Capitulo 13

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    O final de semana passou e meu irmão ficou no quarto, eu quase não o vi direito, acho que ele estava me evitando ou talvez fosse eu que estivesse evitando ele. Não sei dizer qual das opções. 

    Na segunda-feira, fui para a galeria trabalhar, mas não conseguia me concentrar em nada, não parava de pensar no meu irmão. 

   Quando o dia finalmente chegou ao fim, passei no supermercado para comprar algumas coisas para o jantar. 

    Em casa eu chamei pelo JC, mas não obtive resposta, fui até seu quarto e ele estava vazio. Andei pela casa toda e não achei ele em lugar nenhum. Pelo visto, ele tinha realmente escolhido ir embora sem olhar para trás. 

    Ao perceber que ele tinha ido embora, meu coração ficou apertado e meu estômago se embrulhou. Eu tinha perdido meu irmão novamente e por minha causa de novo. 

   Ouvi um barulho vindo da cozinha e me preparei para lutar com quem quer que estivesse invadindo a minha casa. Peguei uma adaga que estava no meu quarto e fui em direção ao som, mas, quando ataquei a pessoa que estava ali, quase o matei, contudo, ele percebeu na mesma hora e me impediu. 

   --Sei que você me odeia, Clary, mas tentar me matar já é demais. — JC estava segurando a mão que estava com a adaga.- Mas, se é realmente isso que você deseja, não vou tentar te impedir. 

   --JC?! O que está fazendo aqui? — perguntei bem surpresa.

    --Pensei que você tivesse dito que eu podia ficar e ajudar. — JC me soltou e deu um passo para trás.- Mas, se mudou de ideia, eu saio em cinco minutos. 

   --Não. Quero que você fique. — respondi para ele, sentindo um alívio enorme por meu irmão não ter partido.- Só que como você não estava aqui, pensei que tinha ido embora.

   --Eu fui ao supermercado comprar algumas coisas, mas pelo visto, você fez o mesmo. -Ele apontou para as sacolas em cima da mesa da cozinha.

   --Por que não foi embora? — eu queria saber.

   --Porque estou cansado de fugir e depois de muito pensar, tomei uma decisão. -ele olhou bem nos olhos.- Vou ajudar você com o que quer que os anjos estejam planejando e depois irei me entregar para a Clave.

    --Mesmo que possa ser condenado a morte? — eu estava nervosa e senti medo por ele.

   --Mesmo assim. É o certo a se fazer. 

   --Então, se essa é a sua decisão final, eu vou te apoiar até o fim. 

   --Obrigado por me apoiar, isso significa muito. -ele ficou meio envergonhado.- Será que eu posso te dar um abraço.

  Concordei com a cabeça e ele me abraçou. Naquele momento, me senti completa e muito feliz de um jeito que não me sentia há muito tempo. 

   --É tão emocionante ver meus filhos juntos. — uma voz falou atrás de mim.

   Levei um susto e me virei para ver quem era e fiquei surpresa em perceber que nossa mãe estava parada bem na nossa frente. 

   --Mamãe. — falei, segurando para não chorar.

   --Clary. — ela se aproximou sorrindo, mas depois olhou por mim.- Oi, meu filho. 

   --Oi. Jocelyn. — sua voz demonstrava que ele estava com medo ou muito nervoso, eu não conseguia descobrir.

    --Mãe, por que está aqui? — perguntei para ela diretamente, pois, sei que nossas conversas sempre não curtas.- Um novo recado dos anjos?

    --Sim. A guerra vai começar, ainda não sabemos exatamente quando, mas sabemos que está próxima, muito próxima. — nossa mãe explicou.- Está na hora de reunir todos os caçadores. Avise a Consulesa.

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