Epílogo

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          Dois meses depois.

   JC estava certo, Lilith não voltou a realizar nenhum ataque, mas isso não queria dizer que a Guerra estava encerrada por completo. Podia apenas ser uma pausa para ela se reerguer e preparar um novo ataque.

   Mas, até que isso acontecesse continuaríamos trabalhando e monitorando a situação pelo mundo.

    Contudo, nossa vida não parou e hoje é um dia muito importante. É minha cerimônia parabatai.

     --Ansiosa por hoje a noite? -Simon entrou no meu quarto, onde eu terminava de pintar um quadro.

    --Por que acha que estou aqui no quarto pintando? -me virei para o meu amigo.- Estou tão nervosa que sou capaz de esquecer o juramento.

    --Você não irá se esquecer de nada. -ele se aproximou de mim.- Treinou bastante para isso e vai perceber que com a emoção do momento seu cérebro irá se lembrar de cada palavra e nem vai precisar pensar nelas, pois, viram facilmente.

    --O que seria de mim sem você. -olhei para ele e o abracei.- Como a Izzy está?

    --Você conhece a sua futura parabatai melhor que ninguém. -ele respondeu, sorrindo.- Ela aparenta estar completamente calma, mas, por dentro, está pior que você, acredite.

    --Eu demonstro minhas emoções, já Isabelle os esconde atrás de sua postura, mas isso não é uma visão ruim, uma de nós tem que demonstrar ter algum controle de si mesma.

    --Isso lá é verdade. -ele concordou comigo.- Vocês são o oposto de Jace e Alec. Isso é uma coisa boa.

    --Você teve alguma notícia de meu irmão? -mudei de assunto para tentar acalmar meus nervos.

    --Ele estava vindo de Londres hoje a noite. -Simon respondeu.- Ele conseguiu encontrar e matar o demônio que procuravam e não tem nenhuma relação com a Lilith ou Asmodeus.

    --Ótima notícia. -respondi. Guardei meu lápis dentro da caixinha em uma gaveta.- Será que ele ficará bastante tempo em Nova York.

    --Isso apenas a Consulesa poderá te responder. -Simon completou, pegando um giz que eu tinha derrubado.- Seu irmão é um caçador bem importante para a Clave.

    --As vezes eu acho que a Clave usa ele como uma arma de matar demônios. -comentei, mais para mim que para meu amigo.

    --Penso a mesma coisa, mas JC não reclama e acho que até gosta do que faz.

    --Isso eu tenho que concordar com você, Simon. JC ama o que faz e isso fica bem evidente em seus olhos, eles brilhan de orgulho e paixão.

    --Mesmo assim, isso não muda o fato que a Clave está usando ele. -Simon falou e olhou para a porta tendo certeza que ela estava fechada.- Amo o mundo das sombras, mas, assim como no mundo mundano, a Clave é um governo que se aproveita das pessoas sem pensar nas consequências ou em como elas se sentem.

    --Que a Clave nunca nos escute falando deste modo, mas, está completamente certo. -disse, olhando nos olhos do Simon.- E pelo que vou dizer agora, posso parecer má ou até mesmo egoísta, mas, prefiro ver meu irmão sendo usado como arma do que ver ele preso ou condenado a morte. É uma opção melhor.

     --Não está sendo egoísta, apenas humana e uma irmã que ama seu próprio irmão. Não tem nada de errado nisso.

     --Vamos mudar de assunto antes que alguém nos escute falando deste modo da Clave e interprete as coisas de modo errado, poderia nos trazer vários problemas.

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