All In You

Tudo em você

Florença, Itália: 01:30 Am 9º f ( Jade Pov ) Obs: atenção na foto de capa.

Chegamos no lindo hotel ainda elétricos e sorridentes, Noah segura minha mão e segue cantarolando a música que tocou durante toda a nossa volta na estrada, seus cabelos balançam conforme ele anda, e cantarola ainda mais, todo animado.

– acho que precisamos andar mais de carro a noite. — comento sorridente.

– agora entende o que eu disse? é uma energia perfeita. — caminhamos pelo corredor de nossos quartos.

– tudo aqui transmite perfeição, o lugar é um castelo.

– finalmente tem uma princesa hospedada aqui. — o encaro de canto, e ele não segura o riso. – soava mais clássico na minha cabeça. — gargalho com sua fala. – ei... eu tentei.

– quer uma cena da disney? — bato em seu ombro de leve. – você já parece bastante.

– está me chamando de príncipe? — ele me encara.

– eu? namm... jamais...

– ah sim... achei que estivesse. — ele começa a assobiar.

– o que está planejando? — semicerro os olhos para o mesmo.

– me espera no quarto, volto em dez minutos. — ele diz baixo, com um tom sério, sinto minha espinha pular em ansiedade e arrepio pelo tom de sua voz, mas calma... calma garota, ele não vai te tacar na cama nem nada disso... minha mente que é suja demais.

– o que vai fazer? — pergunto inocente, ele jamais suspeitaria quais são meus pensamentos de dúvidas.

– me espera no quarto. — ele sorri de canto e adentra o elevador.

– como quiser. — cochicho para mim mesma enquanto adentro minha espaçosa suíte. – dez minutos... dez minutos... — deito metade de meu corpo na cama, enquanto minhas pernas ficam para fora, respiro fundo e entrelaço meus dedos encima da minha barriga, continuo respirando fundo e olho a janela ao meu lado, quando puxo uma respiração funda pela terceira vez, ouço meu celular vibrar, olho de canto para o mesmo e vejo um número desconhecido, semicerro o olhar para o mesmo, mas ainda sim, atendo. – alô? — digo baixo, mas não tenho retorno. – é alguma pegadinha? — ouço uma respiração funda vir da linha. – quem é? — pergunto baixo, mas lá no fundo, sabendo a resposta. – William? — falo com dificuldade, eu havia deletado o número dele quando a tristeza pelo acontecimento tomou conta de mim, não que eu ainda não esteja triste, ou com raiva... mas eu me senti melhor em não precisar ter vontade de ligar para ele ou mandar alguma mensagem. – quem é? — a chamada é encerrada. – é sério? isso virou uma cena de filme? — resmungo para mim mesma enquanto tento retornar a chamada, mas falho, quando vejo que meu número foi bloqueado para que eu não possa efetuar chamadas para o celular em questão. – e ainda me bloqueou? — eu não sei de fato se era ele, mas... qual seria a outra explicação? volto a deitar meu corpo na cama macia e respiro fundo, ainda encarando o celular, porque minha vida parece um filme? ligo a tela mais uma vez e confiro os minutos, quase dez... quando me surpreendo com uma ligação inusitada de Carlos.

( Active Call )

– finalmente. — ele soa entusiasmado.

– muito boa madrugada.

– boa noite né, menina tenho umas coisas para contar...