•40• Família DiFalco - parte II

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Com os quartos arrumados e os dentes bem limpinhos, os pequenos DiFalco percorreram o corredor até à mesa do pequeno almoço inalando o cheiro delicioso das famosas panquecas feitas pela mãe deles. Nesse momento, seus estômagos roncavam copiosamente, o que os deixavam mais ansiosos pela primeira refeição do dia.

A mesa já estava posta, apenas faltando o primordial: a torre de panquecas. Marco e Paolo sentaram-se às pressas - comportando-se lindamente - após Angelina caminhar cuidadosamente com a fabulosa e apetitosa torre de panquecas sobre um prato. Angelina sorriu ao ver os olhos dos seus filhotes a brilharem com a sua comida.

A matriarca distribuiu as panquecas no prato de cada um - primeiramente dos filhos - colocando por cima o xarope de mel e um cubo de manteiga por cima. Randal descia as escadas enchendo o peito com o cheiro das panquecas da sua esposa prendada.

- Que cheiro maravilhoso no ar! - Randal voltou a inalar o cheiro, expressando mais gosto.

- Bom dia, pai! - saudaram os pequenos DiFalco em uníssono e a olharem para os seus pratos com muita tentação.

- Não esperem mais! Comam, meus filhos!

Rapidamente, Marco e Paolo trincaram as suas panquecas e suas papilas gustativas estavam num paraíso gastronómico em que a grande chefe era a mãe deles. Antes de sentar, Randal beijou a bochecha da Angelina com ternura e depois foi sentar-se na sua cadeira. Angelina serviu gentilmente o café ao marido e este agradeceu jovialmente.

Marco e Paolo foram os primeiros a terminar a refeição - o que não surpreendia os pais deles - já Angelina e Randal demoravam mais a terminar o café da manhã pois se entretinham nas suas conversas.

Os rapazes da casa estavam cheios de energia novamente, portanto, queriam logo iniciar uma nova partida de futebol. Marco queria a desforra e Paolo queria dar uma nova abada no irmão. Eles se entreolharam como se estivessem a comunicar telepaticamente. Marco fizera um pequeno barulho para chamar a atenção dos pais e Paolo estava ali para dar apoio ao irmão mais velho.

- Pai, mãe, eu e o Paolo podemos ir jogar bola lá fora? - Angelina relutou em deixá-los ir pois não passara muito tempo desde que terminaram a refeição. Em contrapartida, Randal já tinha a resposta na ponta da língua, e claro que era a favor do pedido do seu primogénito.

- Deixa-os brincar, querida. Está um dia lindo lá fora e nessa idade eles têm muita energia, especialmente quando não têm aulas. - Marco e Paolo fizeram a sua famosa carinha do "por favor, mãe!".

Angelina ainda permanecera pensativa. O que ela temia era que os dois acabassem por brigar por causa da bola. Era incrível como eles brigavam por quase tudo - para não dizer tudo - eram irmãos, mas também dava para perceber como eles eram diferentes.

Marco era o de personalidade muito forte. Ele era até certo ponto mimado e egoísta. Mas mesmo com tudo isso, Randal ainda passava a mão na cabeça do menino com a desculpa de que era apenas uma fase. Em contrapartida, Marco era um excelente aluno. Aplicado e sempre com ótimos resultados, o que fazia o seu ego aumentar e Randal sempre o elogiava por isso.

Paolo era o mais calmo e mais bem comportado. Era também um ótimo aluno, mas o que realmente o motivava a ser assim tão aplicado era sua ambição em conquistar o orgulho do pai. Paolo notava a forma como Randal tratava o Marco. Ele parecia ser o favorito dele e isso impulsionava Paolo a estar em constante competição com o Marco em quase tudo.

- Vá lá, mãe! - Paolo começou a implorar também - É só um jogo. Por favor!!!

- Ok. - balbuciou Angelina, vencida pelos homens da sua vida - Mas nada de brigas! Se eu pegar-vos a discutir vocês irão para o vosso quarto e nem o vosso pai poderá fazer nada quanto a isso, entendido? - Angelina fitou os amores de sua vida seriamente. Randal assentiu e os pequenos DiFalco levantaram-se depois de concordarem com o acordo da mãe.

Uma Difícil Decisão ▪︎ Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora