Capítulo 41

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Os incêndios espalhados pelo entorno da propriedade causaram uma grande confusão. A tranquilidade do turno dos guardas foi pelos ares quando eles perceberam as chamas se espalhando rapidamente e o vento forte vindo do mar só agravava a situação.

San e Yeosang entraram primeiro, abrindo caminho para os outros. Eles se movimentaram em silêncio e pelas sombras, usando a escuridão para camuflá-los sempre que possível. E como o planejado, o caminho até o corredor do gabinete estava vazio; todos os guardas que estavam ali correram para fora, tentando ajudar a controlar o fogo.

Eles conseguiram chegar ao gabinete e esperaram até que Nabi, Jongho e Wooyoung aparecessem.

- Viram algum sinal de movimento por aqui? – Wooyoung perguntou assim que parou de frente a porta trancada.

- Não. – Yeosang respondeu – Pelo visto, os cômodos desse corredor não são usados com frequência, ou não são frequentados durante a noite.

- Ou quem quer que esteja dentro deles está dormindo. – San disse, considerando essa possibilidade.

- É possível. – Yeosang concordou – Então, não façam barulho. – ele olhou para Wooyoung com os olhos cerrados – Não fale alto.

A resposta dele foi um revirar de olhos intenso.

- Mas como vamos ser silenciosos se precisamos arrombar a porta? – Jongho questionou, sem enxergar outra maneira de abrir a porta do gabinete.

- Deixa comigo. – Nabi sussurrou, acatando o conselho de não falar alto. Levou a mão direita ao cabelo e tirou um grampo de ferro do coque – Com licença.

Eles abriram espaço para ela, que enfiou o grampo no buraco da fechadura e girou algumas vezes.

- Nós vamos voltar para a entrada e ficar de olho nos guardas que desmaiamos. Mingi e Yunho estão no começo do corredor e logo estarão aqui para vigiar a porta. – San falou, apontando para a saída.

- Não demorem. – Yeosang disse baixinho, já se afastando.

Os dois voltaram pelo caminho que vieram sem perder tempo. Assim que cruzaram o corredor principal, Yunho e Mingi avançaram, aproximando-se do gabinete.

- Tem certeza de que vai conseguir abrir a porta com um grampo? – Wooyoung sussurrou, cético.

Nabi o encarou com um olhar cortante e sorriu com sarcasmo, girando o grampo pela última vez. Ela forçou a maçaneta e a porta abriu facilmente. Jongho arregalou os olhos de surpresa, enquanto Wooyoung ergueu as mãos para cima em reconhecimento.

- Incrível. – admitiu, aplaudindo bem devagar para não fazer barulho.

- Eu sei. – Nabi deu de ombros, entrando no gabinete.

A sala estava escura como um breu. Então, Jongho pegou uma lamparina pendurada na parede do lado de fora e a usou para guiá-los na escuridão.

- Olá, pessoal! – Yunho sussurrou, colocando a cabeça para dentro do cômodo. Ele sorria por baixo da máscara.

- Estamos aqui fora. Se precisarem de ajuda, é só chamar. - Mingi disse, colocando a cabeça do lado da de Yunho.

- Ótimo. Agora vigiem enquanto nós trabalhamos. – Wooyoung abanou a mão, os dispensando com impaciência.

- Onde o capitão e o Seonghwa hyung estão? – Jongho perguntou antes que eles fechassem a porta.

- Eles ficaram perto da cozinha, caso alguém venha daquela direção. – Yunho respondeu.

- Certo. – Jongho assentiu para o irmão e ele assentiu de volta, fechando a porta.

- Eu tinha mais expectativas para esse lugar. – Nabi reclamou, achando o interior do gabinete simples demais.

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