Seventy - Three 🧭

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Pov Hayoon

Estou com oito meses e mal podíamos esperar pela chegada da nossa Ji Eun e nosso Yoon Ji, Félix adorava cantar para ambos, o que os estimulava a mexer como se estivem dançando. Estávamos  em um dos restaurantes dele localizado em Sujeong-dong, Busan. A mídia estava muito interessada naquela unidade por conta dos novos pratos, Minho e ele tem tentado mesclar a culinária de outros países a nossa como Bibimbap com outros legumes e vegetais, cogumelos de todos os tipos e até mesmo Japchae com outras massas.

- Droga, acabaram os Hiratakes. - Praguejou Minho.

- Tem um mercado a poucas quadras, posso ir até la enquanto finalizam as outras etapas do prato. - Han se propos. 

- Vou com você. - Falei entediada e com dor.

- Eu vou com ele, descanse. - Félix disse se dirigindo a mim.

- Nem pensar, estou a meses sem fazer esforço ou poder trabalhar, tenho dores em tudo quanto é parte do corpo, estou inchada e irritada. Eu. Vou. Com. Ele. - Respondi franzindo a testa, meus hormônios estavam a mil nesse fim de gravidez. - Sem contar que se você for conosco não vai ter tempo de montar os 30 pratos para o salão cheio e a imprensa.

- Ela esta certa Lee, caminhar um pouco vai aliviar essa onda de estresse e diminuir o inchaço. - Recomendou Han.

- Tudo bem, desculpe amor. Exagerei. - Se desculpou meu raio de sol.

- Voltamos em alguns minutos. - Fui até ele, dando um beijo em seus lábios.

Fomos até o carro pelos fundos do restaurante e me sentei no banco do passageiro, eu queria poder voltar a dirigir principalmente minha Ducati. Nessa reta final eu não tirava da cabeça como poderiam ser os rostinhos dos nossos bebês, sonhava todas as noites e me sentia ansiosa. 

Peguei um carrinho e caminhei devagar devido aos pés inchados, fomos até a seção que ficam os cogumelos para pegar algumas unidades. Colocamos uma boa quantidade no carrinho, aproximadamente quinze bandejas para ter certeza que não faltaria até que ouvi o seguinte comentário.

- Esses dois acham que podem comprar todos os cogumelos dessa droga de mercado? - Era uma voz feminina.

Me virei para ela, parecia conhecê-la de algum lugar e vi Han fechar os olhos vagamente.

- Como é? - Questionei, queria que ela repetisse o que falou.

- N-Não é nada. - Disse o rapaz com seus quase trinta anos suponho.

- Como assim não é nada Jeonghan? Precisamos daqueles cogumelos também! - Respondeu a mulher furiosa. 

- Olha só, se você tivesse tido o mínimo de educação poderíamos ter oferecido algumas bandejas mas, como não soube conversar antes de fazer todo esse escândalo não vamos oferecer. Talvez assim você aprenda a ser civilizada. - Disse olhando para ela.

- Me desculpe, as vezes ela passa dos limites. - O rapaz se curvou para se desculpar por eles.

- Eu me recuso a me desculpar com essa... essa ... 

- Se eu fosse você pensaria mil vezes antes de... Grr... - Senti uma dor forte na parte inferior do abdômen que foi se espalhando para a região lombar e minhas coxas.

- Hayoon?! - Han arregalou os olhos, ao me ver segurando forte no carrinho.

A dor foi tão repentina que perdi o ar, mordi os lábios e quando pensei estar melhor a dor me atingiu novamente. Me agarrei a mão dele e quase quebrei seus dedos com a força que apertei.

- Agora vai fingir que esta passando mal. Essa é boa. - Disse a desconhecida com desdém.

- Se eu não estivesse com tanta dor te mostraria sua... - Senti uma pontada que teria me deixado de joelhos se Jeonghan como ela havia o chamado, não tivesse me segurado.

SCARS (FELIX)Onde histórias criam vida. Descubra agora