O plano das bolachas

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Magnus

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Magnus

Um mês tinha se passado.

Um mês em que tive a oportunidade de conhecer e aproveitar meu filho.

Obviamente, com a descoberta de que tinha me tornado pai, tive de fazer alguns ajustes em minha rotina.

Rafael – meu sócio das boates em Lisboa – está tomando conta dos negócios, o que me dá liberdade para passar imenso tempo com Max.

Eu e Alexander conseguimos nos organizar, para que nosso anjo não sofresse, para que não sentisse que o fato de estarmos vivendo em casas diferentes era um problema.

Todos os dias, eu buscava Max na escolinha e passava horas com ele antes de o levar em casa. A gente conversava, brincava. Alguns finais de semana, ele passava comigo e com Catarina e a gente assistia filmes e dava passeios no parque.

Sem contar que Catarina adorava tê-lo por perto. Ele era uma lufada de ar fresco em nossa vida.

Meu Deus... como eu me apaixonei por esse garoto.

Era impressionante como — em tão pouco tempo — ele se tornou tudo para mim.

Quanto a Alexander...

Bom, quando a Alexander nada mudou.

Minhas pernas ainda tremiam de cada vez que ele me olhava nos olhos.

Meu coração ainda parava de bater, de cada vez que ele me tocava, mesmo sem intenção.

Meu coração ainda se apertava de todas as vezes que o via sorrir.

Mas nada mudou.

Ele seguiu em frente. Eu o machuquei e ele fechou seu coração para mim.

Então, eu estava esperando...

Esperando que ele confiasse em mim, que ele acreditasse que eu não iria a lugar nenhum.

Esperando que ele conseguisse abrir seu coração novamente.

A gente nunca mais falou sobre nós. Eu lhe disse, um mês atrás, que o amava e que iria esperar por ele... Desde aí, todas as nossas breves conversas se limitavam a Max e à depressão de Catarina.

Isso me matava por dentro. Mas eu não podia pressioná-lo.

Eu o machuquei como ninguém, abri meu coração e agora teria de esperar.

E esperaria... porque aquele moreno de olho azul era o homem de minha vida e eu não conseguia imaginar um futuro que não fosse com ele.

E eu esperaria o tempo que fosse necessário. Os anos e as vidas que fossem necessárias.

Mas não o pressionaria.

Ele já sabia como eu me sentia e por toda a nossa história, eu precisava que a decisão fosse dele. E até que ele me mostrasse que estava pronto para me dar uma chance... eu não podia voltar a falar sobre isso.

Corações Vazios (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora