Capítulo 13

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Camila

— Shawn! Chame o Shawn agora! SHAAAAAAAWN!!!!
Um grupo de mulheres no banco atrás de mim estão gritando como loucas. Assim, voe pode entender como é muito, muito difícil bloquear o homem quando todos ao meu redor estão clamando por ele, especialmente quando meu corpo está vivo, com adrenalina da luta que está prestes a começar. É uma sensação deliciosamente familiar, na verdade, o que ferve em mim quando eu sento entre os espectadores do underground de São Paulo. Eu sinto que sou a única concorrente e meu corpo está perfeitamente pronto, meu sangue corre quente dentro de mim, meus hormônios estão a flor da pele e minha mente está tão limpa como cristal. Minhas pernas estão imóveis no lugar. O silêncio de preparação. Onde lá fora tudo é calmo. Agora parece que tudo o que eu espero ouvir é o seu nome, que está sendo anunciado, e quando finalmente ouço.
— SHAWN MATADOR MENDES! – há uma nova onda correndo através de mim, não há alívio para o que está ocorrendo com meu corpo, somente essa incrível poderosa dor que está sendo alimentada pelos meus hormônios. Eu levanto da cadeira como toda a sala cheia de pessoas faz mais isso é tudo que eu posso fazer enquanto o vejo assumir o palco da maneira que só ele sabe fazer. A multidão fica embriagada nele e eu estou tonta também. Lá esta ele, cabelos meio presos, peito bronzeado, sorriso em covinhas – sorriso matador- tudo no pacote Shawn Mendes. Ele é a própria perfeição, e uma nova onda de choques passa por mim quando eu o analiso detalhadamente, naqueles calções baixos de boxe e assim surpreendentemente sexy; ele se torna o centro da minha atenção. O centro. Do meu mundo. Desde que parei de competir, eu ganhei um pouco de gordura corporal,. Estou com mais curvas do que costumava ter, com um pouco mais de bunda e um bom tamanho nos meus seios. Mais nunca fui mais consciente do meu corpo e todas as suas partes internas e externas do que quando eu interagia com esse homem. Nunca vou me acostumar com isso. E nem sei como fazê-lo parar. Já posso admitir que, sim, este homem leva o meu corpo a loucura.
— E agora o famoso e aclamado Willll, o gafanhoto.
Enquanto seu oponente ruivo mal humorado entra no ringue, o olhar de chocolate de Shawn varre a multidão, até que ele me vê. Nossos olhos se bloqueiam e eu estou sem fôlego. Suas covinhas saem para formar um sorriso tão perfeito, ele corre todo o caminho através de mim, eletrizando minhas terminações nervosas. Eu ainda estou sorrindo como uma estúpida , quando a campainha toca e eu não quero segurar minha respiração quando estou assistindo, mais eu faço. Shawn parece um Rottweiler entediando quando seu adversário, o gafanhoto, parece saltar por todo o ringue em torno dele como um canguru bebê. Ele nocauteia rapidamente, e por que ele continua ganhando, ele luta contra vários oponentes, um após outro… Pelo que o Guilherme me disse, apenas os últimos oito finalistas em cada cidade vai competir na próxima cidade designada, e tudo isso vira uma grande luta no final da turnê, em Nova York, onde apenas os dois primeiros homens vão se envolver numa briga de 16 rounds por muito tempo em vez de 3 rounds. Agora Shawn pega um homem que parece mais um lutador de judô do que um boxeador, seu abdômen é flácido e volumoso, e ele é aproximadamente o dobro da largura do Shawn. Algo feroz e primitivo aperta meu núcleo, e estou em pé com um silencioso “Não”!. No instante em que o homem chamado de “o carniceiro” golpeia com sucesso as costelas do Shawn. Shawn bateu tão forte, eu posso ouvir a respiração rasgar dentro dele. Minha barriga se contorce com medo, mesmo quando ele se recupera facilmente, e meu coração não para de bater no meu peito. Eu mordo meu lábio quando o vejo dar um conjunto de golpes perfeitos do centro do Will. Ele se move tão rápido e forte, as vezes me esqueço que ele está lutando com alguém pela maneira como ele me hipnotiza. Adoro ver aquelas pernas poderosas, com músculos grossos e como ele se equilibra e move-se com força e agilidade. Eu amo cada flexão dos seus trapézios, bíceps, tríceps, ombros, a maneira como tatuagem que circula seu braço enfatizam a beleza do seu conjunto.
— Boo! Boo-hooo!- a multidão começa a gritar, e é tudo depois do Shawn levar uma nova pancada na parte superior do tronco. Estremeço quando Will segue com um soco direto nos lábios do Rafa. Sua cabeça balança, e eu vejo gotas de respingos de sangue nos seus pés e me ouço dizer não de novo, suavemente. Ele endireita mais uma vez e recupera sua posição, lambendo o sangue do lábio partido , mais eu não entendo por que ele está deixando a guarda baixa. Parece que ele não está cobrindo, e até mesmo, o treinador e Guilherme estão carrancudos de perplexidade do canto do ringue, enquanto assistem a luta continuar, Shawn posa seus golpes sempre excelentes, mas estranhamente está permitindo a Will acessar sua região torácica superior. Eu estou confusa e ansiosa para que ela termine, e tudo que eu sei é que cada soco que o homem terrível está dando nele, eu posso sentir como uma faca cortando o meu intestino. Quando Will bate seu lado mais vez ,e Shawn cai de joelhos, eu quero morrer.
— Não! – O grito sai raivoso de mim. E quando a mulher ao meu lado me ouve, ela segura os lados da boca em concha e grita.
— Levanta! Shawn! Levanta! Acabe com ele!
Uma respiração de alívio me deixa quando ele salta pra cima e limpa o sangue dos lábios, mais seus olhos movem lentamente em minha direção, e ele leva outro soco que o faz saltar de volta na corda.Meus nervos estão tão agitados que eu preciso abaixar a cabeça e parar de assistir por um minuto. Há uma bola de fogo na minha garganta, e eu não consigo nem engolir a saliva. Vê-lo levar um soco me faz sentir tão impotente como me senti quando quebrei meu joelho. Esta passividade não sou eu a necessidade me consome de ir lá em cima e bater nesse gordo fudido ou simplesmente fugir daqui. Mais ao invés disso eu estou apenas sentada aqui, e isso é horrível. De repente o seu refrão habitual começa assim: SHAWN... SHAWN... SHAWN...!
E algo acontece quando não estou olhando, pelo caos que se instalou no underground, e as pessoas começam a gritar.
— YEAH! SHAWN! SHAWN! SHAWN!
A voz do locutor interrompe nos autofalantes.
— Nosso vencedor, senhoras e senhores! O MATADORRR! Sim vocês garotas famintas ai fora, gritem com todo o coração para o pior bad boy que este ringue já viu! O Matadorrr!
Eu paro, e minha cabeça dispara de volta em surpresa quando meus olhos voam para o ringue. O homem gordo está sendo retirados com ajuda dos médicos do ringue e parece que Shawn quebrou as costelas dele. Mais o meu cara não está mais no ringue. E ele pode ter quebrado a costela também. Meu Deus, o que diabos aconteceu?Atravesso a multidão o mais rápido que eu consigo e me dirijo aos bastidores, meu coração ainda está maluco e meu corpo ainda dolorido para um desabafo. Eu acho Lupe discutindo acaloradamente com Guilherme sobre como – o bastardo está brincando com fogo – e quando eles me notam o treinador se afasta de mim e o Gui aponta o dedo e faz sinal de “andar de cima”, então ele tira a chave da suíte do Shawn do bolso da calça e as entrega para mim. Eu pego e vou para o hotel, que, felizmente é ao virar a esquina. Acho o Shawn sentado no banco ao pé da cama, seu cabelo escuro, amarrado, sua respiração ainda um pouco irregular, e uma onda de alívio me atravessa quando ele levanta a cabeça e seu sorriso preguiçoso, um que mostra apenas uma covinha e suas pintinhas.
— Gostou da luta? – ele pergunta com a voz áspera pela desidratação.
Eu não posso dizer que não, mais realmente não posso dizer que sim, eu só não sei por que é uma experiência tão complicada pra mim, então eu digo.
— Você quebrou sua última costela.
Uma sobrancelha preta varre pra cima e em seguida ele toma o último gole do Gatorade e o joga vazio no chão.
— Você está preocupada com ele ou comigo?
— Com ele, por que ele é o único que não será capaz de levantar amanhã. – eu quis dizer isso com ironia, mais ele grunhe e não sorri. Estamos sozinhos. E de repente todos os meus poros ficam consciente disso. Minhas mãos se sentem um pouco inseguras e eu aproveito uma pomada e ajoelho entre suas pernas para passar na parte do corte de seus lábios. Não está mais sangrando, mais rachado direitamente no meio carnudo do seu lábio inferior. O tempo desaparece quando pressiono meu dedo lá dentro, com os olhos semicerrados ele me observa.
— Você. – eu sussurro. — Eu me preocupo com você.
A súbita consciência do rito exato da respiração dele me supera. Estou tão perto que acho que respirei o ar que ele expirou e, sem avisar o seu cheiro está dentro de mim. Ele cheira tão bem, salgado e limpo como um oceano, e eu sou impotente para parar minhas reações a ele. Minha cabeça está girando, eu me imagino dobrando a cabeça para o seu pescoço úmido e correndo minha língua sobre todas e cada gota de suor que vejo em sua pele. Faço uma carranca com meus próprios pensamentos, fecho a pomada, mais permaneço de joelho, debatendo se começo pelas pernas, já que eu estou aqui.
— Eu estraguei meu ombro direito, Camila.
Meu nome falado rudemente agita o topo da minha cabeça e a maneira como ele diz isso me afeta, mas disfarço com um suspiro de tédio simulado.
— Com um bulldog como você, sabia que era demais esperar que você sobrevivesse essa noite com apenas um lábio cortado.
— Você vai consertar?
— Claro. Alguém tem que fazer. - fico em pé e vou me ajoelhar no final da cama e agarro seus ombros. Eu não fico mais surpresa com a maneira que meu corpo reage quando eu toco nele. Eu só fecho os olhos e me deixo aprecia-lo por um momento, enquanto tento soltar seus músculos mais seu corpo está mais tenso do que nunca. Eu estimulo mais profundo no deu ombro e sussurro direito.
— Esse feio idiota conseguiu ferrar bastante aqui. Ele conseguiu ferrar em outros lugares também? Dói?
— Não.
Acho que ouvi um toque de diversão na sua voz, mais não tenho certeza. Mau foco passa de seu músculo, reclamando e empurro pra trás com meus dedos, e eu sei que de fato dói, deve doer.
— Eu vou massagea-lo com arnica, e nos vamos fazer terapia fria.
Ele fica perfeitamente imóvel quando me permite trabalhar um pouco de óleo na sua pele, e quando olho seu perfil escuro, percebo seus olhos bem fechados.
— Dói? – murmuro.
— Não.
— Você sempre diz que não, mais eu posso dizer nesse momento que sim.
— Há outras partes de mim que estão sofrendo mais.
— Mais o que? – a porta da suíte se fecha e Guilherme entra no quarto principal, tão irritado como já o vi tão gentil parecer. Seus traços de menino-do-coral–da-igreja parecem mais nítidos e não tão angelicais hoje, até mesmo seu cabelo parece mais espetado.
— Mais o que? – ele repete. O corpo de Shawn  se torna uma parede de tijolos sob o meu toque.
— O treinador está irado – acrescenta Wallace enquanto ele segue dentro, e ate mesmo o mais sorridente Wallace está carrancudo hoje.
— O que todos nós queremos saber é por que diabos você deixou sua bunda ser chutada hoje?
Um estranho tumulto vibra disputando segurando o quarto, e minhas mãos imediatamente param de se mover em seus ombros.
— Sim ou não? Você deixou ele te atingir de propósito? – Guilherme pergunta com um olhar sinistro. Shawn não responde. Mais seu rosto está totalmente sério e agora cada músculo parece mais tenso.
— Você precisa transar? – Guilherme exige, sinalizando para ele. — Você precisa?
Minhas entranhas apertam, e sei que realmente não quero ficar aqui ouvir esses caras fazerem arranjos sexuais para o Shawn, então, eu murmuro principalmente para mim, de alguma maneira, algo como ir ajudar Diana na cozinha e então saio para fora da sala. Quando vou passado pelo corredor ouço o Guilherme novamente.
— Cara! Você não pode deixar eles te machucarem só pra ter as mãos dela em cima de você. Olhe nós podemos arranjar algumas meninas. Seja o que for que você está fazendo, não pode jogar esses jogos malditos como uma pessoa normal. Você está se torturando, Shawn, isso é uma coisa perigosa que está fazendo com ela.
Eu fico paralisada e acho que meus pulmões apenas viraram rochas. Esses caras estão falando de mim?
— Pode apostar todo seu dinheiro em você mesmo este ano, se lembra daquele episódio? - acrescenta Guilherme - Agora você pode derrotar o Lobão e não importa o que, e isso inclui ela cara.
O timbre de Shawn é menor do que os outros, mais de alguma forma, esse grunhido suave é infinitamente ameaçador.
— O Lobão é um homem morto, então apenas pare ok?
— Voce nos paga pra evitar essas merdas, Shawn - Guilherme se opõe mais isso só faz o Shawn baixar a voz mais ainda.
— Eu tenho. Isso. Sob. Controle.
O silêncio que se segue é mortal e eu caminho para a cozinha para encontrar Diana preparando um pequeno frango orgânico ao forno. O cheiro de alecrim e limão dá água na boca mais eles não aliviam o meu coração disparado.
— O que esses caras estão gritando?- Diana pergunta quando ela organiza a cozinha e termina de arrumar o frango na bandeja.
— O Shawn foi atropelado hoje a noite. - eu digo, por que isso é o que ele estava prestes, não foi? Diana balança a cabeça e murmura para si mesma.
— Eu juro que o homem tem o botão mais vermelho de autodestruição que eu já vi...
Ela para de falar quando a porta se abre atrás de mim, e uma grande mão se fixa através do meu cotovelo e me gira.
— Você quer correr comigo?
Gelados olhos castanhos do Shawn brilham intensamente em mim, e eu posso sentir a sua frustração por todo o caminho onde estou de pé. De repente ele parece no limite e mais ameaçador.
— Você precisa comer Shawn.- diz Diana o reprovando. Sorrindo, ele pega um galão de leite em cima do balcão e começa a beber até que quase tudo está no seu estômago então ele abaixa e limpa a boca com as costas do braço, dizendo.
— Obrigado pelo jantar. – então ele levanta uma sobrancelha e me espera responder. — Camila?
Um arrepio me percorre. Eu não gosto que o meu nome nos seus lábios atinge todas as notas certas. Como um filme de romance. Carrancuda com a minha reação, eu olho para o seu peito e me pergunto se qualquer coisa, exceto coloca ló em uma banheira de gelo é uma boa ideia. Mais de alguma forma me sinto testando meus limites ainda hoje, e vê-lo numa banheira seminu não é uma opção.
— Como você se sente? – eu pergunto e o estudo um pouco.
— Eu me sinto como um corredor - seus olhos olham atentamente para mim. — Você se sente bem?
O pedido me faz hesitar. É que ninguém sabe, exceto quem é corredor, é que correr com alguém pode ser um negócio muito grande. Um. Grade. Negócio. Especialmente quando você é acostumado a trabalhar sozinha. Como Shawn. E além da Taylor, eu nunca corri com ninguém. Minha corrida é meu tempo, meus pensamentos. Mas eu aceno, e acho que ele realmente precisa e eu também.
— Vou pegar o meu tênis e colocar uma cinta no joelho.
Dez minutos depois, nos estamos correndo abaixo da rota de corrida mais próxima ao hotel, que é uma trilha de terra sinuosa, pontilhada com algumas árvores e bem iluminada. Shawn usa seu casaco e moletom e ele está respirado no verdadeiro estilo boxer, enquanto eu estou apenas aproveitando a brisa na minha pele quando tento acompanhá-lo. Eu coloquei um short de corrida e um top de manga curta com o meu favorito par de Nikes, enquanto ele tem um par de Reebok impressionantes para corrida.
— Então o que aconteceu com Guilherme e o Wallace?
— A procura de prostitutas para você?
Ele empurra o punho no ar e depois outro.
— Talvez. Quem se importa?
Estou realmente desapontada que perdi minha resistência, por meia hora no ritmo que estabelecemos, meus pulmões estão forçando e eu estou seriamente suando apesar da
brisa fresca da noite. Eu paro e coloco as minhas mãos sobre os joelhos, acenando para ele continuar.
— Vá em frente, só vou recuperar o fôlego, estou com câimbra.
Ele para comigo e salta nas panturrilhas, para que seu corpo não esfrie, e então retira um pacote de gel energético do bolso de sua camiseta e oferece pra mim. E ele fica tão perto que sinto o cheiro dele. De sabão, suor e Shawn Mendes. Minha cabeça se perde um pouco. Talvez a câimbra que esta pensando estar tendo nos meus ovários não seja câimbra exatamente, mais apenas o meu interior quase convulsionando cada vez que seus ombros raspam acidentalmente nos meus. Eu continuo a empurrar o ar enquanto abro o pacote de gel e deslizo pra minha língua. O sangue bombeia descontroladamente nas minhas veias e há algo incrivelmente intimo sobre a maneira que seus olhos de chocolate me veem lamber o suco de um pacote que pertencia a ele. Ele para de saltar, respirando com dificuldade.
— Sobrou um pouco?- ele pergunta. Eu imediatamente retiro da minha boca e o entrego e quando ele envolve os lábios em torno dele da mesma forma que eu fiz, meus mamilos endurecem como pedras, e eu quase não me lembro de nada, exceto o fato de que ele está lambendo a mesma coisa que eu lambi. Tremo só com a imagem de correr a minha língua pelo seu lábio cortado, tira esses gel fora de sua boca e pressionar os meus lábios contra os dele, de modo que a única coisa que ele vai lamber serei eu.
— Eles estão certos? O que o Guilherme disse? Você está fazendo isso de propósito?
Quando ele não respondeu, eu me lembro sobre o seu “botão” que a Diana mencionou, e minha preocupação dobra.
— Shawn, às vezes você quebra algumas coisas e você nunca mais vai recuperar isso. Você nunca a terá de volta. – eu enfatizo, e em seguida olho para a rua e carros que passam no momento, por medo dele pegar a emoção na minha voz. Ele me tem no limite e eu preciso ter um controle sobre mim mesma.
— Sinto muito sobre o seu joelho. - ele diz em, voz baixa, então ele joga o pacote na lata de lixo e golpeia direita e esquerda no ar, e começamos a correr novamente.
— Não é sobre o meu joelho. Se trata de você tomar cuidado com o seu corpo. Nunca deixe ninguém te machucar, nunca permita isso Shawn.
Ele balança a cabeça, as sobrancelhas contraídas sobre os olhos, quando ele rouba um olhar na minha direção.
— Eu não vou, Camila. Só os deixo chegar perto o suficiente para que eu possa fode-los. Pequenos sacrifícios em busca de vitória. Dar-lhes confiança para consegui acertas uns socos e pensar que eu sou fácil, que eu não sou indestrutível como eles ouviram que eu sou, e quando eles tão se achando, pensando que vão acabar fácil com Shawn Mendes. Eu caio dentro.
— Tudo bem. Eu gosto mais disso.
Corremos por mais de meia hora, e por oito quilômetros, estou ofegando como um cachorro velho que acabou de parir doze cachorrinhos ou algo do tipo. Meu orgulho está doendo, assim como meu joelho.
— Eu acho que desisto. Eu estarei toda dolorida amanhã, prefiro ir dormir agora, do que exigir que você me carregue mais tarde.
— Eu não me importo. – diz ele, com uma deliciosa risadinha, e então quebra o pescoço do lado esquerdo e lado direito, e corre de volta comigo. No elevador do hotel, várias pessoas embarcam com a gente e Shawn puxa o capuz pra cima e abaixa sua cabeça. Percebo que ele faz isso para evitar ser reconhecido, e isso me faz sorrir em diversão. Um jovem casal grita do lobby para nós. – segure o elevador! – e eu pressiono o botão
“portas abertas”, ate que eles pulam dentro. Meu coração salta quando Shawn aperta meu quadril e me puxa pra perto dele quando eles entram. E então eu estou morrendo por que ele abaixa a cabeça e a mantém inclinada em minha direção, posso ouvir as inalações profundas que ele faz. OH.MEU DEUS.ELE ESTA ME CHEIRANDO. Os músculos do meu sexo de apertam. A necessidade de virar e enterrar meu nariz no seu pescoço e lamber a umidade na sua pele arde dentro de mim.
— Você se sente melhor? – eu pergunto, virando um pouco pra ele.
— Sim. – ele abaixa a cabeça mais perto, e minha testa é banhada pelo seu hálito quente.
— E você?
Os seus feromônios são como uma droga pra mim, e minha garganta está tão seca que só consigo acenar pra ele. Suas mãos apertam meu quadril, e meu útero aperta tanto, que eu quase choro. Assim que entro no meu quarto eu vou para o chuveiro e tomo o banho mais frio que eu possa aguentar, batendo meus dentes, mais o resto do meu corpo ainda está tenso sobre ele. Quando eu caio na minha cama Diana murmura.
— Olá? - em seguida continua a ler um livro de receitas, enquanto eu cabo de dizer – Boa noite – e fecho meus olhos e tento fingir que não estou assando dentro da minha pele. Mas dói tanto que estou contorcendo sob os lençóis, assombrada pelo o que Guilherme disse ao Shawn. Assombrada com sua boca sexy cheia com seu recente corte, envolvendo o pacote de gel energético. Eu penso sobre o que teria sido ser esse pacote de gel, e sentir seus lábios deslizando sobre a minha língua, sugando suavemente e o pensamento enche uma piscina de umidade na minha calcinha. Eu estou desesperada para me dar algum alívio da minha fúria hormonal, seu rosto, seu cheiro, me deixa louca. Ele é meu cliente, mais ele também é... Como um amigo. E eu só preciso tocá-lo. Eu sei que não posso beijar aquela boca sexy, mais posso pelo menos tocá-lo. Ele deve estar quente da nossa corrida, e cansado depois de sua luta, e eu desejo contato de sua pele como um viciado em drogas. Antes que soubesse o que eu estou fazendo,
coloco um agasalho de veludo, me dirijo para sua suíte e bato na porta.
Eu não sei o que eu vou dizer. Não sei nada, posso oferecer gelo para os ferimentos do tórax superior, ou apenas esfregá-lo com um anti-inflamatório, ou eu não sei. Por que ele me pediu pra correr com ele? Por que o Guilherme acha que ele estava ficando ferido de propósito para que eu pudesse tocá-lo? Será que ele quer o meu toque tanto assim? Wallace abre a porta e pelos seus ombros, vejo uma mulher de lingerie transparente
dançando sensualmente no meio da mesa de centro da sala de estar, e uma outra voz feminina no fundo falando.
—... Passarinho nos disse que queria jogar com a gente Shawn..
— Sim? - Wallace pergunta, e eu apenas olho como uma idiota, meu estômago embrulhado, por que,naturalmente , estas são as putas que...eu abaixo minha cabeça e desesperadamente penso em algo pra dizer.
— Eu deixei o meu céu... Oh merda, ele está aqui. - eu olho para o celular na minha mão e reviro os olhos, como sou estúpida. Como eu sou estúpida. Merda, eu realmente sou.
— Não importa boa noite Wallace.
Ouço a voz profunda do Shawn.
— Quem é?
E eu corro para o meu quarto e fecho a porta, me sentindo dormente. Dessa vez, quando eu deito na minha cama eu tenho certeza que cada centímetro de excitação fugiu do meu sistema, mais ainda não consigo dormir. Por que agora a mulher que Shawn estava beijando está na minha mente, tão avidamente com aquela linda boca cheia dele, a mulher que começa a lamber esse corte no lábio que eu tenho que colocar pomada, infelizmente não sou eu.

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