Yes, Senhor Wasilewski

Bendito consumismo!

Havia acabado de levantar, com uma tremenda dor de cabeça e um mal humor danado.

Talvez tivesse sido por conta da noite anterior, pois havia saído com Lisa e alguns amigos dela, e como de costume chegaram meramente alterados - pelo famoso álcool - e tarde da madrugada -Não que tivesse orgulho disso.

Sua mãe preparava o almoço quando adentrou a cozinha.

-Bom dia, bela adormecida! Disse sua mãe com ironia na voz.

-Já sei...eu arrumo a mesa... -Disse enquanto ria da expressão dela.

Tinham o hábito de almoçarem todos na mesa, pois sua mãe repugnava a divisão familiar no horário das refeições principais. Portanto, isso se tornou tradição.

Só não costumava participar da refeição matinal por falta de tempo, visto que não tinha o hábito de acordar mais cedo para tomar um bom café da manhã, preferia dormir alguns minutos a mais e poupar toda a comilança da manhã.

Porém de uma coisa não conseguia ficar sem, seu café preto. Herdou este vício no escritório que trabalhava atualmente.

Assim que terminou o que estava fazendo, foi até a geladeira colocando um copo de água bem gelado, para acordar seus órgãos e matar sua cede matinal.

Andou até a sala e viu um noticiário passando na Televisão que chamou sua atenção. Pegou o controle remoto aumentando o volume, enquanto sentava-se ao lado de sua irmã, Paula.

Enquanto olhava detalhadamente a televisão, viu que ao meio daquela bagunça toda com diversos adolescentes gritando desesperadamente, haviam dois caras mega charmosos e muito bem vestidos.

-Eles não me parecem estranhos... -Balbuciou mais para si do que para Paula, enquanto estreitava os olhos para enxergar melhor.

Prestou mais atenção dando-se em conta de que era Ian Somerhalder e Paul Wesley da série The Vampire Diaries! Caraca! Eles estavam a poucos quilômetros de distâncias de vocês. Talvez uns 5 km, ou menos. 

Lisa sem dúvidas ficaria maluca quando soubesse da chegada deles no Brasil, pois ela era completamente apaixonada por esses homens.

Paula atrapalhou seus pensamentos dizendo:

-Um dia ainda vou casar com eles!

-Não viaja! -Retrucou.

Jogou o travesseiro nela, fazendo-a olhar de cara feia a você.

Quem já se viu?! Cada viajem dessa menina...Revirou os olhos se levantando indo em direção a varanda da sala.

Abriu a porta de vidro e sentiu o frescor do vento bater em seu rosto, sendo obrigada permanecer ali por mais tempo do que o esperado, pensando em sua vida.

Tinha orgulho de morar em um dos prédios de classe média mais bonitos do Rio de Janeiro, em uma das cidades mais Turísticas do Brasil, tendo o prazer de trombar com estrangeiros em cada esquina que passava. Sempre se pegava observando-os quando ia fazer caminhada na praia. Eram uma perdição!

De vez ou outra se pegava pensando em como sua vida seria hoje se seus pais ainda estivessem juntos, e chegou a conclusão que provavelmente seria uma patricinha irritante e sem amigos, porque antes do divórcio de seus pais, tinha tudo de mão beijada. 

Com o divórcio, sua mãe acabou passando por maus bocados financeiramente, pois seu pai ganhava horrores como advogado, pois vivia viajando á trabalho, dificilmente passava um final de semana tranquilo em casa sem ligar o computador para trabalhar em seus casos. Isso quando ele não recebia ligações de madrugada para comparecer na delegacia, quando um de seus clientes se metiam em encrencas. O que, consequentemente, lhe rendia muito dinheiro.