School Of Demons

18| ғʀɪᴀ ᴇ ᴍɪsᴇʀᴀ́ᴠᴇʟ

⚠ ᴄᴏɴᴛᴇ́ᴍ ᴘᴀʟᴀᴠʀᴀs ᴅᴇ ʙᴀɪxᴏ ᴄᴀʟᴀ̃ᴏ, ᴀɢʀᴇssᴀ̃ᴏ ᴠᴇʀʙᴀʟ, ʙʀɪɢᴀ ᴇ ᴘʀᴇssᴀ̃ᴏ ᴘsɪᴄᴏʟᴏ́ɢɪᴄᴀ ⚠

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ROMEO

EU NÃO ERA DE ninguém. Ela não era de ninguém. Sei que não tivemos muito, mas não sou um idiota a ponto de definir isso como um sexo casual, e tudo começou quando entrei em um corredor, depois de ir em vários lugares diferentes, a vi beijando Patrick Watson. Confesso que não foi um beijo de cinema, mas me machucou do mesmo jeito.

As mãos dele iam pela cintura dela e, Ingrid estava tão confortável naquela situação que não parecia ser a mesma garota que deu a entender que nunca se envolveria com ele. Digo novamente, nós nunca tivemos nada sério, mas porra, a gente transou e criamos um vínculo íntimo.

Seria estupidez da minha parte continuar assistindo, então migrei para qualquer outro lugar, o banheiro. Obviamente não foi fácil chegar lá, tinha muita gente bebendo, fumando e dançando, atrapalhando a passagem.

— Vira, vira, vira — encorajaram um menino a beber mais do que deveria, do outro lado da sala.

Eu não posso cobrar nada, porque eu também já fui muito babaca com muitos aqui e, tudo bem, no final sempre é eu comigo mesmo.

O único banheiro que encontrei estava meio cheio, mas eu realmente não sabia o que fazer, então não demorei muito, foi apenas o momento de receber uma mensagem do meu pai. Foi estranho porque geralmente quando ele está de viagem, não me manda nada além de fotos de pontos turísticos.

"Vem pra casa agora"

Meu desgosto cresceu ainda mais quando li a mensagem, pois entendi que eles estavam de volta e, isso definitivamente não é uma coisa boa. Briam Miller nunca se importou com minhas noites fora ou, com as bebidas no meu quarto, muito menos com meus relacionamentos aleatórios. Por isso a surpresa.

— Tá enfrentando problemas, colega? — Um garoto apareceu do meu lado, com cabelos longos até os ombros e uma roupa cheirando a vodka, ele lavava as mãos — Nem adianta dizer que não, sua cara diz tudo!

— Eu te conheço?

— Ninguém me conhece, nem eu conheço ninguém aqui — sacudiu as mãos — Entrei aqui por engano, mas estava louco — sorriu mostrando os dentes sujos de chocolate — Alguma coisa dentro de mim diz que esse seu problema é mulher...

Luke costuma dizer que as melhores amizades são feitas em banheiros, então, parei para escutar, mesmo sem vontade.

— Se a mina te largou, bola pra frente, meu caro — ele mexia o corpo lentamente, dançando a música que ecoava — Eu arrumei um bagulho com um carinha e, mano é doidera pra caramba! Tudo fica girando, mas você continua normal, sabe?

— Qual seu nome?

— Rafe.

— Olha Rafe, eu não tô querendo conselho de amigo imagina de desconhecido, então, tô indo viu, mas foi um prazer conversar contigo, tchau.

É tanta gente doida que eu prefiro obedecer meu pai e ir embora.

Eu não estava apaixonado pela Ingrid e isso só aconteceu, porque eu conheço o poder destrutivo que a paixão tem, ela te consome por dentro e quando finalmente percebemos, estamos gastando dinheiro com bebidas para tentar esquecer aquela pessoa que um dia nos jurou um mil e uma coisas, o que não é o caso dela.

A minha hora preferida é quando chega a madrugada, porque quase não há ninguém nas ruas e quando conduzimos só temos a companhia dos postes de luz e do vento que sopra na nossa cara. Mas, essa maravilhosa sensação teve que acabar, pois cheguei em casa, não era muito longe da festa.