•13• Centro Cultural Cabo-verdiano (CCC)

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2031: Centro Cultural Cabo-verdiano - Coimbra

Minha vontade era de continuar ainda deitada na cama e a ficar, como de costume agora, remoer as minhas dores e debilidades internas

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Minha vontade era de continuar ainda deitada na cama e a ficar, como de costume agora, remoer as minhas dores e debilidades internas. Não estou conseguindo ser forte o suficiente tanto o quanto eu gostaria, no entanto, eu simplesmente não consigo desistir. Não é só sobre mim ou minha força, Deus está nesta questão. Ele nunca desisti e Deus é a maior força que eu poderia ter ou desejar.

O Augusto e a Delilah estão a tratar-me com muito amor e carinho. Para mim, é claríssimo que nem água cristalina que Deus demonstra o seu cuidado para comigo através deles.

E é mais um motivo para eu não desistir desta batalha.

Agora estou indo em direção ao CCC (Centro Cultural Cabo-verdiano) que, por sua vez, não fica muito longe. Vou encontrar a Morena e relaxar um pouco com uma das minhas formas favoritas de terapia: a dança.

Eu conheci a Morena em um dia em que ela e o seu grupo ainda estavam a preparar o lugar para as performances deles. Fui até ela porque fiquei curiosa sobre o que estava a passar-se e a partir começamos a falar.

De uma conversa e de uma risada para outra estabelecemos uma ligação (de termos muita estima pela nossa cultura) e mais a diante - que não seria muito longe - a nossa amizade floresceu.

Chego ao meu destino, estaciono o carro entre dois veículos elegantes e não muito grandes, bloqueio o carro e adentro no estabelecimento.

Subo as escadas, que não são muitas, e rapidamente consigo localizar a Morena graças à emissão de sua voz pitoresca ao estar falando na nossa língua materna - o crioulo.

- Bom dia, pessoal! - iniciei, meio tímida.

- Boas! - uma mulher de pele negra e de cabelo crespo no estilo afro declarou. As pontas de seu cabelo era da cor loiro. O porte físico dela é magro.


- Bom dia, mulher bonita. - um homem de pele morena abordou-me, curioso. Seu cabelo é do tipo rasta. O seu porte físico é do tipo atlético.

- Galanteador... - disse a mulher de cabelo liso, tamanho médio, em voz mais baixa.

A mulher de cabelo crespo riu ao reparar em algo que acho que talvez esteja em mim. Comecei a preocupar-me.

- Não aborreças-te! - ela riu mais um pouco - Ele vai tirar seu cavalinho da chuva pois a moça é casada. Olha o seu dedo anelar...

- Por favor, eu não fiz nada demais. Apenas cumprimentei a mulher... Vocês também imaginam muito além da conta. - o homem franziu suas sobrancelhas e depois olhou para baixo - Vou amarrar o fio do meu ténis que é o melhor que eu faço agora.

Uma Difícil Decisão ▪︎ Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora