Sábado
23:22hrsIngrid
Minha noite tava muito boa pra ser verdade, logo vi o idiota do BH, cara comandou o morro depois que o pai dele meio que se aposentou.
Fiquei sabendo que a medusa quase mata ele, mas não deu muito certo já que ele fugiu, desde então ninguém lá viu ele.
Bh: minha gata gosta mesmo do meu morro -falou e eu revirei os olhos-
Ingrid: você pode apostar que eu gosto dos bailes, já as pessoas que frequentam ele -falei olhando ele de baixo pra cima- acho que não
Bh: uma pena que eu não tô aqui pra agradar ninguém -falou e eu sorr- veio com seus amigos ou só você mesmo?
Ingrid: não sei, mas procura -falei sorrindo- vai que acha alguma coisa né, o importante é você sair do meu pé
Fui sair mas senti sua mão no meu braço, no mesmo momento olhei pra os olhos dele praticamente o fuzilando.
Bh: como você ficou quando descobriu que seu pai, matou sua mãe? -falou e aquilo foi quase um baque pra mim, mas me manti em pé- eita, acho que ele não te contou
Ingrid: você não sabe do que tá falando -falei me soltando dele- idiota
Bh: ele disse que ela morreu pra o meu pai mesmo? -falou quando eu tava saindo- todo mundo deve ter acreditado, seu pai faz te tudo pra sair ileso
Ingrid: você não sabe de porra nenhuma -falei olhando pra frente- a porra do seu pai foi atrás dela, ele matou ela , eu sei que foi.
Bh: você acredita demais no seu pai -falou chegando perto de mim- a luisa disse que seria uma ótima ideia matar sua mãe, disse que ela não iria fazer falta, ai eles iam pegar você pra cuidar e acabou, eles usaram isso como uma ótima ideia no dia que meu pai invadiu aquele morro de merda
Ingrid: cala boca -falei passando a mão no rosto-
Bh: mas já que você acha que sua família é tudo bons moços -falou perto do meu ouvido- vai em frente, ou a gente pode acabar com a vida deles juntos, você sabe que somos perfeitos juntos
Virei de frente pra ele, empurrando ele e vendo seu corpo cair contra o chão, corri dali pra fora da quadra com uma dor de cabeça insuportável.
Fui descendo a escadaria sem nem saber pra onde ir, me sentei em um degrau e senti as lágrimas descerem pelo meu rosto.
Em anos eu permiti não chorar por pouca coisa, mas isso era impossível, eu não sei se ele tava certo ou errado também.
Fui pra praça desse morro e me sentei em um banco, abri a bolsa e peguei um dos pinos que tinha dentro.
Limpei a mesa na minha frente e fiz duas carreirinha, peguei uma nota de vinte e enrolei ela, puxei uma de uma vez e me encostei no banco.
Eu sempre usava isso quando eu tava preocupada com algum bagulho, quando eu tava triste, quando eu não sabia o que fazer.
Puxei a outra e senti a onda bater, sorri se lado, guardando as coisas e me levantando, mas veio uma leve tontura e eu me sentei denovo.
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Diante do Morro
FanfictionApós uma decepção, siga em frente, sem levar consigo o peso do que ficou para trás.