Cortesia do chefe

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Olha só, se não é a tal da mau amada, louca, psicopata, ex de Paul...

Tinha tantos substantivos não muito agradáveis para essa mulher.

Bastava uma observação breve para chegar a conclusão de que ela não era boa pessoa.

- Andréia, ligue para Taylor. - As palavras dele estavam carregadas de desprezo.

- Taylor? - Disse Christina. - Não me diga que ele ainda é seu motorista? - Deu uma pausa. - Tenho contas a acertar com ele... - Disse ela de forma ameaçadora. - Mas não precisa se incomodar, já estou de saída. Eu só queria dar uma passadinha para dar um oi. - Riu.

- É bom mesmo você ir! Ou chamo a polícia.

- Polícia? - Bufou. - Me poupe Paul... Sei que você é melhor que isso...

Quando Christina ameaçou vir em sua direção, Paul correu de pressa ficando em sua frente, a protegendo.

- Não chegue perto dela! - A voz dele saiu carregada de ódio. - Saia daqui! Não a avisarei novamente.

Ela riu, deu um tchazinho e saiu da sala rindo.

Paul pegou o celular e discou um número rapidamente. Ele estava apavorado.

- Taylor, a Christina acabou de vir aqui na empresa. Veja se consegue alcançá-la... Não! Claro que não vou chamar a polícia! Resolva isso sozinho e não a deixe fugir novamente! - Ele olhou para você que estava visivelmente assustada. - Certo, se for necessário chame Jason.

Desligou o celular e veio em sua direção.

- Você está bem? - Disse lhe abraçando fortemente contra o peito dele. O coração dele estava mega acelerado. Ele também estava assustado.

- Como assim "fugir novamente"?

- É uma longa história (s/n). - Se soltou de você e respirou fundo - Mas o que posso te adiantar, é que ela é perigosa.

- Perigosa do tipo possessiva?

- Possessiva. Tóxica. Doente... posso continuar o dia todo se quiser.

Paul foi até a janela tentando enxergar a rua, provavelmente para ver para qual lado a Christina iria.

O celular de Paul toca novamente. E ele atende impaciente.

- Como vocês deixaram ela entrar na empresa?! - Paul andava de um lado para o outro da sala, até que o viu pegar um copo de vidro que estava em cima da adega e a jogar contra a parede em um momento de fúria. Deu um pulo de susto quando o copo se estraçalhou no chão fazendo-a fechar os olhos assustada com essa atitude de Paul. Isso era de mais para você. Precisava sair daquele lugar.... se dirigiu até a porta e viu Paul correndo lhe impedindo. Olhou para ele que ainda estava falando no celular - Coloquem mais seguranças se for preciso! - Gesticulou algumas palavras para que a pessoa do outro lado da linha não escutasse o que lhe dizia "não vá..." - Depois nos falamos!

Paul desligou o telefone e o enfiou no bolso abruptamente. Logo lhe segurou pelo cotovelo a impedindo de continuar.

- Por favor (s/n)... - a voz dele saiu como uma súplica. Olhou para os olhos dele que irradiavam medo e preocupação. E por um momento pôde ver que ele não passava de um menininho assustado. - Fique comigo... -Terminou.

Não conseguia dizer nada, estava em choque. Não pelo fato de ver Paul irado, mas sim pelo fato de ter visto o que essa Christina era capaz e o que ela era capaz de fazer com Paul. Ela o desestruturava. E pelo visto desestruturava a todos que passavam pela vida dele.

Nesse momento seu coração gelou e só veio a imagem de Christina fazendo algo com sua família. O carro havia sido um aviso.

- Paul - Seus olhos se encheram de lágrimas - minha mãe e minha irmã... - não conseguiu terminar a frase, era de mais pensar nisso. Amava mais que tudo sua mãe e sua irmã e pensar que uma louca sabia de sua localização a fazia estremecer por inteiro.

Yes, Senhor WasilewskiOnde histórias criam vida. Descubra agora