Entrega

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Erick e eu nos apressamos em nos vestirmos novamente, sem se importar que as roupas ficaram amarrotadas ou nossa situação entregasse o que nós dois havíamos acabado de fazer. O nosso único foco é sairmos daqui direto para a casa da Eloá para podermos buscar a mala dela e das gêmeas, já que Eloy e Eleanor foram acompanhar o casal de papais para o hospital.

Enfim calçamos nossos sapatos e eu faço um coque bagunçado no cabelo, saindo atrás do Erick, tendo a certeza que não deixamos nada para trás.

Voltamos pelo mesmo caminho ao qual viemos, dando para a porta a qual entramos, onde Erick deu uma batida improvisada, acredito que um código para informar que é ele, o que fez o segurança abri para nós. Antes de nos encaminhar até o carro, Erick tirou a carteira e entregou uma certa quantidade de dinheiro ao homem que agradeceu e logo em seguida entrou para o prédio.

- Parece nervosa- Erick comenta quando já estamos no carro, pondo o veículo em movimento.

- É porque estou- respondo.

Não sou a grávida que está preste a da a luz, mas a ansiedade e o nervosismo me faz parecer que sim. Todo o processo até aqui foi espetacular os meus olhos, e saber que aquelas duas criaturinhas estão prestes a vim ao mundo é incrível e assustador ao mesmo tempo, porque não deve ser nada legal ter alguém saindo de você, mas apesar de tudo quero passar por essa experiência, de ter uma misturinha minha e do Erick.

- Não precisa, vai ficar tudo bem- ele pega a minha mão que está sobre a minha perna e leva até os lábios, dando-lhe um beijo.

- Eu sei que sim, eu só acho fascinante todo esse evento que ocorre com a mulher, gerar uma vida, parece surreal, mas ainda me assusta o fato de ter que por para fora- ele solta um risadinha- eu também penso como será quando for a minha vez- falo baixinho, meio sem jeito, Erick e eu nunca conversamos muito sobre termos filhos, sei que caso tenhamos, ele será um ótimo pai- você quer ter filhos?- Erick me encara por alguns segundos, então volta a olha a estrada, aos poucos vai abrindo um sorriso enorme no seu rosto.

- Óbvio, claro, esse mundo merece pessoas com nossos genes combinados, olha para gente, beleza, criatividades e genialidade combinada, quero no máximo uns cinco- eu estava sorrindo abobalhada, até ouvi ele dizer que quer cinco filho, ele acha que eu sou o quê, uma máquina de bebês.

- Cinco?- pergunto espantada e ele assente- amor, isso é loucura, como vamos cuidar e educar cinco crianças?- ele dá de ombros.

- Nossos sobrinhos estão aí pra isso, treinamos com eles até termos os nossos, e não é como se fossemos tê-los no próximo mês, talvez daqui a alguns anos, ainda quero ter você só para mim.- se explica, mas continuo o olhando indignada.

- Erick, não é bem assim que funciona, sobrinhos não são filhos, você que é tão inteligente deveria saber disso, e acho bom ser bem para frente mesmo, pois ainda iremos discutir bastante sobre essa ideia de cinco filhos.- cruzo meus braços deixando minha intimação no ar, sem deixar brecha para discussão.

- Tudo bem, daqui para lá eu te convenço- volto a encara-lo e nego com a cabeça- e eu sei que filhos não são sobrinhos, mas eu cresci com irmãos, queria ter mais, mas meus pais fecharam o forno e eu amo criança, principalmente se for suas crianças, nossas- suas palavras me derreteram um pouco, fazendo um pouco das minhas barreiras cederem, mas ainda não me deu por vencida, pois as crianças sairiam de mim, não dele.

Erick enfim estaciona o carro em frente a casa da Eloá, onde nos apressamos, já que recebemos outra ligação do Joshua perguntando onde estávamos. Meu namorado abre a porta com a chave extra, vai em direção ao quarto do casal e eu para o das gêmeas, que por sinal estava lindo, muito colorido, e já com o típico cheiro de bebê, tudo isso devido aos cosméticos e as fraldas.

Reclamada Por Um LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora