•25• Desafiando a timidez

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2031, Coimbra

Enquanto bebo meu café adocicado com três colheres de chá de açúcar, sentada na cadeira da mesa das refeições, eu olho para um ponto da sala sem ser em alguma coisa específica

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Enquanto bebo meu café adocicado com três colheres de chá de açúcar, sentada na cadeira da mesa das refeições, eu olho para um ponto da sala sem ser em alguma coisa específica. É como se a minha mente ficasse dispersa por breves segundos ao passo que várias coisas se passavam na minha cabeça.

Depois de eu ter acordado ou saído desta inércia, eu comecei a ajeitar meu cabelo que estava no estilo "rabo de cavalo". Augusto estava prestando atenção à tv com as notícias que se passavam no decorrer da programação. Já eu fiquei a pensar no pedido de Morena para eu ir dançar com ela e também refleti sobre aquilo que Augusto disse-me ontem no carro.

A timidez, realmente, é um grande obstáculo que todos nós devemos ultrapassar pois, caso contrário, nós podemos acabar por perder as melhores coisas, os melhores momentos e sensações. Agora eu já estava convicta de que eu não podia perder esta oportunidade. Eu amo dançar funaná. Meu corpo e minha mente entram em uma perfeita harmonia quando escuto as batidas deste ritmo a tocar. Quando o ferro e a gaita são manuseadas e seus sons são juntados, o produto final disto é indescritível.

Com o café da manhã já tomado, eu vou arrumar a pequena loiça suja feita e coloquei tudo na pia da cozinha. Vou para o quarto para ir calçar meus sapatos e conferir se está tudo certo. Olhando para o espelho percebi que já ia me esquecendo dos brincos. Então, sem demora, eu os coloquei. Assim eu já estava pronta, aliás, nós os dois.

Colocando os pés fora de casa, eu logo encaro uma temperatura amena pois apesar dos raios solares estarem a marcar seu território, também o vento não ficava para trás, o que no final das contas me agradava. Durante o trajeto até ao AB, eu liguei para a Morena para lhe confirmar o sim dela imposto na sua proposta de sim ou sim. No entanto, ela não atendia à chamada. Tentei mais uma vez, mas o esforço foi escusado. Eu teria que esperar mais um pouco para falar com ela.

Já estando no nosso destino, Augusto estaciona na primeira vaga que encontra e que tinha sombra. Hoje havíamos conseguido chegar mais cedo, e por isso, o número de vagas disponíveis era maior. Quando chegamos na entrada principal do prédio, eu e o Augusto acabamos por cruzar com a Cassandra que estava linda e charmosa como sempre.

- Bom dia! - ela saudou-nos dando um sorriso pintado a vermelho.

Cassandra está usando um vestido preto com um decote "V" que lhe ficava justinho no corpo e que ia até aos seus joelhos. Seus saltos altos eram vermelhos e segurava através do seu braço direito o seu blazer também vermelho. Cassandra carregava sua bolsa no ombro esquerdo.

- Bom dia, Cassandra! - Augusto respondeu. Nós paramos de andar.

- Bom dia. - busquei desviar minha visão da forte luz do sol.

Uma Difícil Decisão ▪︎ Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora