CAPÍTULO 57

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Sábado
07:07hrs

Luisa

quando vinheram me dizer que o Luan tava no hospital, foi quando eu acordei e foi a primeira coisa que eu fui fazer, foi vir ver ele.

mas ele tava entrando em cirurgia e eu não iria ver ele nem tão cedo.

Medusa: toma a água -falou e eu neguei- fia, tu ainda tá carregando um bebê, pelo amor de deus né, pensa nele , para de ficar assim

Luisa: dois tiros jade, no pescoço e no peito -falei tremendo- ele podia ter morrido na hora

Medusa: mas nao morreu, ele sabe que tem mais uma cria pra bancar, fica calma -falou e eu assenti- vamo pra Casa, comer , formiga tá aqui, ele vai avisar qualquer coisa que disserem.

fiquei olhando pra porta de emergência mas ia demorar muito pra aparecer alguém ali, e eu tenho certeza.

Apenas me conformei que tinha que ir pra casa e me levantei, ela me acompanhou até o carro e a gente foi pra rocinha.

fui o caminho todo olhando pra fora, tava com uma vontade imensa de dizer que tudo ia ficar bem , mas nem eu sei se iria ficar bem.

quando cheguei em casa, fui direto tomar banho, minha cabeça tava doía a ponto de explodir.

Liz: ele vai ficar bem -falou entrando no quarto- ele vai voltar pra casa e vai ficar com a gente novamente , vai demorar, mas vai

Luisa: mamãe sabe meu amor -falei e ela assentiu- mas tô triste, porque eu sabia que iria acontecer algo e mesmo assim deixei ele ir

Liz: querendo ou não, não foi culpa sua -falou sentando na cama - ele é cabeça dura, e a senhora vive dizendo isso, vocês iriam brigar e ele iria de qualquer jeito

apenas assenti me deitando na cama , tava com vontade de dormir e ficar quieta, pra ver se passa os pensamentos ruins também.

[...]

Ck: tio Davi tá aí -falou entrando no quarto- e eu vou dar um role , por ai

Luisa: tem certeza que vai sair agora? -falei olhando o celular- são quase 20hrs, não gosto quando vocês saem assim

Ck: eu volto cedo -falou batendo o dedo na porta-

apenas fiquei olhando ele sair e depois me levantei, davi tava sumido desde cedo, nem falou comigo nem nada.

dk: tenho um bagulho pra te contar -falou e eu me sentei- não é nada com o lk, nem sairam da cirurgia ainda, pelo que o formiga disse

Luisa: é sobre o que ? -falei e ele suspirou-

Dk: quando eu fui lá, os mano disse que tinha um bagulho pra eu ver e pá -falou e eu assenti- presente do grego, enfim, ele matou a Isabel

fiquei calada , olhando pra cara dele, que não demonstrava nenhuma expressão de brincadeira ou algo a parte.

continuei assim por longos minutos, não sabia o que falar e muito menos como agir , fazia muito tempo que eu não via ela.

pelo que me disseram e que me mostraram, ela tava muito bem de vida, seriamente eu duvidava disso.

Luisa: tem certeza que era ela ? -falei e ele me olhou estranho- não vem com essa, ela tava muito bem de vida, gastando dinheiro com muita coisa, e matam ela assim do nada?

Dk: é nossa mãe luisa -falou e eu neguei-

Luisa: sua mãe, ela sempre fez mais coisas por você -falei levantando- ela mentiu pra mim, mas de uma vez, depois que eu tive meu filho, ela nunca mais ligou, nunca veio ver se eu tava bem, se o caio tava bem , sei nem se ela se lembra da liz.

Dk: porque você tá lembrando disso agora , querendo ou não, ela fez coisas por você também -falou levantando - tá sendo ingrata agora por que?

fiquei sem falar nada, evitei muito tocar no assunto dela e não vai ser agora que eu vou tocar.

Dk: eu vou enterrar minha mãe, querendo você ou não -falou e eu assenti-

Luisa: faz o que você quiser, você não entrou nisso pra ter dinheiro? -falei apontando pra ele- pegue seu dinheiro e enterre ela , não gaste nem sua voz pra me chamar pra ir pra esse enterro, porque eu tenho certeza que quem morreu ali, não foi a Isabel, se você vai enterrar um corpo desconhecido o problema é seu.

sai dali, indo pra cozinha e cuidei em colocar meu comer , não iria gastar minha voz com uma pessoa que não entende o meu lado e ainda quer brigar por conta disso.

Dk: grego tem uma filha aqui -falou e eu continuei colocando meu comer - é uma tal de Maria Vitória, filha da Camila, pelo que o moleque disse , é ela , vou conversar com a mãe dela sobre isso e espero que não fique com raiva de mim, por besteira ainda

Luisa: jae -murmurei-

ouvi a porta bater e respirei fundo, tô me recusando a acreditar nisso, realmente.

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