Capitulo 14

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Eu estava no meu quarto, quando acordei com os gritos do JC vindos do quarto em frente.

Me levantei e corri até lá. JC estava se debatendo na cama e suando demais, se ele continuasse assim iria acabar se machucando gravemente.

--JC. Acorda. JC. - eu chamei ele.

--Ahhhhhh. - ele se sentou com um grito.

--Está tudo bem. - eu abracei ele.- Foi apenas um pesadelo e você já acordou.

--Por favor, não me deixa sozinho. Por favor. - ele me implorou, estava desesperado.

--Eu estou aqui e não vou a lugar nenhum. - garanti para ele.

Ele se encolheu completamente em meus braços como uma criança desesperada e eu o acalentei, até que meu irmão adormeceu em meus braços.

Me deitei ao seu lado e acabei adormecendo ali mesmo, junto dele. Nunca em minha vida pensei que algum dia teríamos esse momento entre irmãos, onde poderíamos dormir na mesma cama sem nenhum tipo de medo ou preocupação.

Acordei no dia seguinte, o sol já estava forte. JC não estava ao meu lado, o que indicava que ele já tinha acordado e pelo cheiro de café que entrava pela porta do quarto, só podia significar que ele estava na cozinha.

--O cheiro está maravilhoso. - falei, entrando na cozinha.- Bom dia.

--Bom dia, Clary. - ele respondeu, parecia estar animado.- Estou preparando panquecas, você quer também?

--Você sabe cozinhar? - perguntei um pouco surpresa.- E sim, eu quero panquecas.

--Clary, eu nem sempre estive no inferno e Valentim, nem sempre esteve em casa. - ele disse, respondendo a minha pergunta.- Precisei me virar ou morreria de fome. Não quero me gabar, mas cozinho muito bem e se não acredita pergunta para a Izzy, ela já provou umas coisas que fiz, apesar que agora ela pensaria que minha comida está envenenada.

--Ela provavelmente faria você comer tudo, antes de colocar uma colher na boca. - eu dei risada do meu próprio comentário e o JC também. Depois, voltei a ficar séria.- Você está bem?

--Sim. - ele ficou um pouco incomodado, acho que estava se lembrando do sonho.- Eu sempre fico bem.

Ele terminou as panquecas e colocou sobre a mesa. JC pegou as canecas e colocou café para nós.

--JC. - ele olhou para mim.- Eu sei que você e o Jace foram ensinados que os sentimentos nos enfraquecem e que por isso não podemos e não devemos senti-los, principalmente, o amor, mas isso é a concepção de um maluco. Nós temos sentimentos por uma razão e por essa razão precisamos senti-las, mesmo que doa. Se não quiser conversar sobre ontem, está tudo bem, mas, saiba que sempre vou estar aqui.

--Obrigado, Clary. - ele me deu um sorriso terno.

Uma mensagem de fogo chegou e JC o pegou, lendo o bilhete.

--É da Consulesa. - ele abriu o papel.- Ela marcou uma reunião para hoje a noite e está liberado a abertura de portais. Você sabe de algum feiticeiro que possa abrir um para nós?

--Como isso tem relação com a missão dos anjos, acredito que não terá nenhum problema se eu utilizar minha runa de portal. - falei para ele, mas tinha as minhas dúvidas sobre isso.

--Então, vou me preparar para hoje a noite. - JC parecia tenso.- Quais são as chances de que eu vá preso?

--Altas. - eu fui sincera e ele me deu um sorriso.- Mas, acho que nessa questão, eles vão ter que esperar até o fim da guerra se quiserem te prender. Sem você, vamos perder.

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