O final de semana passou e meu irmão ficou no quarto, eu quase não o vi direito, acho que ele estava me evitando ou talvez fosse eu que estivesse evitando ele. Não sei dizer qual das opções.
Na segunda-feira, fui para a galeria trabalhar, mas não conseguia me concentrar em nada, não parava de pensar no meu irmão.
Quando o dia finalmente chegou ao fim, passei no supermercado para comprar algumas coisas para o jantar.
Em casa eu chamei pelo JC, mas não obtive resposta, fui até seu quarto e ele estava vazio. Andei pela casa toda e não achei ele em lugar nenhum. Pelo visto, ele tinha realmente escolhido ir embora sem olhar para trás.
Ao perceber que ele tinha ido embora, meu coração ficou apertado e meu estômago se embrulhou. Eu tinha perdido meu irmão novamente e por minha causa de novo.
Ouvi um barulho vindo da cozinha e me preparei para lutar com quem quer que estivesse invadindo a minha casa. Peguei uma adaga que estava no meu quarto e fui em direção ao som, mas, quando ataquei a pessoa que estava ali, quase o matei, contudo, ele percebeu na mesma hora e me impediu.
--Sei que você me odeia, Clary, mas tentar me matar já é demais. — JC estava segurando a mão que estava com a adaga.- Mas, se é realmente isso que você deseja, não vou tentar te impedir.
--JC?! O que está fazendo aqui? — perguntei bem surpresa.
--Pensei que você tivesse dito que eu podia ficar e ajudar. — JC me soltou e deu um passo para trás.- Mas, se mudou de ideia, eu saio em cinco minutos.
--Não. Quero que você fique. — respondi para ele, sentindo um alívio enorme por meu irmão não ter partido.- Só que como você não estava aqui, pensei que tinha ido embora.
--Eu fui ao supermercado comprar algumas coisas, mas pelo visto, você fez o mesmo. -Ele apontou para as sacolas em cima da mesa da cozinha.
--Por que não foi embora? — eu queria saber.
--Porque estou cansado de fugir e depois de muito pensar, tomei uma decisão. -ele olhou bem nos olhos.- Vou ajudar você com o que quer que os anjos estejam planejando e depois irei me entregar para a Clave.
--Mesmo que possa ser condenado a morte? — eu estava nervosa e senti medo por ele.
--Mesmo assim. É o certo a se fazer.
--Então, se essa é a sua decisão final, eu vou te apoiar até o fim.
--Obrigado por me apoiar, isso significa muito. -ele ficou meio envergonhado.- Será que eu posso te dar um abraço.
Concordei com a cabeça e ele me abraçou. Naquele momento, me senti completa e muito feliz de um jeito que não me sentia há muito tempo.
--É tão emocionante ver meus filhos juntos. — uma voz falou atrás de mim.
Levei um susto e me virei para ver quem era e fiquei surpresa em perceber que nossa mãe estava parada bem na nossa frente.
--Mamãe. — falei, segurando para não chorar.
--Clary. — ela se aproximou sorrindo, mas depois olhou por mim.- Oi, meu filho.
--Oi. Jocelyn. — sua voz demonstrava que ele estava com medo ou muito nervoso, eu não conseguia descobrir.
--Mãe, por que está aqui? — perguntei para ela diretamente, pois, sei que nossas conversas sempre não curtas.- Um novo recado dos anjos?
--Sim. A guerra vai começar, ainda não sabemos exatamente quando, mas sabemos que está próxima, muito próxima. — nossa mãe explicou.- Está na hora de reunir todos os caçadores. Avise a Consulesa.
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Reescrever as Estrelas
FanfictionClary fez uma escolha e agora está pagando um preço bem alto por isso, ela perdeu todas as suas memórias do mundo das sombras e agora vive como uma verdadeira mundana. Contudo, seus amigos e o grande amor da sua vida também estão pagando um preço...