chamas de inverno

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Florença, Itália: 8:30 Am 10º f ( Jade Pov ) Obs: atenção na foto de capa.

– e quanto tempo leva? — Will pergunta a Noah em tom preocupado, não podemos retornar a américa agora, por riscos do clima, o piloto de Noah deixou claro que deveríamos esperar até amanhã pela manhã, e Michael havia pedido o jatinho de Will emprestado, para coisas da empresa.

– o tempo que tiver que levar. — Noah reponde em tom baixo, sentado no sofá e com seus olhos vidrados para o nada, sei que ele está cansado, é nítido; todos nós estamos de alguma forma. – eu vou subir um pouco, preciso descansar. — ele se levanta, e para próximo a mim. – falo com você depois. — ele diz gentil e então sai, deixando Will e eu sozinhos na enorme sala.

– ele costuma fazer isso quando está sobrecarregado, não se preocupe. — Will diz se sentando ao meu lado.

– achei que fosse como você, quebrando as coisas. — brinco, e ele ri.

– não queira ver Noah quebrando nada. — fico pensativa após sua fala. – nem eu. — ele volta a rir.

– não vou rir, ainda serei bastante chata com você.

– eu mereço. — ele diz baixo. – fique a vontade.

– ficarei sim. — escoro minhas costas no sofá, e fecho meus olhos por alguns segundos.

– alguma coisa sobre o Finn? — ele pergunta baixo.

– nenhuma, ele não me atende. — respiro fundo e olho para cima. – eu só queria paz.

– tudo isso com David, e agora com seu irmão...

– o que faria se visse seu avô? depois de descobrir tanta coisa? — pergunto.

– não sei, queria saber como fazer para que ele apareça. — encaro o mesmo após pensar em algo genioso.

– chame a atenção dele. — ele franze o cenho. – David é um dos homens mais ricos e camuflados desse mundo de holofotes em que vive, ele odiaria ver o nome da família em qualquer escândalo, por que não fazer ele pensar que está prestes a passar por um?

– como assim?

– que tal uma festa? – ele franze o cenho outra vez. – uma festa de final de ano, com toda a elite de Washington, imprensa... os Miller's dando uma festa, e logo William, o neto rebelde que ele sempre teve medo de fazer alguma burrada envolvendo o nome da família...

– como ele saberia?

– porque vai ser anunciado, ninguém perderia uma festa dada por vocês, e logo no dia trinta e um? sem chances.

– não quero fazer nenhum escândalo, seria perigoso. — ele bufa.

– não precisa haver um, precisa fazer com que ele pense que tem a probabilidade de haver, e sendo você, logo você. — dou ênfase. – anunciando... ele com certeza pensaria que está planejando algo para se vingar dele de alguma forma.

– e se ele não aparecer?

– ele manda alguém no lugar dele, e é aí que o amigo de Noah entra na historia, pegaríamos o tal informante e descobriríamos alguma coisa sobre onde David possa estar.

– como teve essa ideia?

– sou boa com ideias, quando se é renda baixa, universitária e estagiaria com uma chefe horrível, você costuma ter ideias sobre armações perigosas. — e é verdade, eu tenho várias.

– tenho cinco dias para fazer isso, vou pedir para Noah cuidar de tudo. — percebo ele sorri de canto. – obrigado. — ele me encara, mas não o encaro de volta, apesar do pequeno retorno a amizade, eu ainda não consigo encarar ele, ainda não me sinto confortável, e respeitarei meu tempo.

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