14| sᴏᴍᴏs ғᴇɪᴛᴏs ᴅᴇ ᴏᴜʀᴏ

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⚠ ᴄᴏɴᴛᴇ́ᴍ ɪɴɪᴄɪᴏ ᴅᴇ ʜᴏᴛ ⚠

INGRID

DESDE AQUELA MENSAGEM, eu não consegui fazer nada a não ser pensar em como a minha vida ficaria depois disso então, tive que aceitar o pedido de Romeo, na intenção de tentar esquecer tudo que vem acontecendo. Coloquei um vestido azul de mangas longas e um salto sem muitos detalhes até porque, estou indo apenas assistir um filme.

— Filha? — minha mãe apareceu pela metade, na porta — Nossa, tá linda hein — me olhou de cima a baixo — Quem é o sortudo?

— Não tem sortudo nenhum, mãe — terminei de arrumar as pontas do meu cabelo — Só vou assistir um filme com o Romeo Miller — franziu o cenho — Filho do Briam e Amanda Miller, donos daquela empresa de joias.

Rapidamente ela arregalou os olhos.

— Você demorou pra me falar de algum garoto e, quando falou — balançou a cabeça lentamente completamente surpresa — Aproveita!

Antes de sair me disse algo. Algo que acabou com as minhas expectativas felizes sobre as próximas semanas, agradeci por ter me contado e logo depois, desci as escadas junto com ela. Foram tantas coisas que eu pensei e ouvi a respeito daquele homem, homem que conseguiu destruir tanto o meu psicológico quanto o da minha mãe.

— E você acha que tem chances dele voltar? — me encostei no balcão da cozinha, a assistindo escolher uma fruta na geladeira.

— Acho — pegou uma maçã — Não agora mas, pode se preparar pra ver o rostinho dele novamente — deu uma mordida grande — Só me promete uma coisa, que não vai ficar pensando naquele otário durante seu passeio com o Romeo.

— Prometo.

Não. Eu não prometo. Sei que vou pensar nisso mais do que nas outras coisas, sei que vou deixar o Romeo de lado imaginando quando ele poderia voltar e irei ficar roendo as unhas com ansiedade. Mas, mesmo assim fui.

Por incrível que pareça, Romeo me buscou de carro, o próprio dirigia, eu o conheço o suficiente para saber que ele usa o motorista da família para praticamente tudo e pelo jeito, eu fui uma exceção.

— Pensei que você iria menos arrumadinha — saiu do carro, abrindo a porta para mim em seguida — Até porque, você me odeia.

— Eu não te odeio — entrei — E mesmo se odiasse, não vou andar do seu lado como uma mendiga.

O carro era, sem dúvidas muito arrumado e muito cheiroso, temos a mesma condição financeira mas, posso dizer que o painel de controle do carro conseguiria comprar minha casa. Consegui ver Romeo cumprimentando minha mãe com um aceno e depois, entrou sorridente.

— O que acha de um Arctic Monkeys? — se referia a uma banda, assenti — Ótimo.

O nome da música representava bastante o que eu sentia. Será que quero saber? Saber de tantas coisas ao mesmo tempo seria, com certeza, humilhante de certa forma. Nas ruas, poucas pessoas caminhavam e não era de se estranhar pois já se passavam das 22 horas.

— Onde você aprendeu a dirigir? — virei minha cabeça, a encostando no banco, olhando para suas mãos no volante.

— Uma vez, um irmão da minha mãe veio passar férias aqui e me ensinou — enquanto estávamos esperando o semáforo abrir novamente, ele me olhou — Quer mesmo falar disso?

Dei de ombros, sem ideia para assuntos.

— Você costuma sair com caras? — retirou a jaqueta que vestia — Porque sua mãe estava com um semblante orgulhoso, como se fosse a primeira vez que isso acontecesse com você.

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