Está ficando escuro

454 44 37
                                    

— Primeiramente bom dia, Magnus

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Primeiramente bom dia, Magnus. Segundamente... — Jace não terminou a frase, apenas levantou a mão, acertando um soco em cheio na boca de Magnus.

— QUE CARALHO?! — O indonésio estava chocado olhando para ele e levando sua mão à boca, que sangrava.

— Terceiramente, eu não vou sair daqui até você me contar o que diabos você está escondendo do Alec. E você vai me contar. E depois, eu e você vamos arranjar uma forma de você conseguir amá-lo do jeito que ele merece.

'O quê?!'

— Que merda, Jace! Você me socou!

— E você mereceu!

Magnus baixou o olhar, sabendo muito bem que o loiro tinha razão. Ele tinha feito muita merda mesmo.

— Entra. Deixa só eu pegar um gelo e fazer um curativo na minha boca.

Jace entrou e se sentou no sofá esperando por Magnus.

Ele não iria sair dali até saber o que caralho aquele homem tinha na cabeça para destroçar o coração de seu irmão, de todas as vezes.

Passado uns minutos, Magnus voltou. Tinha um corte em seu lábio e estava inchado, mas já não estava sangrando.

— Então... — Magnus começou, se sentando no sofá também. — Além de me dar o que eu mereço, o que você está fazendo aqui?

— Você vai ter que falar comigo, Magnus. Você vai me contar o que se passa com você e porque você continua machucando o Alec, ou eu juro por tudo, eu vou te dar uma surra até você aprender a virar gente. — Apesar das palavras duras, a voz de Jace parecia calma e compreensiva. Como se, de fato, quisesse ajudar.

— Não importa mais... Alexander seguiu em frente. Ele me implorou para eu deixá-lo seguir em frente.

Jace gargalhou alto, sem humor e Magnus o olhou confuso.

— Você sabe quantas vezes ao longo desses oito anos eu ouvi ele dizer isso? Que iria seguir em frente? Centenas! E veja onde a gente está agora. Ele sempre diz isso, e nunca consegue.

— Dessa vez é diferente... — O indonésio disse, com os olhos marejados e sem esperança.

— Olha, Magnus, eu vou ser duro com você, e você precisa ouvir. Ta bom?

Magnus apenas assentiu.

— Será que você alguma vez olhou para ele com olhos de ver? Não me refiro a um relance de olhar. Estou falando de realmente observá-lo pelo todo que ele é. Você nunca fez isso, pois não? Talvez porque julgou que ele sempre iria lá estar. Se alimentando das poucas resmas de sua atenção. Esperando em um beco sombrio por sua chegada incerta. Amando cada pedaço seu, secretamente, sem sequer te ter. Você julgou que sempre seria assim, não foi?

Corações Vazios (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora