Fifty-Two 🧭

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Pov Changbin

Deixei Kwon apodrecendo dentro do confinamento por três dias, San e Yunho me pediram para fazer o interrogatório e antes mesmo que terminassem de fazer a pergunta eu disse que não era necessário.

- Não deveriam se preocupar comigo, talvez com ele.- Avisei antes de adentrar a sala.

- Bom dia, como esta senhor Kwon. Presumo que meus agentes já leram seus direitos a três dias atrás mas, posso lê-los novamente se já tiver esquecido. 

- E então, a piranha filha sobreviveu? - Ele sorriu ao perguntar.

Me levantei e fui na direção dele calmamente, retirei aquele chapéu ridículo que ele usava. 

- Sou eu quem faço as perguntas aqui. Vamos começar sem esse item. - Mostrei o chapéu a ele. - Quero ver o quanto você vai ser capaz de sorrir com o número de acusações que tenho contra você.

- Acha que pode me assustar com isso? Sabe que eu vou estar fora daqui em menos de uma semana Seo. 

- Tem algo que queira dizer ou prefere que eu apresente as provas que tenho contra você? - Disse friamente.

- Pode começar com o show. - Mas um sorriso, eu queria tirar o sorriso daquela boca com um soco porém, teria que me controlar se quisesse continuar no caso.

- Temos seguido cada passo seu desde 2016, essas são as primeiras provas com seu envolvimento. 

Abri uma pasta onde continham várias fotos dele em um depósito cheio de drogas, documentações assinadas no nome da empresa dele para o transporte do que deveria ser Azeite de Oliva. Fotos dele com várias pessoas que eram conhecidas pelo tráfico humano, elas haviam sido presas ao longo desses anos de investigação. Sua expressão ia mudando conforme eu abria cada uma das pastas, listadas por ano e mês.

Depois de cinco horas de interrogatório, cheguei na confissão de T.O.P onde ele entregava todo o esquema e me dizia que tinha um pen drive com informações que só ele e Kwon tinham, o mesmo se levantou da cadeira mesmo algemado.

Meus agentes mais que depressa entraram na sala.

- Não. - Avisei antes que se movessem.

- Seo ele vai acabar indo pra cima de você. - Disse Yunho.

- Ele sabe que não tem saída, podem voltar aos seus postos. - Disse sem tirar os olhos de Jiyong.

A porta foi fechada novamente e continuei com o processo de interrogar o mesmo.

- O que foi? Pensou que seria mais esperto que eu? Vamos lá Kwon. - Essa foi minha vez de sorrir. - Viemos desmontando sua operação a anos e você ao menos percebeu?

- Não tem pen drive nenhum, ele estava blefando. - Ele disse nervoso.

Ouvi as batidas na porta no tempo certo.

- Entre tenente Lee.

- Seo. - Disse fazendo uma reverencia. 

Lee me entregou o que eu esperei por três dias, conectei o mesmo ao notebook a minha frente e o virei para o acusado. Páginas e mais páginas de mensagens trocadas entre Kwon e outros criminosos, registros de ligações, rastreios de localização de cada container, plantas de depósitos e documentos de empresas fantasma assinados por ele, fotos de cada reunião e encontro com acionistas que também estavam envolvidos principalmente com lavagem de dinheiro, entre eles Doyun padrasto de Félix, o qual já tinha um mandado de prisão pronto.

- Temos um acréscimo Seo, Félix me mandou isso mais cedo. - Disse Minho ao colocar um áudio para tocar, era uma conversa onde Kwon e Doyun o ameaçavam para que fechasse negócios no nome dele para ambos sem deixar rastros.

- Aquele filho da puta! - Quando assimilei o que estava acontecendo, Minho já estava com Kwon prensado contra a parede imobilizado.

- Não acabe com a linha tênue que tracei para não acabar com você assim que te vi, essa porra de investigação me custou caro então, pode apostar que não tenho mais nada a perder. - Disse Lee para o imbecil imobilizado.

- Vocês acham que acabou? Hahaha, estão totalmente enganados. Sou apenas uma peça da engrenagem. - Respondeu Kwon.

- Pode ter certeza de que faremos questão de desmontar essa engrenagem peça por peça. Tirem ele da minha frente. - Ordenei.

San e Yunho o levaram de volta para a cela.

- Você esta bem Lee? - Eu deveria ter pensado nas palavras antes de dizê-las.

- Pare de me fazer perguntas idiotas Changbin. 

Meu celular começou a tocar e vi o nome de Han aparecendo na tela. Quando Minho viu de quem se tratava, esbarrou em mim e saiu da sala assim que atendi a ligação.

- Han, o que houve? - Perguntei sentindo o medo tomar conta de mim.

- A Hayoon... - Assim que ouvi o nome dela, sai correndo pelos corredores até o estacionamento, não ouvi mais nada depois disso. Enfiei o celular no bolso sem nem saber se havia desligado.

Meu coração batia rápido e minha mãos suavam, eu estava passando mal antes mesmo de saber o que aconteceu. Eu tinha acesso livre ao quarto dela então, subi direto e quase desmaiei quando entrei no quarto e vi a cama vazia. Minha vista começou a ficar turva, sai do quarto e me encostei na parede, o ar começou a faltar quando senti alguém me segurando.

- Changbin? - Era Bang Chan.

- Onde ela esta? Porque você não me ligou antes droga! - Respondi querendo partir para cima dele.

- Controle-se porra! - Gritou ele, fazendo com que eu voltasse a mim. - Ela esta em outro quarto, o quadro dela teve uma evolução significativa. Hayoon esta acordada, pedi a Han para te dar a notícia. Talvez não estivesse surtando se tivesse ouvido o que ele ia dizer idiota.

- O Q-que?! - Senti um alívio tão grande que não me importei nem um pouco de chorar na frente dos meus agentes. 

- Vou te levar ao quarto dela. 

Ela esta acordada, essa era a melhor notícia que eu tinha em dias.


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