Thirty- Nine 🧭

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Pov Han

Depois que entrei onde Minho me indicou tudo parecia girar ao meu redor, em menos de cinco minutos que eu havia entrado aqui, ouvi três disparos e em seguida tudo desapareceu.

Senti meu corpo sendo carregado para algum lugar. Não conseguia abrir meus olhos, meu corpo parecia pesar mais de cem quilos. Conseguia ouvir as vozes a minha volta e sentia o cheiro que eu mais amava no mundo, queria poder falar com ele porém, meu corpo não me obedecia.

- Vai ficar tudo bem Jagiya¹, não vou deixar ninguém te machucar. Eu prometo.

Uma lágrima escorreu por meu rosto, sua mão quente acariciou minha pele e depois disso tudo que eu ouvia era o bip da máquina no quarto.

Pov Minho

- Seungmin, cuide dele pra mim por favor. Vou deixar dois agentes de prontidão, preciso seguir com a investigação.

- Claro, foi um desmaio emocional em pouco tempo ele vai recobrar a consciência. Não se preocupe.

- Obrigado, me ligue a qualquer momento que precisar.

Dito isso sai do hospital, os dois idiotas já tinham sido atendidos e os agentes me aguardavam para levá-los. Chegando na agência, coloquei cada um em uma sala de interrogatório.

- Minho?

Ouvi uma voz familiar e me virei, a anos não o via.

- Bang Chan, o que faz aqui ?

- Eu te faria a mesma pergunta

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- Eu te faria a mesma pergunta. Tenente Lee então?

- Sou eu, você é o agente especial da inteligência que o Changbin me avisou que viria?

- Prazer revê-lo, parece que todos nós guardamos segredos afinal. - Disse Chan enquanto apertava minha mão.

- Acredito que sim. Bom, já está a par da missão então vamos interrogar os capangas de Kwon. Escolha a sala e pode entrar. - Falei divertido.

- Direita.

Entrei na sala da esquerda e me sentei, Chan tinha ficado com Taeyang. Eu fiquei com o marrento, uma ótima escolha. Através das digitais descobri seu nome.

- Boa tarde, Kang Daesung. Nossos agentes já leram seus direitos, vai querer a presença do advogado? - Perguntei levantando a sobrancelha.

- Acha mesmo que um advogado vai ser capaz de me livrar do meu destino óbvio? - Falou olhando em meus olhos.

- Claramente não. Ainda sim a lei diz que devemos perguntar, protocolo sabe como é. - Dei de ombros. - Vamos iniciar então, o senhor trabalha para Kwon Jiyong?

Ele permaneceu em silêncio.

- Por que invadiram minha casa?

Nenhuma resposta, passei a língua sobre meus lábios e olhei para a porta.

- Agente pode se retirar, tranque a porta ao sair.

- Claro senhor, vou me certificar de que não seja interrompido.

Os olhos de Daesung se arregalaram e ele se recuperou rapidamente.

- Vou perguntar de novo, acho que não entendeu na primeira vez. Você trabalha para Kwon? - Sentei na mesa próximo as suas mãos.

- Não vou te dizer nada.

- Já trabalhou com ângulos senhor Kang? .... Vou te explicar uma coisa, a câmera nessa sala fica a sua direita. De onde eu estou ela não vai captar se eu enfiar essa caneta em sua mão ou quebrar alguns dos seus dedos.

- Você é louco.

- Não tem ideia das coisas que posso fazer. Principalmente quando mexem com algo meu. - Falei estreitando os olhos.

- Esta blefan... grrr.

Com a maior satisfação do mundo quebrei o primeiro dedo, sendo ele o indicador.

- Ora é só um osso quebrado.

Kang segurava o dedo com a mão que estava ilesa.

- A cada pergunta sem resposta, terá um dedo quebrado entendeu?

- Você não pode fazer isso!

- Quem disse que não? - Sorri pra ele. - Por que invadiram minha casa?

- Vai pro inferno.

Quebrei o médio e o anelar ao mesmo tempo, ele? Urrava de dor.

- Ops, talvez eu tenha errado as contas. - Fiz uma cara de inocente.

- Filho da puta! Merda!

- Qual é, aguenta firme valentão. Achei que fossemos nos divertir.

- Quando eu me soltar, vou matar você!

- Agora sim, parece que estamos chegando a algum lugar.

Meu celular começou a tocar, havia feito um pedido antes de entrar na sala de interrogatório.

- Já estão com ela? Ok.

Encerrei a ligação e levantei dando dois toques na porta. A mesma foi aberta e uma jovem entrou.

- Conhece esse homem? - Perguntei a ela.

- Ele é meu irmão, o que esta havendo? - Perguntou Bora.

- Por que a trouxe aqui?

- Resolveu conversar Daesung, que bom. Sou Lee Minho, gostaria de fazer algumas perguntas. Pode se sentar senhorita.

- O que foi que você fez? - Bora tinha os olhos cheios de lágrimas observando o irmão mais novo.

- Bora eu...

Como imaginei ele não terminou a frase, acertei em cheio qual era seu ponto fraco.

- Seu irmão invadiu minha casa armado. Tenho feito algumas perguntas mas ele se nega a respondê-las.

- O que? Deve haver algum engano, ele é só um operador logístico... Não é?

Bora segurou o queixo do irmão e o fez olhar em seus olhos.

- Me responda...

- Não. Quero um acordo, coloquem ela sob proteção de justiça e eu falo tudo que quiser.

A garota começou a bater nele, desesperada. Tive que segurá-la e pedi que a levassem para se acalmar.

- Vamos ver o que tem para mim e eu lhe direi se temos um acordo.

- Trabalho para Kwon Jiyong, no começo eu só fechava alguns pequenos negócios até ele me oferecer mais dinheiro para que cuidasse dos carregamentos. Depois que vocês conseguiram interceptar alguns dos nossos containers, fiquei devendo a ele. O combinado era levar Han Jisung em troca do perdão da dívida, sabíamos que todos estariam procurando pela garota então resolvemos atacar.

- E então deram de cara comigo.

- Sim.

- Quanto ficou devendo?

- Mais de dois milhões. Cada garota tem um preço, tudo depende da idade, nacionalidade, estética.

- Vou colocar Bora na lista de testemunhas com proteção de justiça. Temos um acordo mas, se alguém tocar em um fio de cabelo do Han... eu acabo com você.

Chamei pelo agente que aguardava do lado de fora e pedi que o levassem para o confinamento.

Jagiya¹ - Tem como significado "baby, querida, querido". É um termo usado como um apelido de um casal.

SCARS (FELIX)Onde histórias criam vida. Descubra agora