A noite da degustação

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- Paul! Que conversa é essa? Temos um relacionamento estritamente profissional! - O repreendeu.

- Veremos... - Disse Paul recolhendo a mão que Bruno não cumprimentou.

Caraca! Que merda havia dado em Paul? Sabia que Paul adorava um desafio, mas pensava que ele havia entendido que seriam no máximo amigos! Ainda mais com essa história da ex louca dele.

Bruno se virou pegando a bandeja de cima da mesa. Apontou para sua taça se virando para você, ignorando totalmente a existência de Paul.

- Acertei no vinho? - Concordou com a cabeça. Bruno riu e continuou - Pelo jeito ainda te conheço bem. - Bruno estava provocando Paul. Ele se aproximou olhando seu brinco. - não o perca novamente, hein! - Riu e saiu da sala.

Olhou para Paul que não estava nada feliz.

- O que está fazendo aqui Paul? - Disse em um tom firme.

- Não achei justo você vir sozinha fazer hora extra, então pensei em lhe acompanhar para não jantar sozinha. Mas vi que você está bem acompanhada. - Paul apertou os lábios desaprovando seus atos.

- Não. Não é isso que está pensando. Ele é apenas um amigo.

Porque estava se explicando a Paul?

Paul se aproximou de você devagarinho parando em sua frente.

- Mas ele claramente não quer apenas amizade com você.

- Não posso controlar o que ele quer ou deixa de querer, Paul. E você tem ciência disso, né?

Paul chegou mais perto e tocou os dedos em seu brinco.

- E que história de brinco é essa?

- Meu brinco caiu no chão e ele colocou em mim. Nada de mais! - Protestou - E porque todas essas perguntas?

- O porquê você já sabe baby. Não se faça de desentendida. - Paul deu mais um passo a frente ficando bem próximo de seu rosto obrigando a troca de olhares entre ambos. Os olhos de Paul estavam um verde vibrante e penetrante o que a deixou um pouco intimidada. - Assume que me quer também baby. Vamos deixar de joguinhos... - Paul passou uma mão em seu cabelo a fazendo estremecer.

- Paul... - tocou no peito dele o afastando o que a fez sentir o peitoral musculoso dele. Ai que saudades de sentir esse corpo. Instantaneamente sua intimidade contraiu de desejo a deixando de pernas bambas. Pare com isso (s/n)! Brigou consigo mesma.

Paul e vinho no mesmo ambiente não era boa coisa. Seria muito difícil combater seu instinto de pular no colo dele e foder loucamente com ele ali mesmo. Mordeu o lábio inferior tentando reprimir esse desejo. Olhou para a mesa e pegou a taça de vinho, virando de uma só vez, pois sua boca estava tão seca que doía. Paul abriu um meio sorriso e continuou.

- Está com sede, hein?! - Paul estava se divertindo ao vê-la intimidada com a presença repentina dele. - Posso lhe fazer companhia ou aquele cara está com você?

- Já que está aqui, sente-se. - Tentou demonstrar indiferença mascarando seu desejo, mas no fundo sabia que estava estampado em seu rosto. Até porque sentia suas bochechas ardendo. - E não, ele não está comigo, ele está trabalhando - Sentou encorajando Paul a fazer o mesmo. Ele sentou ao seu lado ao invés de sentar de frente a você como qualquer outra pessoa faria - Sirva-se. - Paul pegou um guardanapo e pegou um tofu em cubo o colocando na boca, conforme foi mastigando o viu arregalar os olhos, pois não imaginou que era apimentado. Não teve como conter o riso da cara dele.

- Beba um pouco de vinho.

Paul a obedeceu e se serviu, como sua taça estava vazia ele a serviu também, momento pelo qual o vinho da garrafa acabou.

Yes, Senhor WasilewskiOnde histórias criam vida. Descubra agora