mudança travando meu clímax no auge, e então ele empurra de volta para dentro de meu corpo em um processo lento, num ritmo novamente delicioso.
— Siimm... – rosna, com os olhos fechados enquanto empurra pra frente. Meu orgasmo aperta e revira dentro de mim. Tremulo só com a imagem sexy dele, perdido em mim, e de repente ele resmunga e agarra o meu cabelo em seu punho, virando a minha cabeça e batendo a boca na minha. Minha vagina está líquida de vontade. Seu pênis se arrasta dentro de mim, grosso e duro, em meu sexo, em meu ser. Eu o aperto com os músculos de meu sexo e balanço meus quadris para trás sem parar, em súplica silenciosa.
— Empurre cada centímetro seu em mim... Quero cada centímetro de você – imploro. Ele empurra mais profundamente com um rugido, o movimento provocando um gemido meu. O ritmo que estabelecemos de repente é violento e rápido. Posso ver os meus seios saltando quando ele me come, meu corpo sacudindo com os movimentos poderosos de
seus quadris. Seus bíceps se apertam enquanto ele agarra meus quadris e me segura quieta. Ele já está acabando. Seus quadris balançam em mim e eu sou uma massa de luxúria com a vista magnífica dele por trás de mim. Olhos fechados, músculos salientes, rosto tenso. Eu empurro para trás e engulo um gemido quando ele derrama em mim, quente dentro do meu sexo. As convulsões são tão poderosas quanto o Shawn, e meu sexo pulsa enquanto assisto e depois gozo também. Ele continua pulsando dentro da minha vagina enquanto os tremores me tomam, mantendo as mãos entre as minhas coxas e acariciando meu sexo com as grandes mãos que me enlouquecem. Choro baixinho seu nome e ele geme o meu, e quando estamos saciados no tatame, eu apenas sei. Eu sei. Com certeza. Cem por cento à décima potência. Eu me apaixonei completamente por ele.