"Até que a morte os separe... apesar de a própria vida já o ter feito."
Alec e Magnus viveram um amor inesquecível. Amaram como se ama nos filmes, loucamente e de coração aberto.
Até ao momento em que um erro coloca tudo a perder.
Magnus estava tão...
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Magnus mal tinha dormido.
Seu corpo estava cansado, mas sua mente corria repassando os eventos do dia anterior. Seu encontro com Alexander e Max. O beijo arrebatador que tinha partilhado com o seu garoto bonito. A descoberta de que Max era seu filho.
Ele tinha ficado sem chão.
A verdade é que Magnus – no fundo de sua alma, inconscientemente – sabia que o garotinho era seu filho.
Quando o viu com Alexander seu coração se apertou. Sua mente gritando o que estava bem na sua frente, mas ele, magoado demais, foi incapaz de ver.
Magnus era destrutivo. Ele não sabia como se permitir amar novamente.
Seu lado racional tomando seu corpo, o levando para o bar, o fazendo beber. Tentando encontrar mil e uma possibilidades – ignorando a única que ele sentia ser verdade. Ele era pai.
A mente de Magnus não conseguia se permitir acreditar nisso. Não conseguia aceitar que havia a possibilidade de ele ter partido, viajado pelo mundo, curtido a vida... enquanto Alexander criava o filho dos dois sozinho.
Não conseguia aceitar que havia a possibilidade de ter deixado seu filho para trás junto com o homem que amava mais do que tudo.
Então... com medo de seus próprios sentimentos, fechou essa possibilidade num canto de seu coração. Ele não era pai. Não podia ser.
Era mais fácil acreditar que Alexander tinha tido Max sozinho, com a ajuda de um banco de esperma.
Esse foi o momento que mudou tudo.
Magnus percebeu, no momento em que sua boca cuspira aquelas palavras duras, o quando aquilo havia despedaçado Alexander. Ele tinha machucado o seu amor e – por dentro – saber disso o destruía.
Sabia que precisava se desculpar.
Precisava dizer ao seu moreno o quanto tinha sido injusto. O quanto sentia muito. Por tudo.
Precisa vê-lo. Precisava ver Max.
Durante anos, Magnus tinha fugido de Alexander por medo de ser abandonado, não sabendo que – ao fazer isso – estava ele próprio abandonando sua família.
Alexander tinha ficado sozinho. Assustado, perdido e grávido. Tinha criado o filho de ambos sozinho. Tudo porque Magnus era demasiado covarde para ficar. Para confiar.
Naquela manhã, ele finalmente tinha tomado uma decisão. Não seria mais covarde. Não fugiria mais. Sabia que não seria fácil, que teria um longo caminho pela frente. Mas estava decidido a não perder mais tempo.
Por isso, lavou o rosto, aplicou corretivo tentando cobrir as olheiras da noite mal dormida. E agora estava ali, ainda de manhã cedo, na casa onde sabia que sua família estava vivendo... sem ele.
