Íris estava se divertindo ao ver o desespero crescente de Akin. Depois de controlar o incêndio, ele passou o restante daquela noite gritando ordens e andando como um louco pelos corredores da mansão. Não voltou a dormir. Estava determinado a pegar os invasores de qualquer jeito.
Quando o dia amanheceu, ele estava ainda mais inquieto. A todo momento mandava um de seus homens verificar o portão de entrada. Mas quem quer que ele estivesse esperando não apareceu.
Akin percebeu tardiamente que tinha sido enganado pelas garotas estrangeiras. Íris via a mente dele trabalhando freneticamente enquanto tomava seu café da manhã. Ao contrário dele, ela estava tranquila. Se serviu de um pedaço generoso de bolo de laranja e aproveitou até a última migalha, observando atentamente a irritação de Akin aumentar.
- Aquelas duas...
- Senhor, não xingue na mesa, por favor. – a cozinheira o interrompeu antes que ele xingasse. Akin se conteve em respeito a ela, que tinha idade para ser sua mãe.
Apesar de tudo, Akin nunca era desrespeitoso com a cozinheira, embora não fosse muito educado com seus outros empregados.
- Eu fui enganado! – ele continuou, sem tocar em seu café da manhã – Tenho certeza de que aquelas duas estão envolvidas no incêndio. Mas porque elas fariam isso... – Akin parou de falar, finalmente ligando os pontos.
Liz e Krystal tiveram acesso ao gabinete dele, perguntaram sobre a princesa desaparecida e lançaram a isca perfeita ao falarem do tesouro do imperador. Ele duvidava que o fogo havia começado por acidente. Mas não conseguiu entender o motivo, já que não causou nenhum dano grave a mansão. Era como se tivesse sido apenas uma distração.
Num movimento brusco, Akin se levantou da cadeira, a empurrando para trás com violência e saiu correndo. Íris conteve um sorriso de satisfação e colocou mais um pedaço de bolo na boca para disfarçar. Ele finalmente tinha se dado conta de que a invasão foi muito maior do que imaginava. Ela tinha certeza de que Akin correu para o gabinete; e teria uma surpresa bem desagradável quando descobrisse que havia sido roubado.
Os berros dele confirmaram o que Íris já sabia. Embora não soubesse exatamente o que os Mascarados tinham levado, ela sabia que estava relacionado ao tesouro. Não era segredo que Akin era obcecado pela lenda, e Íris lembrava-se de ouvir seu pai contando sobre a busca incessante dele pelo tesouro. Ela também sabia que a princesa de Kasen estava nas mãos dos piratas de Akin e que ela tinha envolvimento com essa história.
E pelo desespero dele, o tesouro estava muito perto de escapar de suas mãos.
Enquanto estava escondida atrás do vaso, Íris viu alguns Mascarados acompanhados de uma garota. Quando Yunho a deixou no jardim, deu a entender que ia procurar por ajuda de alguém. Talvez as garotas que enganaram Akin fossem as mesmas que ajudaram os Mascarados.
Contudo, a alegria de Íris se desfez quando Zaire entrou na sala de jantar. Ela sentiu as mãos suarem frio ao ver o guarda que a levou de volta a Akin. Ele estava com a cabeça enfaixada e mantinha uma mão sobre a barriga. Provavelmente estava com algum ferimento ali.
- Onde está Akin? – ele perguntou com uma expressão zangada.
- Saiu correndo agora a pouco. – a cozinheira respondeu, sem se dar ao trabalho de olhar para o guarda.
- Preciso contar a ele o que eu vi ontem a noite. – Zaire disse, sentando-se perto de Íris.
Ela puxou a cadeira para longe dele imediatamente.
- Está com medo de mim, gracinha? – ele ironizou, a encarando dos pés à cabeça – Não vou conseguir fazer nada com você nesse estado. Pode ficar no lugar, não vou morder.
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Treasure • Ateez
Fiksi PenggemarEles são lendas vivas. Ninguém realmente sabe se são apenas parte das histórias empolgantes que as pessoas contam, ou se existem de fato. Alguns os chamam de piratas, outros, de assassinos. O fato é que todos já ouviram falar dos Mascarados. As his...