Sábado
23:24hrsDk
depois que o pneu abaixou, os cara que tava na laje, desceu tiro, ligando nem pra quem tava ali.
tinha quatro cara deitado no chão, provavelmente morto.
a gente só queria o grego vivo, apenas isso, os outros cara podia matar.
veio uns moleque por trás do carro e a gente foi indo na frente.
provavelmente, grego chamou mais cara pra cá, então tinha que fazer o bagulho mais rápido possível.
quando vi que os cara já tava perto do carro, fui saindo com o fuzil nas costas.
esperei eles abrirem a porta e o grego sair, ainda quis sair com a arma apontada pra gente.
Cobra: aprende nunca né -falou dando uma coronhada nele-
Grego: não sabia que vocês pegavam menor de idade -falou me olhando- continua a mesma coisa né davi, cadê sua irmã continua gostosa daquele jeito?
precisou nem ele falar mais caralho nenhum, só dei um na cara dele, fazendo o sangue espirrar pra cima.
segurei no cabelo dele, puxando ele mais pra perto e levantei a cabeça dele.
Dk: lava bem a boca pra falar da minha irmã -falei fechando mais a cara- e se aquele morro um dia foi seu, hoje não é mais, porque eu vou comandar aquela porra e vou derrubar um por um, dos teus aliados, tá ligado ou eu vou ter que te bater mais, pra você entender?
Grego: tem coragem de fazer isso com seu pai? -falou com dificuldade-
Dk: tu não é, e nunca foi meu pai -falei olhando nos olhos dele- pai é quem cria, Grego, tu não foi capaz nem de fazer isso
ele ficou me olhando, e eu soltei ele, olhei pra os corpo dos vapor e respirei fundo.
Dk: leva ele pra salinha, e vê quem são os moleque que morreu -falei saindo dali-
deixei os cara fazer os negócio, enquanto eu fui pro beco, onde tava a valen.
quando entrei, ela nem tava mais lá, ai o desespero bateu e eu fui correndo pro lado da praça.
tava vazia, sem ninguém, fui pro lado da quadra e vi alguém perto do bar, peguei o fuzil e fui indo pra perto.
a pessoa tava olhando pra frente, quando fui colocar a arma na cabeça, viraram pra frente e eu vi a valen.
Tina: que susto caralho -falou tirando a ponta da arma, da testa dela- atira mesmo
Dk: eu mandei tu ficar lá -falei colocando a arma atrás de mim- vamo pra casa
Tina: cobra disse pra eu ficar aqui, se manca -falou batendo na minha cabeça- são muito mole, demorou demais, quem era?
Dk: grego -falei andando-
Tina: você tá bem? -falou andando do meu lado-
Dk: por que eu não iria estar? -falei o óbvio-
ela também ficou calada, fomos o caminho todo em silêncio.
tinha ninguém fora de casa, ou na porta, tava tudo trancado.
entrei na casa dela e fui direto tomar um banho, tava um peso do caralho e ver ele, me fez lembrar da minha mãe.
fiquei um tempo olhando pra um ponto fixo, até a valentina me chamar pra deitar.
Tina: o que você tá pensando -falou passando a mão no meu cabelo.
a gente tava deitado, assistindo um bagulho que eu nem tava prestando atenção direito.
Dk: meio assim, pensando na minha mãe -falei e senti ela beijar meu rosto- nem sei como ela tá, se ela tá bem, queria ir lá
Tina: fala com eles amanhã -murmurou e eu assenti- agora você vai dormir, porque foi muita pressão pra uma noite só
ri fraco e me ajeitei do lado dela, deitei no peito dela, enquanto vi ela desligar a televisão, senti ela mexer no meu cabelo o que me fez dormir mais rápido.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diante do Morro
FanficApós uma decepção, siga em frente, sem levar consigo o peso do que ficou para trás.