Fifty- Seven 🧭

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Pov Félix

A dias venho tentando parecer bem, para que Chaewon não fique tão afetada com tudo que aconteceu, ela interagiu um pouco mais depois que Jeongin fez a visita. Ele conseguiu fazer algumas atividades com ela, para que pudesse destraí-la da saudade que estava sentindo de Hayoon. Quando me chamou para conversar em particular enquanto minha garotinha estava com Wooyoung, disse que dar um passeio com ela de vez enquando seria bom então, foi isso que eu fiz hoje a noite.

Estamos a caminho do hospital com Chan e eu não sabia nem o que dizer, estava com tanto medo de perdê-la que mal dormia. Meus pensamentos iam longe, mesmo tendo conhecido Hayoon a pouco tempo, nossa conexão parecia que vinha de vidas anteriores, hoje vejo que toda aquela questão sobre Hyunjin não era nada além de um passado mal resolvido. Não deixarei que isso nos afaste novamente, tudo aquilo serviu para que eu pudesse amadurecer e ter mais responsabilidades.

- Esta pronto? - Chan me perguntou sorrindo.

- Com certeza. 

Desci do banco do passageiro e abri a porta traseira para retirar Chae da cadeirinha, ajeitei a roupinha dela e peguei em sua mão. Adentramos a recepção do hospital e Chan passou diretamente comigo, apenas dizendo que eu estava com ele. 

- Você vai entrar com a ChaeChae ou quer que eu fique com ela? - Chan perguntou prestativo.

Agachei de frente a ela e resolvi ter uma conversa com a mesma antes.

- Princesa, você quer ver a tia Hayoon comigo? - Perguntei com todo cuidado. 

Ela me deu um aceno afirmativo.

- Então, me prometa que depois vai com o tio Christopher¹ para casa descansar. Esta tarde e você precisa dormir para que a tia Hayoon não fique brava ok?

Ela pensou por alguns minutos e observou Chan nesse tempo, como se tentasse desvendar algum mistério.

- Pode confiar nele princesa, somos família. - Falei fazendo carinho no cabelo dela.

No minuto seguinte ela estendeu a pequena mãozinha para que o monte de músculos chamado Christopher Bang segurasse. Deixei que ele entrasse com ela primeiro e fui caminhando devagar atrás. 

- Minha menina. - Escutar a voz dela depois de tantos dias, era como se o mundo tivesse parado e eu estivesse em transe.

- Vou deixá-los a sós, depois volto para levar ChaeChae para casa. 

- Com quem você esta falando? - Perguntou Hayoon pois, eu estava atrás de Chris.

- Comigo... - Finalmente me pronunciei com a voz fraca.

Pude identificar a dor em seus olhos pois, os meus refletiam a mesma coisa. Ficamos em silêncio vendo Chae acariciando seu rosto, o barulho dos aparelhos se faziam presentes. Depois de tanta tempestade parece que todo aquele temporal havia passado e eu nem conseguia sair do lugar.

- Ela sentiu sua falta. - Falei tentando manter as emoções sob controle.

- Só ela? - Perguntou com um fio de tristeza na voz.

- Eu também senti muita sua falta, não imagina o quanto. - Disse me aproximando e me surpreendi quando Chaewon me puxou pela camisa toda desajeitada para que déssemos um abraço em Hayoon.

Poder sentir o toque de suas mãos quentes em mim novamente, o cheiro inesquecível de sua pele, tudo aquilo fez com que eu finalmente conseguisse relaxar e deixar que as lágrimas caíssem. 

Ao nos separarmos do abraço, vi que algumas lágrimas também corriam pelo rosto de Hayoon. Nossa garotinha como sempre muito atenciosa, limpava cada lágrima que caia e isso fez com que eu e ela sorríssemos. Me sentia apegado por ela como se ela fosse nossa filha o que realmente me fazia pensar mas, primeiro teria que resolver muitas questões inclusive sobre tirar minha mãe daquela clínica psiquiátrica.

Sentado ao lado da cama de Hayoon a observava conversando com Chaewon e brincando, dentro de suas limitações devido ao seu ferimento. Não percebi as horas passando até que ouvi toques suaves na porta. 

- Boa noite senhorita Min, Félix. - Disse Seungmin ao fazer uma reverência. - Hora de te examinar novamente. 

Me levantei e peguei minha princesinha no colo, ela já estava caindo de sono. Mandei uma mensagem para Chris e logo ele apareceu levando-a para casa. Vi quando Seungmin entregou um papel para Hayoon e disse algumas palavras, houve um silêncio ensurdecedor depois disso e então ele saiu do quarto.

- Você pode ficar comigo essa noite? - Ela disse com a voz quase quebrando, o que me deixou em alerta.

- Claro, se quiser conversar estou aqui. - Não queria que ela se sentisse pressionada de maneira alguma.

Ela colocou o que percebi ser uma carta encima da mesinha ao lado da cama.

- Senti sua falta Lee. - Disse olhando fundo em meus olhos.

- Só de pensar que talvez eu nunca mais ouvisse sua voz ou sentisse seu toque... Eu senti tanto medo. - A abracei e fechei os olhos.

Coloquei a mão em seu rosto e olhei para seus olhos castanhos, me aproximei de seus lábios e quando senti sua boca macia sobre a minha novamente, juro que poderia ter entrado em combustão espontânea.

Coloquei a mão em seu rosto e olhei para seus olhos castanhos, me aproximei de seus lábios e quando senti sua boca macia sobre a minha novamente, juro que poderia ter entrado em combustão espontânea

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Naquela noite, dormi abraçado a mulher que sempre me tirava o sono e foi a melhor sensação do mundo. A melhor noite de sono que já tive pois, estava segurando meu mundo em meus braços.



Christopher / Christopher Bang¹ - Nome australiano de Bang Chan pois, o mesmo  nasceu na Coreia do Sul mas, mudou-se para Sydney muito jovem. Sendo assim, Bang Chan é seu nome coreano e Christopher Bang seu nome australiano.

SCARS (FELIX)Onde histórias criam vida. Descubra agora