Yes, Senhor Wasilewski

Bendita escolha

Estava ali em pé em seus próprios pensamentos a mais tempo do que devia.

Paul devia estar rindo internamente de você, tendo em vista estar parada como uma estátua em frente ao carro dele. Mas que culpa tinha? Estava completamente perdida em relação a qual escolha seguir, pois o futuro de sua vida amorosa estava bem ali na sua frente!

Tinha total noção das consequências de seguir em frente e ir com Paul e provavelmente sairia mais uma vez machucada, visto que suas cicatrizes ainda não estavam totalmente curadas. 

Porém, por outro ângulo, se não fosse com ele, talvez nunca mais o veria. O que não era uma má ideia, porque ele a desestabilizava de uma maneira inexplicável, podia dizer até que quando estava com ele se tornava bipolar. Em um momento estava furiosa ao pensar no passado que tiveram e em outro estava molhadinha por ele.

Seus pensamentos a levaram ao beco de minutos atrás...aquela boca...aquela língua...as mãos...ahhh... Arfou enquanto o olhava de canto, tentando esconder sua excitação.

Não podia negar que ir com Paul traria um leque de possibilidades e uma delas é que transariam intensamente essa noite, o que era muito tentador, porém não era o que precisava realmente, pois ainda estava muito machucada.  

Uma transa não apagaria tudo o que ele lhe fez.

Porém, podiam transar a noite toda, seu subconsciente disse cheio de excitação. 

Arrepiou-se dos pés a cabeça imaginando a boca dele percorrendo todo seu corpo

Olhou para ele e mordeu o lábio inferior segurando o desejo que vinha de suas entranhas. 

Quando estava ao lado dele seus sentimentos viravam uma bagunça, pois, neste momento não sabia dizer se sentia frustração, raiva ou tesão. Seu subconsciente riu com deboche de você.

Queria mesmo era transar intensamente com ele, até deixá-lo totalmente vulnerável e depois fazê-lo sofrer da mesma forma que lhe fez. Vingativa! Sorriu com essa ideia, pois era muito tentadora.

- Está com medo de alguma coisa, baby? -Paul disse em modo brincalhão, fazendo-a acordar do transe. Se conteve para não revirar os olhos a ele.

Não esboçou nenhuma reação e muito menos o respondeu. Tentava resolver a problemática.

Olhou para ele que estava visivelmente confuso com essa sua atitude.

-O que está acontecendo (s/n)?

É (s/n)? O que está acontecendo? Pensou sozinha. Aonde pensava que essa história acabaria?

Olhou para aqueles lindos olhos penetrantes respirando fundo, se preparando para o que diria. 

-Paul, nós dois sabemos que não é uma boa ideia isso que estamos prestes a fazer.

-O que estamos prestes a fazer (s/n)?

É claro que ele tinha entendido. Ele não era nenhuma criança!

- E aquele beijo no beco? Pensei que tivéssemos nos resolvidos. -Disse Paul mais confuso ainda.

-Resolvidos? -Riu sarcasticamente. Isso estava longe de estar resolvido. -Não vou negar que aquele beijo foi maravilhoso, porém isso nunca mais acontecerá.

- O que está dizendo (s/n)? -Paul chegou mais perto pegando em sua mão, fazendo-a sentir uma eletricidade percorrer todo seu corpo -Eu fui sincero com você. Aliás, fui muito mas sincero com você do que com qualquer outra pessoa. 

-Olha Paul...eu estou levemente alterada pelo álcool, cansada do serviço, tudo que eu mais quero agora é ir pra minha casa e relaxar.

-Podemos relaxar no meu quarto de hotel. -A voz dele saiu sem malícia alguma. Se fossem outros tempos, até acreditaria nessa história, porém, ele não era do tipo confiável, e soube disso da pior forma possível. Na prática.