Capitulo 6

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      Bati na porta do escritório da Consulesa duas vezes, rezando para que ela ainda estivesse trabalhando e que estivesse sozinha, já ia ser bem difícil explicar para ela toda a situação para ter que explicar para mais pessoas. 

    --Posso saber quem deseja falar? — a Consulesa abriu a porta.- Já está bem tarde.

    --Eu sei disso, consulesa. — falei, ainda com a cabeça abaixada.- Mas, eu não viria ter com a senhora se não fosse muito importante. Será que eu posso entrar?

    --Claro. Sinta-se a vontade. — ela abriu mais a porta e me deu passagem. Assim que entrei, ela fechou e trancou a porta de sua sala.- Antes de me dizer qual é o motivo que lhe trouxe aqui, preciso saber, quem é você?

    --Acho que a senhora me conhece. — falei, abaixando meu capuz e me revelando.- Boa Noite, Jia. 

   --Clary?! — ela estava muito surpresa.- Como isso é possível? Suas memórias tinha sido apagadas.

   --E elas foram, senhora. — eu disse, me sentando em uma das cadeiras.- Minha mãe apareceu para mim como um espírito e me informou que os anjos estavam irritados comigo, pois eu tinha criado runas sem o consentimento deles e se eu fizesse seria novamente punida por isso com a perca das minhas runas e memórias. 

   "Quando criei a runa que matou meu irmão Jonathan eu sabia que haveria consequências, mas era o meu trabalho impedi-lo e salvar nosso mundo."

   "Mas, há algum tempo minhas memórias começaram a voltar, no começo bem confusas e com o tempo passaram a ficar mais claras, até que tudo retornou de uma só vez. Os anjos devolveram minhas memórias e minhas runas."
  
    --E por que eles fariam isso? — Jia me perguntou.- Os anjos não são conhecidos por voltar em suas decisões. 

    --Eles decidiram me dar uma segunda chance, pois irão precisar da minha ajudar e para que eu pudesse lhe entregar uma mensagem muito importante.

    --Então entregue essa mensagem que os anjos têm para mim. 

    --Mas entenda uma coisa muito importante antes. — eu falei o mais séria que podia para que ela entendesse a gravidade do que eu iria dizer.- As informações que irei transmitir à senhora não podem sair desta sala e mais ninguém além de nós duas pode saber disso, são ordens dos anjos. 

    --Entendo. Por favor, me entregue a mensagem.

    --Uma nova guerra está se aproximando. — eu falei e ela me olhou preocupada.- Os anjos não deram muitos detalhes, mas disseram que temos que ficar atentos e é por isso que ninguém mais pode saber sobre essa guerra, pois os anjos acreditam que se tiver algum infiltrado na cidade, eles podem nos trair e antecipar a guerra.

    --Mas, se não é para mais ninguém saber, por que eles pediram para que você me informasse?

    --Para que a senhora possa estar alerta e comece a se preparar. — eu respondi à pergunta.- Se a senhora for contar essa informação a alguém, tem que ser as pessoas certas e de confiança. As coisas começaram a ficar perigosas a partir de agora.

    --Compreendo e acho que já conheço os caçadores que eu posso confiar essas informações. — Jia disse, andando pela sala.

    --Tem mais uma coisa. — eu falei para ela.- Os anjos me deram uma missão especial. Eu devo localizar um caçador, pois ele será importante nessa guerra. Por conta disso e pela minha própria segurança, todos têm que continuar pensando que não tenho minhas memórias e quando digo todos quero dizer...

   --Jace, Alec, Magnus, Izzy, Simon e Luke, ou seja, sua família. — ela sorriu.- Senhorita Fray nunca esteve nessa sala e isso eu posso garantir. 

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