Seja bem vindo Sr. Wasilewski!

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Naquele mesmo dia, tentou de todas as formas contatar com Paul, porém suas tentativas foram infrutíferas.

Realmente não sabia o que pensar, e muito menos como reagir a isso. Não sabia se entristecia, ficaria com raiva, magoada ou com ódio. Na realidade, podia dizer que estava em um mix de sentimentos e nenhum era bom.

O dia seguinte chegou e aquele suspense permaneceu.

Quando estava de saída de seu serviço para almoçar, escuta seu celular tocar, fazendo seu coração quase sair pela boca, olhou na tela do celular e viu que era um número desconhecido, estava mega esperançosa que fosse Paul, porém suas esperanças cessaram quando ouviu a voz do outro lado da ligação.

Era o cara que a entrevistou a uns dois meses atrás em uma editora de livros.

Havia sido classificada para uma vaga na área administrativa da empresa, e de acordo com ele começaria o mais rápido possível...

Como ainda estava trabalhando no escritório de contabilidade, cumpriria o período de 30 dias de aviso prévio, sendo que logo após iniciaria seu novo ofício.

[...]

Passado os dias, chegou o tão esperado dia que começaria a trabalhar.

Foi a caminho de seu novo emprego, extremamente decepcionada com Paul, por ter sumido desta maneira sem a contatar ou ao menos se despedir...

Pelo menos havia ocorrido tudo bem na editora, o pessoal da empresa foram muito compreensíveis contigo, tiveram uma tremenda paciência, mas por fim deu tudo certo.

Seu pai não pôde visitá-la aquele dia que ligou a você, por motivos de trabalho, então ele prorrogou a viagem para o mês seguinte, ou seja, o mês que iniciou seu novo serviço.

Ele ficou apenas duas semanas no Brasil, pois suas férias eram curtas, e logo após foi embora.

O importante é que puderam matar a saudade um do outro.

[...]

Conforme os dias foram passando, sua esperança de receber uma explicação de Paul se tornou cada vez menos possível.

E assim se passaram 2 anos...

[...]

Estava tão arrependida de ter confiado nele, a ponto de ter acreditado em tudo que ele disse, e inclusive ter deixado ele tirar tua virgindade. Era tão humilhante!

Paul não tinha noção do estrago que havia feito em seu coração. Estava tão desiludida da vida, ou melhor dizendo, estava desiludida de homens, não conseguia nem ao menos assistir um filme de romance sem debochar da história.

Sim, havia se tornado uma pessoa fria em relação a isso.

Inclusive sua única tentativa de namoro nestes dois anos que se passaram, não durou mais que míseros 2 meses.

Mas sabia que o problema não estava nos caras que se relacionava, e sim em você mesma, mas o que podia fazer? Foi machucada, e ninguém conseguiu juntar os caquinhos de seu coração.  Muito menos você.

Nestes dois anos havia evoluído muito como pessoa, encontrava-se trabalhando na mesma Editora, agora em um cargo mais elevado como diretora de seu setor, nunca teve problema algum com nenhum funcionário da empresa, a maioria eram gentis e educados, já a minoria não fazia diferença alguma em sua vida.

Para ter chego ao nível de diretora, teve que se esforçar muito nos estudos, de modo que nesses últimos dois anos se tornou uma verdadeira antissocial, pois quando não estava no serviço ou na faculdade, poderiam procurá-la em sua cama, pois era lá que estaria, provavelmente desmaiada e baqueada de tantas informações empregadas no seu dia a dia.

Yes, Senhor WasilewskiOnde histórias criam vida. Descubra agora