Capítulo 42 - A Caçada

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Samantha ouviu o som da porta sendo destrancada e viu Harry entrar com uma garrafa de água e colocar sobre a mesa. Ela percebeu que ele estava armado e parecia nervoso, muito nervoso. Ela precisava conhecer aquela casa, e arriscou.

- Harry? - Ele olhou para ela, e Samantha sentiu medo daquele olhar gelado.

- O que você quer?

- Eu posso sair um pouco deste quarto? Andar pela casa...

- Eu não confio em você...

- E o que você acha que eu posso fazer? - Ela perguntou irônica.

- Tentar fugir, por exemplo.

- Fugir para onde se eu nem sei onde estou? - Ela cruzou os braços - Além do mais, acredito que deve ter alguns brutamontes vigiando o lugar, não é?

Harry ficou pensativo, coçando o queixo e olhando para ela. Pensando melhor, realmente não tinha como ela fugir dali e, mesmo que conseguisse, seria fácil recapturá-la. Talvez se ele deixasse que ela não se sentisse prisioneira, ela ficaria mais dócil.

- Está bem, eu vou deixar a porta destrancada - Ele apontou o dedo para ela - Mas não tente nenhuma gracinha, entendeu?

- Obrigada - Samantha achou necessário ser educada, apesar de sentir uma louca vontade de dar um soco em seu nariz - Quanto tempo nós vamos ficar aqui?

- Ainda não sei, mas será o mínimo possível.

- E o que você quer dizer? Um dia ou uma semana?

- Chega, Sam! Não me obrigue a tirar o privilégio que acabo de conceder! - Ele saiu irritado do quarto, mas desta vez não trancou a porta.

Samantha respirou aliviada, agora ela podia andar pela casa e tentar encontrar alguma forma de descobrir onde estava e avisar alguém através de uma mensagem ou algum outro meio de comunicação.

Mais uma vez ela pegou o celular e teve certeza de que não havia sinal. Colocou-o dentro da bolsa e levou-a com ela, pois poderia precisar recolher alguma coisa... Respirou fundo, foi até a porta e abriu-a, saindo para o corredor. O corredor era imenso e estava na penumbra, parecendo com aqueles lugares mal-assombrados que aparecem em programas de caçadores de fantasmas.

Ela começou a caminhar e viu que havia vários quadros de barcos e outros temas marítimos pendurados na parede e quando chegou ao final do corredor, havia uma escada para o piso térreo, e ela começou a descê-la, apesar de estar sentindo um pouco assustada.

Tanner olhou em seu relógio e viu que passava um pouco das dez horas da noite e, alguns minutos depois, eles ouviram um barulho de carro sobre o cascalho e logo viram os faróis. Os vigias saíram de suas posições e, em poucos minutos, novos vigias estavam no lugar. Pouco tempo depois aquele mesmo carro deixou o local.

- Vamos esperar tempo suficiente para que eles estejam longe, e agiremos - Lucca olhou para Clark - Você já sabe como derrubá-los sem chamar a atenção?

- Sim, apenas preciso observar o comportamento de ronda destes novos para derrubá-los.

- Tanner, assim que entrarmos na casa, você vai até o carro e aguarda o sinal pelo rádio.

- Está bem - Tanner sentiu excitação e um frio no estômago ao mesmo tempo.

Lucca passou mais algumas instruções, conferiu o equipamento, conversou a respeito de algumas táticas com Clark e olhou novamente no relógio.

- Já podemos agir - Ele virou-se para Clark - Já pode derrubá-los?

- Sim.

- Quando você quiser.

Quando Você SorriOnde histórias criam vida. Descubra agora