Yes, Senhor Wasilewski

Bendito chocolate

O beijo dele era quente como fogo, a língua dele dançava suavemente em sua boca, explorando cada centímetro.

Estavam em um ritmo deliciosamente lento e gostoso, exatamente da forma que a fazia perder totalmente o controle de seus atos.

Paul colocou uma de suas mãos em seu rosto descendo logo em seguida para o pescoço, acariciando suavemente todos os pontos em que tocava, até que chegou em seus cabelos em que encravou os dedos e apertou-os com firmeza, intensificando mais ainda o beijo.

Sentiu um calor surgir em sua intimidade, e uma formigação quase que dolorosa em seus seios. Conhecia muito bem seu corpo para interpretar os sinais.  Estava realmente molhadinha por Paul, porém não podia se dar ao luxo de satisfazer seu desejo...pelo menos não agora.

Ainda não se sentia atraída o suficiente para dar um novo passo em sua vida, passo esse que seria definitivo....

Com esses pensamentos, seu desejo foi cessando e foi obrigada a interromper o beijo, o deixando com uma expressão de preocupação. 

-O que foi? -Disse sem entender -Aconteceu alguma coisa?

-Não... -Engoliu em seco -É que... bom...-Ficou um pouco sem jeito -Acho um pouco cedo para isso.

-Perdão...Não quis a constranger - Deu uma pausa - É que...tive vontade de te beijar desde a primeira vez que a vi - Ele riu e você corou como uma adolescente -Mas me desculpa, realmente fui muito inconsequente- Ele parecia estar sendo sincero.

-Não tem problema... -Deu uma risadinha envergonhada -Além do mais, não posso negar que também senti uma tremenda vontade de te beijar - Mordeu seu lábio inferior contra sua vontade, fazendo-o olhar para sua boca e sorrir maliciosamente.

-Então, porque passar vontade?

-Acho que a espera é um puta de um investimento.

-Ou não...

-Depende do ponto de vista. Eu por exemplo, prefiro investir primeiro e receber o prêmio depois.

-Então está dizendo que você seria o prêmio?

-Ou não...  - O imitou, fazendo-o rir.

-Sinto lhe dizer, mas não a vejo como um prêmio, te vejo como alguém extraordinariamente diferente- Olhou para ele intrigada.

"extraordináriamente diferente? Que merda era essa?".

Paul riu envergonhado e deu de ombros

-Não sei te explicar, você é diferente de todas que conheci - Deu uma pausa -Se contente com isso.

- Okay - Ergueu as duas mãos -Eu não disse nada.

Apesar de toda essa confissão e esse beijo deliciosamente gostoso, conversaram por um bom tempo, como se nada tivesse acontecido, e ficaram olhando o mar em silêncio, cada um com seus próprios pensamentos. 

-Quanto tempo ficará no Brasil?

-Olha, não tenho a menor idéia, pois depende muito de alguns planos que tenho em mente. Mas posso confirmar que desta semana não passarei.

-Quando vir ao Brasil, espero encontrá-lo novamente.

-Eu também espero.

-Só não quero perder uma de minhas blusas preferidas de novo! .

Paul olhou para você com malícia nos olhos.

-Tenho uma solução para você -Olhou para ele o esperando falar -Vai sem blusa da próxima vez -Olhou para você e deu uma leve piscadinha, fazendo-a corar.