Capítulo 38

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XXXVIII

Parte II

A gritaria e correria no salão principal é no mínimo agonizante, 3 dos conselheiros foram mortos, 1 barão e 1 visconde, Christopher está ferido, não sei se algo grave ou não, ao perceber que apenas os membros da realeza de Lutemor foram alvo, eu s...

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A gritaria e correria no salão principal é no mínimo agonizante, 3 dos conselheiros foram mortos, 1 barão e 1 visconde, Christopher está ferido, não sei se algo grave ou não, ao perceber que apenas os membros da realeza de Lutemor foram alvo, eu soube ser um ataque de Catarina, o que me fez minha cabeça girar incontáveis vezes, óbvio que ela não iria esperar se completar o prazo, afinal nesse dia eu estou esperando por ela, pronta pra conter o ataque, o fato que subestimei a inteligência de Catarina me irritou profundamente.

— Fechem todas as saídas do castelo. - Ordenei aos guardas. — Ninguém sai até acharmos o invasor!

Alguém está infiltrado entre os convidados, e conseguiu matar 5 pessoas e ferir 1 sem ser notado, seja quem for, é um perigo em potencial e qualquer um pode ser a próxima vítima, pensando nisso ordenei que a realeza de Lutemor ficasse reclusa na sala do trono, também foi levada a família White,  contra minha vontade, por mim salvaria apenas as irmãs. 

— Como posso ajudar? - Artur parou ao meu lado. 

Eu gostaria de recusar, mas no momento a necessidade fala mais alto.

— Tente acalmar os convidados e os separe entre homens e mulheres.

— Segregação por gênero? - Perguntou com um sorriso soberbo. 

— Acho bom que não me irrite, príncipe Artur, pra eu lhe matar e colocar a culpa no invasor não seria nada difícil. 

— Pra isso você iria precisar ser melhor que eu. - Piscou um olho e se afastou. 

Resolvi ignorar o infeliz. 

— Pierre. - Chamei. — Pegue uma equipe e vasculhe todos os cômodos do castelo.

— Sim senhora. - Se afastou. 

Notei a voz dele um pouco embolada, e talvez tenha me arrependido por tê-lo mordido com tanta força. 

— Domenico, venha comigo.

— Ataque a realeza, acha que tem alguma correlação com o ataque que matou o Duque?

— Definitivamente não, o espaçamento de tempo é muito grande, as motivações e ordem vieram de lugares distintos. 

— Como pode falar com tanta certeza?

Olhei pra ele.

— É o meu trabalho.

Enquanto os convidados eram acalmados, fui fazer uma ronda com Domenico, passamos em todas as áreas do castelo, não encontramos ninguém fora do posto, então voltamos ao salão, Artur já tinha feito o que mandei, separar homens e mulheres, a primeira medida foi revistar um a um, provavelmente já se livraram da arma, mas ainda assim é necessário que esse seja o primeiro passo. Ter a certeza que Catarina está andando com o plano me deixou com medo e com raiva, eu só queria que ela estivesse bem na minha frente agora para brigarmos de forma justa e direta. Enquanto os guardas faziam perguntas aos convidados/suspeitos, eu apenas observava de longe, mesmo se não acharmos um culpado, eu preciso culpar alguém, são cinco mortes importantes bem debaixo do meu nariz, não posso deixar Michael me destituir do cargo, eu preciso dele para quando chegar o momento de matá-lo. Deixei o salão e subi para a sala do trono, entre os convidados tinha um médico, e é ele que está amparando Christopher bem ali no chão, com todos em volta.

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