Thirty 🧭

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⚠️ AVISO: PREPAREM OS LENÇOS 🤧 ⚠️

Dica: Leia ouvindo a música na mídia para melhor experiência 🎧🎶

Assim que Minho me viu suspirou aliviado, até que ele deu uma olhada na mala ao meu lado.

- Por que minha mala está aqui? - Perguntou franzindo o cenho.

Já sabia que a conversa seria difícil mas, não a ponto de não conseguir proferir as palavras. Respirei fundo e finalmente olhei em seus olhos.

- Hannie, que cara é essa? Porque você estava chorando? - Ele tentou se aproximar e eu apenas levantei a mão.

- Por favor, não chegue perto de mim.

- O que? - Minho parecia ter acabado de levar um soco no estômago com essas palavras.

- Quem é você afinal? - Consegui dizer finalmente.

- Amor se isso for alguma brincadeira já pode parar, eu não estou gostando das coisas que está me dizendo. - Me respondeu com a voz baixa.

- Brincadeira? Talvez eu devesse te perguntar então, quanto tempo você pretendia brincar com os meus sentimentos Minho? Ou seu nome também não é esse? - Eu queria sentir raiva dele mas, era como se eu estivesse vazio.

- Pelo amor de Deus, de onde você tirou tudo isso? - Ele começou a ficar nervoso.

- Que tal começarmos por ela então? - Apertei o botão da mesa e abri o compartimento da glock, a pegando na mão.

Seus olhos se arregalaram e ele deu um passo a frente, apontei a mesma para ele.

- Já avisei para não chegar perto de mim. - Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.- E então, o que tem para me dizer?

- Abaixa essa arma, você pode acabar se machucando Han. Não tenho autorização para falar sobre isso ainda. Confie em mim querido, só estou tentando te proteger.

- Confiar, você não pode estar falando sério. Me acha assim tão ingênuo? Tudo bem.... quem é esse homem? - Apontei para as fotos espalhadas pela mesa.

- Hannie, por favor não se envolva nesse assunto. Não faça isso com a gente.

- Quem fez isso com nosso casamento foi você mesmo Lee, se é que se chama assim. Um chefe de cozinha não deveria ter uma arma no escritório de casa, escondida e com documentações confidenciais... ou deveria e eu estou ficando louco? Então não me venha pedir para confiar em você, eu nem ao menos o conheço. - Nesse momento minha voz quebrou junto com o que sobrava do meu coração e não consegui mais segurar as lágrimas.

Minho me olhava como se estivesse perdido, pude ver que queria se aproximar porém, o medo de que eu atirasse era real, não por ele e sim por mim mesmo.

- Apenas pegue suas coisas e saia da minha casa.

- O que?! Amor, você não está pensando direito. Eu sou o mesmo que você conheceu a anos atrás, por favor não faça isso. - O desespero na voz dele quase me fez acreditar em suas palavras.

Ele não se moveu, apenas começou a chorar, com o resto de força que me sobrava abaixei a arma e retirei a aliança de casamento deixando-a sobre a mesa.

- Tudo bem se você não vai, então eu mesmo vou.- Falei baixo, estava acabado.

- Atire em mim de uma vez, brigue comigo, faça alguma coisa só não vá embora...

Passei por ele sem nem olhar para trás, vê-lo daquela forma me fazia querer abraçá-lo. Fui até onde era nosso quarto e peguei apenas uma mala de mão, quando comecei a colocar minhas coisas dentro dela ouvi a porta da frente sendo fechada. Corri até lá e vi aquilo que fez com que minha ficha finalmente caísse, ele se foi.

Era como se uma faca tivesse perfurado meu coração, nesse momento deixei que a emoção tomasse conta. Cai de joelhos ali mesmo e comecei a chorar, era um choro tão desesperado que me tirava o fôlego. Não sei por quanto tempo fiquei assim pois, minha visão começou a ficar turva e então tudo desapareceu.

Pov Minho

Nunca pensei que fosse sentir uma dor no nível que eu estava sentindo agora. Para um ex- tenente do exército, eu já tinha passado por muitas coisas mas, nada se comparava com isso. Coloquei a aliança dele no meu dedo junto com a minha, eu não conseguia dar partida no carro. Só de imaginar que meu garoto estava chorando por minha causa, era como se eu tivesse morrido mil vezes.

Apoiado no volante eu sentia as lágrimas escorrendo por meu rosto e o ar começava a faltar, não fazia ideia de para onde ir. Depois de um tempo liguei o carro e comecei a dirigir sem destino.

Agora eu começava a entender porque Félix tinha bebido tanto quando Hyunjin terminou com ele. Eu queria poder contar a Han tudo, cada detalhe mas, não poderia colocá-lo em risco assim. Se era preciso que eu me divorciasse dele para que ele continuasse seguro, então eu faria isso sem nem pensar duas vezes.

Estacionei o carro em frente ao apartamento que eu morava antes de me casar, eu o alugava as vezes. Dormir não era uma opção hoje, eu precisava pensar em uma forma de Lee retirar a mãe da clínica psiquiátrica e qual o envolvimento de Kwon Jiyong com a Infinity Destilling Co, antes que meu casamento terminasse de verdade.

Entrei e joguei a mala em qualquer lugar, peguei o telefone e fiz o que deveria ter feito antes.

- Aqui é o tenente Lee Minho, preciso de todas as informações que tiver sobre Kang Daniel.

Meu passado sempre dava um jeito de se manifestar.

SCARS (FELIX)Onde histórias criam vida. Descubra agora