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Acordei e Lauren ainda estava dormindo, agradeci por ela estar distante, assim pude me levantar sem acordá-la, vesti minhas roupas, e no banheiro dela mesmo fiz minha higiene matinal antes de descer para a academia militar.
— Saudações.
Alguns responderam, outros não, acho que não preciso nem mencionar quem ignorou e apenas me analisou de cima a baixo.
— Onde estava? - Pierre perguntou parando ao meu lado.
— Dormindo. - Respondi sem olhar pra ele, concentrada no arsenal.
— Bati a porta do seu quarto e não me atendeu.
Puxei o ar para os pulmões e levantei a cabeça, a fim de encará-lo.
— Pierre, não sou sua esposa, não lhe devo satisfações.
Ele abriu a boca pra responder, mas nada saiu, acredito que ficou sem palavras, afinal nunca o tratei com grosseria antes.
— FORMAÇÃO!
Me afastei e entrei em uma das fileiras, só agora notei que Júlio, o chefe da guarda está bem ao lado do capitão Alexandre.
— Saudações a todos. - A voz áspera do homem ecoou pelo ambiente. — Vou precisar de dois alunos para me acompanhar em uma tarefa urgente. - Olhou pra todos nós. — Quem se habilita?
Eu fui a primeira a levantar a mão, primeira e única. Algum burburinho começou entre os alunos, Domenico que estava mais a frente, me olhou por cima do ombro antes de também erguer a mão.
— Ótimo, mais fácil do que eu esperava. - Júlio falou em uma falsa animação. — Espero os dois nos portões do castelo em alguns minutos. - Dito isso, ele se despediu de Alexandre e saiu.
— O restante pode iniciar o treinamento. - Alexandre disse antes de gesticular para que eu e Domenico se aproxime. — Já sabe o que vai acontecer, certo? - Perguntou para Domenico que apenas assentiu. — Camila?
— Hã… vamos ajudar em uma tarefa?
— Sim, uma tarefa suja, não é atoa que ele veio buscar alunos, sendo que tem milhares de guardas a disposição, apenas faça o que ele mandar, e voltará bem.
Franzi o cenho.
— Acho que não estou entendendo.
— Vamos ajudá-lo a torturar alguns servos. - Domenico disse sem muito humor.
— Eu não vou fazer isso!
— Camila, ir contra o chefe da guarda nunca é uma boa opção, especialmente pra você que é aluna, apenas vá. - Alexandre disse e apoiou a mão em meu ombro. — E tome cuidado.
Domenico virou-se pra sair, e sem opções eu fiz o mesmo, seguindo ele até os portões.
— Se você já sabia do que se tratava, por que levantou a mão? - Perguntei, mesmo sabendo da possibilidade dele apenas me ignorar.
— Tenho uma rixa antiga com Júlio, ele iria me escolher de toda forma. - Respondeu de uma forma simples e me olhou. — E você?
— Achei que seria algo legal. - Cocei a ponta do nariz. — Posso desistir?
Domenico riu e virou-se, já que Júlio está se aproximando.
— Tenta. - Falou em um tom baixo, carregado de ironia.
Resolvi não brincar com a sorte, vai ver não é nada demais, e logo me livro dessa. Júlio nada falou, apenas sinalizou com a cabeça para que seguíssemos ele, e assim foi feito, como iríamos sair da vila, fomos a cavalo, o trajeto foi um pouco demorado, eu ainda não tinha vindo para esse lado do reino, e a situação é bem precária, as casas da vila não são palácios ou algo assim, mas as daqui, são claramente piores, até o povo tem o aspecto mais sofrido. Assim que nossa presença foi notada, algumas portas foram fechadas, e uns seis homens pararam em frente aos cavalos.
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Lutemor
Fiksi Penggemar1400 d.C. Um amor proibido em uma época onde o diferente não é aceito, onde o diferente precisa ser extinto. Camila Cabello, plebéia recém chegada ao próspero reino Lutemor, consigo ela traz alguns muitos segredos, e ao chegar ao castelo do rei Mich...