Despedidas Silenciosas.

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Washington DC: 07:20 12°f ( Jade Pov ) obs: atenção na foto de capa.

 Em muito tempo de trabalho, essa é uma das primeiras vezes que justifico para não ir, após Noah me deixar em casa ontem, nos despedimos gentilmente e vim direto para cama, é normal estar exausta, não é? não sei... sentar e escrever depois de tanto tempo é bom, sinto falta de algumas coisas, normalmente são coisas pelas quais ainda posso ter acesso, mas não é viável no momento; sinto falta de falar com minha mãe, contar sobre minha vida, contar que me apaixonei e chorei pela minha paixão, falar que me apaixonei de novo, e foi genuíno, mas a minha antiga paixão ainda vive em mim, em algum lugar aqui dentro... gostaria de falar com Finn, perguntar sobre seus segredos, falar que achei o nome de nosso pai em pastas secretas do pai de Noah, falar que precisamos descobrir coisas, mas nada vai a frente se ele não for sincero; mas esse é o problema... sinceridade; até que ponto conseguimos ser transparentes um com o outro? qual o limite para evitar a decepção?   

deitada em minha cama apenas com uma camisa branca e um coque bagunçado e minha franjinha desordenada na frente, sinto meu rosto queimar em ardência, olho pelo celular e... merda; estou vermelha, meu estresse está bem aqui, queimando minhas bochechas, o que... escuto a campainha tocar e sigo para a porta, olho pelo olho mágico e vejo Carlos, me surpreendo por ele estar aqui tão cedo, mas abro a porta para o mesmo. 

– hora ruim? — ele me olha atencioso. 

– acho que será um dia complicado. — respondo baixo. – entra. — faço sinal com a cabeça. 

– não mocinha, estou indo para o trabalho, Jess me falou que você não iria, então peguei um café na padaria para você. — ele me entrega meu café com leite favorito. 

– muito obrigada. — sorrio e sinto meus olhos marejarem. 

– ei... — carlos me abraça. – o que foi? o que está acontecendo? 

– eu não sei... — sorrio em meio a algumas lagrimas. – só bateu vontade... estou cansada. — aperto o mesmo em meio ao abraço. – obrigada por lembrar de mim, por me trazer café... — me derramo mais em lagrimas. 

– Jade... — ele me olha, e seca algumas lagrimas minhas. – precisa que eu fique aqui? 

– tudo bem... — respiro fundo. – está tudo bem, é que... seu gesto foi lindo, lembrei de algo que meu pai me falava. — fungo. 

– o que ele dizia? 

– os gestos mais verdadeiros são os mais simples. 

– assinado Josep Monlt. — ele retruca. 

– em memoria de Josep Monlt. — sorrio fraco. 

– ei... — ele me abraça novamente. – precisa descansar, apenas descanse, estamos pensando em apenas um jantar temático, do que uma '' festa '' fantasia, menos é mais. 

– melhor. 

– descansa.   

– ok. — digo fraco. – buen trabajo. 

– não vem falar espanhol comigo não hein. — rimos. – até depois. — ele sai caminhando pelo corredor. 

– até. — fecho a porta e me sento em meu sofá, tomando meu delicioso café, olho para o celular e vejo uma ligação perdida de Noah, e decido retornar para o mesmo, que atende sem demora. 

( Active Call )

– desculpe, fui atender a porta. — digo tomando um gole de café. 

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