Capítulo 6

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Camila


É Sábado, meus hormônios estão me deixando louca, me arrependi mais de uma meia dúzia de vezes por concordar em ir a luta o que me consola é o fato de que a turma está mais que animada sobre isso. A Taylor chamou a Fabi e o Duca pra vir com a gente. A Fabi trabalhava com a Taylor no escritório de contabilidade e o Duca ainda está estudando pra ser dentista e ele é meu vizinho de apartamento e amigo de longa data e amigo da bruna desde o ensino médio. Ele é irmão que eu nunca tive e é tão tímido com as mulheres que realmente teve que pagar a uma profissional pra tirar a virgindade dele aos vinte e um anos.
— Eu estou tão feliz que você esta levando a gente Duca — diz Taylor entrado na parte de trás comigo.
— Interesseira! Eu sei que é só isso que você quer de mim – ele diz rindo, mais sei que está tão empolgado quanto ele pra ver essa luta. A quantidade de pessoas é pelo menos o dobro do que foi quando estivemos aqui a ultima vez, esperamos cerca de 20 minutos para subir no elevador que nos leva a arena.Enquanto Taylor e a turma vão encontrar nossos lugares, eu deslizo o passe dos bastidores em torno do meu pescoço e lhes digo.
— Vou entregar alguns dos meus cartões de visita para alguns lutadores que encontrar por aqui.
Eu seria louca de deixar passar essa oportunidade. Estes atletas são os principais, os principais músculos e destruidores de órgãos, uma arma letal lutando um contra o outro e claro que é aqui que eu vou ter uma oportunidade de trabalhar com reabilitação temporária. Enquanto espero na fila para ser permitida entrar no acesso restrito, o cheiro de cerveja e suor permeia no ar. Eu detecto Duca acenando e mostrando nossos lugares ao centro, no lado direito do ringue e fico surpresa ao perceber que ficaremos muito perto dos lutadores. Vamos poder ver a luta desde o extremo da arena sem ter que pagar nenhum centavo, os
bilhetes custavam de cinquenta a quinhentos reais e o que o Shawn nos mandou são todos de quinhentos. Estando eu desempregada desde que terminei a faculdade, nunca teria condições de comprar esses lugares, meus amigo todos recém formados também não. Amontoada entre as pessoas, eu finalmente começo a passar meu passe nos bastidores com um sorriso feliz e eu sou autorizada por um longo corredor com várias salas abertas de um lado. Cada sala possui bancos e fileiras de armários e eu detecto vários lutadores em diferentes cantos da sala, conversando com usas equipes. No terceiro quarto eu olho, e ele está lá, e uma corrente de nervosismo passa através de mim. Ele está perfeitamente relaxado e sentado, curvado, num banco vermelho longo, vendo enquanto um homem com cabelos grisalhos e barba enfaixa uma de suas mãos, a outra já esta enfaixada, toda coberta com uma fita de cor creme com exceção dos seus dedos. Seu rosto está pensativo e surpreendentemente infantil e isso me faz pensar quantos anos ele tem. Ele levanta a cabeça como se estivesse me sentindo e me vê imediatamente. Um lampejo de algo estranho faísca poderoso nos seus olhos, e ele corre no meu corpo como um relâmpago. Eu sufoco a minha reação e vejo que o seu treinador está ocupado lhe dizendo algo. Shawn não tira os olhos de mim. Sua mão ainda esta estendida mais parece esquecidos quando o seu treinador continua lhe dando instruções.
— Bem, bem, bem...
Eu me viro em direção a voz a minha direita e o pavor se instala em minha barriga. Um enorme lutador esta a 30 centímetros de distância me examinando com olhos intimidantes, como se eu fosse uma sobremesa e ele tem a colher perfeita para usar. Vejo Shawn pegar a fita do seu treinador e jogá-la de lado, antes de levantar e fazer lentamente seu caminho ao meu lado. Quando ele posiciona atrás de mim a minha direita meus poros tomam a consciência da sua presença. Sua voz suave me faz tremer quando ele enfrenta o meu admirador.
— Basta cair fora – ele diz ao outro homem baixinho. O homem que eu reconheço como Jack não esta mais olhando pra mim. Em vez disso esta olhando a cima da minha cabeça. Acho que ele ao lado de Shawn não parece ser tão grande afinal.
— Ela é sua? – pergunta com olhos pequenos apertados. Minhas pernas viram gelatinas quando a voz responde deslizando através da concha do meu ouvido, aveludada e firme.
— Eu posso garantir a você, ela não é sua.
Lobão sai, e por mais tempo, Shawn está lá, uma torre de músculos quase me tocando, o calor de seu corpo me envolvendo. Eu mergulho minha cabeça e murmuro.
— Obrigado! – E saio rapidamente, e quero morrer, por que juro por Deus que ele abaixou a cabeça pra me cheirar.

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