Capítulo 13

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XIII

 Acordei com o barulho da porta, e sentindo as costas em uma situação deplorável, devido a posição que fiquei no sofá.

— Te acordei? - Lauren perguntou tirando a máscara. 

— Não… - Cocei os olhos. — Quer dizer, sim, mas não tem problema. 

 Ela sorriu e assentiu. 

— O vestido deu certo? - Me levantei pra ir pegar minhas roupas.

— Sim, só necessita de mais alguns ajustes. - Se encostou na poltrona. — Acho que seu amigo está lhe procurando.

— Pierre? - Tirei o hobby e comecei a vestir minhas roupas.

— Uhum.

— Vou falar com ele, obrigada. 

 Ela se manteve calada, e eu também, fechei todos os botões olhando pra ela.

— Ainda está brava comigo?

— Eu não estava brava, inclusive isso seria impossível, gosto muito de você pra ficar brava. - Me sentei na cama pra calçar os sapatos.

— Então por que ainda não sorriu pra mim? Você sempre sorri quando me vê. 

 Olhei pra ela e coloquei um sorriso forçado no rosto, o que a fez rir.

— Que natural.

— Ainda reclama. - Fiquei de pé e parei em frente ao espelho. — Não se preocupe, alteza, não estou brava, de verdade. - Falei sincera. 

— Por que não me chamou de Lauren então?

— Lauren. - Virei pra ela. — Algo mais? - Sorri minimamente. 

 Ela saiu de onde estava e veio na minha direção, parando na minha frente. 

— Desculpa por gritar com você. - Levou a mão ao meu rosto e iniciou um carinho com o polegar. — Gosto muito da sua amizade, e não quero que se afaste.

— Não vou. - Virei o rosto e deixei um beijo na sua mão. — E pare de se desculpar, tá tudo bem, eu juro.

 Puxei ela pra um abraço, e deixei um pequeno beijo em seu pescoço. 

— Agora preciso ir, ainda não falei com seu irmão.

 Me afastei e ela assentiu. 

— Vocês vão pra taverna?

— Provavelmente o rei vai deixá-lo sob vigilância até esquecer, como ele mencionou que já aconteceu antes, mas eu irei.

 Ela contorceu o rosto em uma careta e se afastou. 

— Hã… - Passou uma mão do pescoço até a nuca. — Passe aqui quando for, irei com você.

 A olhei surpresa. 

— Vai à taverna? Comigo?

— Você me chamou, certo?

 Não contive o sorriso. 

— Sim, chamei, vai mesmo? 

 Ela assentiu, segurei o rosto dela entre as mãos e deixei um beijo demorado em sua bochecha. 

— Não irá se arrepender. - Falei indo até a porta. — A noite já caiu, então quando o castelo estiver menos movimentado eu retorno pra lhe buscar. 

 Sai do quarto radiante, nem parece que quando adormeci estava perdida em confusões. O primeiro lugar que parei foi na arena, porque vi pela janela do corredor que Alexandre estava lá.

LutemorOnde histórias criam vida. Descubra agora