Bendito convite

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Abriu o semblante atordoada com o que ouviu.

- A mesma ex que comentou comigo mais cedo? -Rezou internamente para que ele dissesse que não, porém suas preces não foram atendidas, pois Paul fez que sim com a cabeça.

- Não se preocupe com ela. - Deu uma pausa - Isso foi apenas uma hipótese, não me confirmaram nada ainda.

Hipótese? Se era apenas uma hipótese, então porque ele lhe disse? E outra, como podia não se preocupar? A EX DE PAUL estava no Brasil! E pelo que ele disse, ela não era boa pessoa. Olhou para Paul e teve certeza dessa afirmação, pois ele estava visivelmente preocupado.

O que essa mulher havia feito a Paul para deixá-lo tão atordoado? Coisa boa que não era. E além do mais, o que ela fazia no Brasil? Será que era uma stalker?

Paul pareceu perceber a sua preocupação, pois pegou em sua mão delicadamente e com o polegar passou a roçar seus dedos para lá e para cá carinhosamente.

- Nosso encontro está confirmado amanhã, não está?

Oh se tava! A única maneira de controlar sua língua neste momento, era a certeza que conversariam amanhã, podendo, então, fazer seus diversos questionamentos sobre sua ex.

- Sim. Está sim.

Seguiram o caminho todo em silêncio.

Fingia estar olhando as ruas do lado de fora, porém estava mesmo era prestando atenção em cada movimento de Paul pelo reflexo da janela.

Ele estava inquieto, olhava o celular a todo instante e parecia...distante, como se tivesse em outra época de sua vida.

O que ele estava pensando? Indagou a si mesma. Em sua ex, é claro! Seu subconsciente respondeu em ironia. Bom, isso era óbvio, mas o que exatamente?

Como as informações passadas por ele foram vagas, cheias de mistérios e mágoas, não sabia muito o que pensar...

Se pegou relembrando das palavras de Paul.

"fui quase que obrigado a voltar com ela"

Obrigado? O que isso significava? Será que esse obrigado dizia respeito a uma questão sentimental? Talvez ele a amasse tanto, que foi obrigado a voltar com ela?

Fez cara feia ao pensar no fato de ter dormido com ele enquanto ele estava em um relacionamento com a ex dele. E mais uma vez se sentiu frustrada e usada.

Olhou para as mãos de ambos entrelaçadas e a puxou. Não! Ele foi um traidor, tanto com você quanto com a outra.

Aliás, o que estava pensando ao aceitar o convite para jantar com ele?!

Aceitou o convite porque precisava de explicações (s/n)! Respondeu o lado racional de seu cérebro. Sim! Esse era o motivo. Nada mais do que isso.

Sua deusa interior tentava não rir da situação, pois os motivos dela eram totalmente distintos dos seus.

Balançou negativamente a cabeça, tentando despistar esses pensamentos. Droga! Porque todas as suas reflexões a levavam ao sexo?

Porque Paul foi o melhor homem com quem já dormiu. Seu subconsciente respondeu ironicamente.

Não podia negar que isso era verdade, o problema é que parecia uma adolescente. E no fundo sabia o porque. Estava na seca a algum tempo, motivo pelo qual estava a ponto de enlouquecer.

Paul chegou mais perto de você e pousou um braço em seus ombros enquanto continuava a digitar o celular com a mão desocupada.

Olhou para ele boquiaberta com o gesto repentino.

Yes, Senhor WasilewskiOnde histórias criam vida. Descubra agora