Diante do Morro

CAPÍTULO 46

Sábado
16:33hrs

Dk

Eu tava entendendo porra nenhuma, formiga tava puto, falando vários bagulhos, e eu tava entendendo nada.

Formiga: pior é que eu amo ela -falou e eu fiz careta-

Ele tava comigo no bar, eu fui literalmente arrastado pra cá, nem queria tá aqui.

Dk: po, é foda né -falei e ele riu-

Formiga: tu tá ajudando em nada -falou e eu assenti.

Dk: não sei como ajudar, nunca passei por isso  -falei e ele assentiu.

Formiga: tá com a valen? -falou e eu assenti- desde menor tu queria ela, isso geral notava, fazer o que, falou até que ia casar

Dk: lembro disso não -falei passando a mão no cabelo- tenho que cortar ele jaja , para de beber ai namoral

Ele nem me escutou, muito filho da puta, fiquei olhando pra cara dele, nem treme.

Valen: tá fazendo o que aí? -gritou e eu olhei pro outro lado da rua- toma vergonha nessa tua cara davi

Formiga: da tempo de tu fugir ainda -murmurou bebendo a cerveja-

Dk: para de gritar, doente -falei cruzando os braços e ela veio atravessar.

ela veio pro meu lado e eu fiquei olhando pra cara dela, toda sonsa essa menina, puta que pariu.

valen: para de chorar pela minha mãe, cara -falou rindo- vocês são dois velhos, que nunca se resolvem, todo mundo sabe que ela vacilou contigo, mas vocês tavam mó de boa, misericórdia

Dk: fazer o que né, você puxou o lado todinho dela -falei olhando pra ela, que nem sequer me olhou.

olhei pra trás e vi a jade do outro lado da rua, parecia que ela tava tentando adivinhar, se vinha ou não.

quando ela viu que eu tava olhando, eu assenti e ela sorriu fraco, atravessando a rua.

dk: quer ver seu namorado cortar o cabelo? -falei olhando pra minha preta.

Valen: não -murmurou e eu fechei a cara.

Dk: mas você vai ver, tem o que querer nessa porra não -falei me levantando- boa sorte aí, meu parceiro

bati na cabeça do formiga e vi a jade entrando no bar, ela sentou no meu lugar e eu puxei a valentina, pela cintura.

a gente foi pro barbeiro, e tinha umas duas pessoas na minha frente, não era nem pra eu vir agora, mas tá de boa.

[...]

Valen: eu vou te denunciar -falou quando eu encostei ela na parede- quem já viu fazer isso com alguém garoto.

a gente tinha acabado de comer praticamente, tinha comprado uns bagulho e a gente veio pra casa.

coloquei a mão por dentro da minha camisa, que tava no corpo ela, e subi indo até o peito dela.

Valen: tira a mão daí, davi -falou enquanto eu beijava o pescoço dela- filho da..

deixei nem ela terminar, belisquei o bico do peito dela, e ouvi um grito dela.

Valen: nossa, vai se foder mano -falou me empurrando na cama.

fiquei rindo, vendo ela passar a mão por dentro da camisa e me apoiei na cama.

Dk: vamo transar logo -falei vendo o garotão, que tava com sinal de vida já-

Valen: tô menstruada , idiota -falou prendendo o cabelo em um coque

Dk: tá falando sério? -falei fechando a cara.

Valen: não, na verdade eu tava, acabou ontem -falou virando pra pegar algo no chão e eu tive visão da bunda dela.

tombei a cabeça pro lado, pra ter uma visão melhor e sorri.

vi ela levantando e indo sair do quarto, passei a mão no amigão e fiquei ali por uns minutos até ela voltar.

Dk: vamo preta -falei vendo ela deitar, de costas pra mim-

ela nem fez questão de responder, me levantei e saí do quarto e fechei a porta, fui na cozinha e peguei dois pino, que eu escondia por ali.

fui pro quintal, ligando a luz de lá e coloquei a cocaína em cima da mesa, arrumei ela direitinho e cheirei tudo.

fiquei ali vendo a brisa bater e me acalmar bem mais, tava uns bagulho chato pra caralho esses dias, tinha nem o que falar.