CAPÍTULO 49

405 18 1
                                    

Sábado
23:24hrs

Dk

depois que o pneu abaixou, os cara que tava na laje, desceu tiro, ligando nem pra quem tava ali.

tinha quatro cara deitado no chão, provavelmente morto.

a gente só queria o grego vivo, apenas isso, os outros cara podia matar.

veio uns moleque por trás do carro e a gente foi indo na frente.

provavelmente, grego chamou mais cara pra cá, então tinha que fazer o bagulho mais rápido possível.

quando vi que os cara já tava perto do carro, fui saindo com o fuzil nas costas.

esperei eles abrirem a porta e o grego sair, ainda quis sair com a arma apontada pra gente.

Cobra: aprende nunca né -falou dando uma coronhada nele-

Grego: não sabia que vocês pegavam menor de idade -falou me olhando- continua a mesma coisa né davi, cadê sua irmã continua gostosa daquele jeito?

precisou nem ele falar mais caralho nenhum, só dei um na cara dele, fazendo o sangue espirrar pra cima.

segurei no cabelo dele, puxando ele mais pra perto e levantei a cabeça dele.

Dk: lava bem a boca pra falar da minha irmã -falei fechando mais a cara- e se aquele morro um dia foi seu, hoje não é mais, porque eu vou comandar aquela porra e vou derrubar um por um, dos teus aliados, tá ligado ou eu vou ter que te bater mais, pra você entender?

Grego: tem coragem de fazer isso com seu pai? -falou com dificuldade-

Dk: tu não é, e nunca foi meu pai -falei olhando nos olhos dele- pai é quem cria, Grego, tu não foi capaz nem de fazer isso

ele ficou me olhando, e eu soltei ele, olhei pra os corpo dos vapor e respirei fundo.

Dk: leva ele pra salinha, e vê quem são os moleque que morreu -falei saindo dali-

deixei os cara fazer os negócio, enquanto eu fui pro beco, onde tava a valen.

quando entrei, ela nem tava mais lá, ai o desespero bateu e eu fui correndo pro lado da praça.

tava vazia, sem ninguém, fui pro lado da quadra e vi alguém perto do bar, peguei o fuzil e fui indo pra perto.

a pessoa tava olhando pra frente, quando fui colocar a arma na cabeça, viraram pra frente e eu vi a valen.

Tina: que susto caralho -falou tirando a ponta da arma, da testa dela- atira mesmo

Dk: eu mandei tu ficar lá -falei colocando a arma atrás de mim- vamo pra casa

Tina: cobra disse pra eu ficar aqui, se manca -falou batendo na minha cabeça- são muito mole, demorou demais, quem era?

Dk: grego -falei andando-

Tina: você tá bem? -falou andando do meu lado-

Dk: por que eu não iria estar? -falei o óbvio-

ela também ficou calada, fomos o caminho todo em silêncio.

tinha ninguém fora de casa, ou na porta, tava tudo trancado.

entrei na casa dela e fui direto tomar um banho, tava um peso do caralho e ver ele, me fez lembrar da minha mãe.

fiquei um tempo olhando pra um ponto fixo, até a valentina me chamar pra deitar.

Tina: o que você tá pensando -falou passando a mão no meu cabelo.

a gente tava deitado, assistindo um bagulho que eu nem tava prestando atenção direito.

Dk: meio assim, pensando na minha mãe -falei e senti ela beijar meu rosto- nem sei como ela tá, se ela tá bem, queria ir lá

Tina: fala com eles amanhã -murmurou e eu assenti- agora você vai dormir, porque foi muita pressão pra uma noite só

ri fraco e me ajeitei do lado dela, deitei no peito dela, enquanto vi ela desligar a televisão, senti ela mexer no meu cabelo o que me fez dormir mais rápido.

Diante do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora