Capitulo 3

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     Jace. Jace Wayland.

    Eu me lembrei que esse era o sobrenome dele. Não sabia como eu sabia, mas eu sabia.

    Não podia continuar pensando naquele menino, ele estava consumindo toda a minha mente e se eu não me distraísse com alguma coisa, também consumiria meu tempo por completo.

    Terminei de tomar meu café e comer meus waffles de chocolate e fui trabalhar.

    Todas as obras compradas, eu já tinha enviado pela transportadora. E as que não foram compradas precisavam ser embrulhadas, pois eu levaria para um novo local para continuar sendo exposto.

    Eu tentei me concentrar no trabalho, mas hoje foi muito difícil. O rosto do Jace não saia da minha cabeça e cada vez que a porta se abria eu torcia para ser ele entrando e quando via que não era ele, ficava muito decepcionada, não porque não era ele, mas sim porque eu ficava torcendo para que fosse ele.

    No caminho de volta para casa, eu vi um garoto de costas e jurei que era o Jace, mas não o chamei, passei por ele e vi que não era quem eu pensava, me senti envergonhada pelo erro.

   Voltei para casa, tomei um banho para relaxar, comi um lanche rápido e me joguei na cama. Eu não estava cansada ou com sono, mas queria dormir para sonhar com ele de novo.

    Eu sei que estou parecendo uma adolescente vivendo seu primeiro amor da escola, mas eu não consigo evitar o que estou sentindo. Na verdade, não quero evitar.

    Porém, naquela noite não sonhei com o Jace. Eu não sonhei e nem o vi pelas três semanas que se seguiram.

   --Você está estranha e aérea. — Cris me disse uma noite.- O que está acontecendo com você, Clary?

    --Só estou preocupada. — respondi, não era uma mentira, pelo menos não ela toda.- Tenho que começar a preparar uma nova exposição e estou com bloqueio criativo.

    --Eu aposto com você que sei qual é o motivo desse seu bloqueio. — ele disse e eu olhei para ele esperando que continuasse.- Jace. Desde que você conheceu esse cara anda fora de si.

    Eu não conseguia inventar nenhuma desculpa e acabei não dizendo nada, o que acabou me entregando.

    --Você está parecendo uma maníaca. — ele disse.- Uma maluca e psicopata. Você nem conhece esse menino e fica aí, louca atrás dele. Resolveu se apaixonar agora?

    --E se eu estiver gostando dele? Tem algum problema?

    --Ele pode ser alguém perigoso, pode até ser um assassino.

    --Você está realmente vendo muitas séries policiais, já está vendo coisas onde não existem.

    --Só estou tentando te proteger. Você é uma garota delicada.

    --Eu posso ser muitas coisas, mas delicada não é uma delas. Eu nunca precisei da sua proteção e não vai ser agora que eu vou precisa, posso cuidar de mim mesma.

    --É, estou vendo. — ele disse com tom irônico.

   --Você está com ciúmes? — eu finalmente entendi o que estava acontecendo.

    --E se eu estiver, qual é o problema? — ele se aproximou de mim.- Ele não é o cara certo para você.

    --Você não é meu pai ou meu irmão para tomar conta da minha vida ou para me dizer quem eu devo gostar. — falei muito irritada com ele.

    --Realmente, eu não sou. — ele estava com o rosto colado no meu.- Mas tenho que fazer esse papel já que os dois estão mortos por sua causa.

    Quando eu vi já tinha dado um soco na cara dele. O sangue estava fervendo em minhas veias.

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