E sorriu.

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Magnus correu para o banheiro numa tentativa desenfreada de controlar as lágrimas que teimavam em cair por seu rosto

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Magnus correu para o banheiro numa tentativa desenfreada de controlar as lágrimas que teimavam em cair por seu rosto.

Alexander amava outra pessoa.

Não é como se Magnus esperasse que Alexander nunca seguisse em frente. Nada disso. Tudo o que ele queria era que Alec fosse feliz. Mas ver isso realmente acontecendo, o torturava de uma maneira devastadora.

O que ele esperava, afinal? Ele foi embora. Ele não conseguiu perdoar Alexander. Magnus tinha decidido esquecer e seguir em frente – sem ele.

Era óbvio que ele teria encontrado outra pessoa. Afinal, qual ser humano recusaria a possibilidade de uma vida ao lado de Alexander? Magnus, aparentemente.

Se olhou no espelho e limpou as lágrimas. Ele tinha feito uma escolha e lidaria com as consequências. Alexander não o amava mais. E estava tudo bem.

Está tudo bem. Está tudo bem. – Magnus repetiu em sua mente, tentando fazer seu coração se convencer disso.

— Magnus? — A voz de Alexander interrompeu seus pensamentos. — Está tudo bem? Você saiu tão rápido de minha sala, fiquei preocupado...

Magnus o olhou nos olhos. Está tudo bem.

— Está tudo bem, Alexander. Me desculpe. É só...Tudo isso com Catarina foi um pouco demais para assimilar. Precisava respirar um pouco e lavar o rosto. – Magnus disse com uma voz quase confiante.

— Eu entendo. Mas você tem que acreditar que vai ficar tudo bem. Catarina vai ficar bem. A gente só precisa ter um pouco de paciência. E eu estou aqui. Não só como profissional, mas como amigo dela e... — ele hesitou... — Seu amigo também.

Nenhum deles conseguiria explicar qual dos dois tinha de movido primeiro. Quando deram por si, estavam tão próximos que Magnus conseguia sentir a respiração de Alec sobre si. Bastava um movimento e suas bocas estariam coladas, como ambos os corações imploravam.

— Obrigado. — Magnus disse, se afastando. Alec amava outra pessoa. Precisava se afastar. Não poderia fazer isso novamente. Alec estava feliz. Ele não podia comprometer isso. — Bem, vou esperar a alta de Catarina na sala das visitas.

E saiu.

Alexander ficou no banheiro atordoado pela proximidade com Magnus. Estavam tão perto que o cheiro de sândalo invadia seus sentidos. Ter aquele homem perto dele outra vez, mexia consigo de uma forma que o deixava atordoado.

Como na última vez que o viu. Em que Magnus tinha ido embora na manhã seguinte sem intenções de voltar.

Esse pensamento tirou Alec de seus devaneios. Se aproximou da pia e lavou o rosto. Foi quando notou um celular ali. Era o celular de Magnus, provavelmente. Ele tinha o deixado ali, na pressa de fugir da intensidade do momento anterior.

Agarrou o celular e correu até a sala de visitas para o devolver.

O viu ali, encostado no balcão – lindo, como sempre foi – e se dirigiu a ele. Seus olhares se encontraram e aquele sentimento estava de volta.

Corações Vazios (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora