•24• Amizade de longa data

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2031, Coimbra

Sendo muito sincero, a nível profissional, a convivência com o Randal e o Paolo não está sendo nada mal, como antes eu temia

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Sendo muito sincero, a nível profissional, a convivência com o Randal e o Paolo não está sendo nada mal, como antes eu temia. Eles realmente são muito competentes e se continuar assim, acho que a Almada Business sairá daqui só a ganhar mais. Hoje teve uma reunião sobre a questão dos trâmites envolvidos na frequente subida e descida das ações e obrigações numa empresa e isto permitiu-me perceber melhor os conhecimentos deles.

Eu já havia feito uma pesquisa geral sobre eles, em que, curiosamente, na esmagadora maioria se fala de tudo o que os DiFalco conseguiram alcançar e que para muitos ter uma parceria com eles, isto seria semelhante a já ter um sucesso garantido, seja qual for a empresa.

Contudo, a nível pessoal ou ainda emocional, o facto deles serem parentes do Marco isso pesa muito durante a convivência com eles, porque o que está no passado não se apaga, especialmente tendo em conta a gravidade do que aconteceu com a Joyce e que marca uma pessoa profundamente. Logo, em função de tudo aquilo que ela passou, é compreensível a fraca afeição dela com os DiFalco.

Mesmo Randal e Paolo não serem igual ao Marco a nível da psicopatia, Randal e Paolo tornaram-se em gatilhos de carne e osso para Joyce, porque sempre que ela olhar para eles, torna-se inevitável para ela não se lembrar de tudo ou, pelo menos, do que mais a magoara.

Estou no meu gabinete a terminar de cumprir os afazeres que tenho que fazer agora pela manhã. Meu telefone toca e era a Cassandra querendo avisar-me dos trabalhos que eu teria que fazer após a hora do almoço. Não faltava muito tempo para eu e minha esposa irmos almoçar. Aliás, todos aqui desta empresa. No entanto, havia aqueles que traziam sua comida e comiam aqui mesmo, pois, por vezes, as tarefas são tantas que é preciso ganhar o máximo de tempo possível.

Desligo tudo o que liguei aqui no gabinete, até já ia esquecendo-me de apanhar meu telemóvel. Coloquei-o no bolso de minha calça, junto com as chaves. A minha carteira estava no outro bolso da referida. Saí do gabinete vendo que a Cassandra estava sozinha aqui com sua pequena lancheira vermelha que transportava sua refeição. Parece que ela gosta mesmo da cor vermelha.

- Oi, Cassandra. - ela fitou-me deixando de lado a arrumação que fazia na sua mesa em relação aos seus materiais, para agora colocar o seu almoço - Pelos vistos não terás companhia aqui. - assim referi a questão de Jasmin ter saído e deixado ela sozinha.

- É verdade. - sorriu - Mas desta vez preciso de ficar aqui. O senhor já sabe, às vezes temos aqueles dias em que não dá para deixar passar a oportunidade de terminar algo importante, e por isso decidi ficar. - Cassandra ajeitou seu cabelo ao terminar de falar.

- Certo.

- A senhora Joyce já está na receção à sua espera.

Uma Difícil Decisão ▪︎ Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora