Financeiramente Independente

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Um pequeno peso está sobre mim, abro meus olhos deparando-me com metade do corpo da Ayira jogado em cima de mim. Olho ao redor reconhecendo que estou em seu quarto inspirado na princesa Merida. Lembranças da noite passada invadem a minha mente, onde nós duas ficamos até tarde brincando, assistindo filmes e nos entupido de besteiras.

Levanto-me da cama com cuidado para não acordar a pequena, preciso começar o dia, que seria realmente corrido, além de por meu plano em prática, tenho que ajudar as meninas a preparar as decorações e lembranças do festival que ocorrerá neste fim de semana, estou extremamente ansiosa para que este dia chegue.

Vou para o meu quarto, direto para o banheiro para fazer minha higiene e tomar um bom banho. Estando limpa visto um top de manga curta preto e uma jardineira de saia rodada com estampa de HQ da Marvel, nos pés um all star cano longo preto, prendo meu cabelo em uma rabo de cavalo alto e desço para o café.

Travo na entrada da cozinha ao vê duas senhoras andando de um lado para o outro pondo a mesa do café. Eu nunca as vi antes e não sei como devo me comportar, nem Eloá ou Joshua estão aqui para me ajudar. Nessas horas fico irritada comigo mesmo, já deveria saber como agir, largar de ser tão acanhada como um bichinho do mato, mas não consigo, acabo travando.

- Você deve ser a Melina- saio do transe e encaro a senhora a minha frente, seu cabelo é um preto acinzentado em um coque bem feito, ela veste um terninho azul claro, as feições do seus rostos são gentis- não precisa se retrair querida, eu sou a Geórgia, governanta da casa e aquela é a Berta, a cozinheira, estávamos de férias.

- Olá querida- a outra senhora baixinha e gordinha me cumprimenta, dou um pequeno sorriso, lembro-me de Eloá falando que seus funcionários da casa estavam de férias, mas que logo voltariam, pelo visto hoje foi o dia.

- Olá, é um prazer conhece-las, Eloá falou sobre vocês, mas não estava lembrada.- falo um pouco sem graça.

- Tudo bem Mel, posso chama assim não é?- Geórgia questiona e assinto- venha, sente-se, deve está com fome- aproximo-me da mesa e sento-me na cadeira.

- Na verdade estou faminta, nem parece que passei a noite me enchendo de guloseimas com a Ayira- recebo um olhar duro de ambas mulheres.

- Pelo visto vou ter que regrar a alimentação de mais alguém- Berta comenta como uma mãe dando bronca em um filho.

- A Eloá já faz isso muito bem, mas sempre que dá Ayira e eu damos uma escapolidas- Geórgia nega com a cabeça e começa a por meu café, tento impedir dizendo que posso fazer eu mesma, mas ela me dá uma bronca mandando-me ficar quieta.

Ao decorrer do tempo vou me soltando com elas e começamos a conversar sem parar, as duas são extremamente gentis e maternais, descobri que elas também são lupinas e já passam dos cem anos de idade, fiquei surpresa não nego. Também conheci Jorge quando ele foi tomar uma generosa xícara de café, o mesmo é motorista particular.

- Tá uma delícia, mas não aguento mais- empurro o prato com mais uma fatia de bolo que Berta pós.

- Mas você está muita magricela, tem que comer.- ela rebate e Geórgia concorda.

- Vocês duas não mudam- Joshua aparece na cozinha com uma Ayira sonolenta em seus braços, cabeça no ombro pai, de pijama e o cabelo bagunçado.

- Pelo visto você conheceu as duas mãezonas do Joshua- Eloá adentra e senta-se do meu lado, concordo com a cabeça.

Pelo o que compreendi os dois tiraram o dia de folga, aproveitaram que as duas funcionárias retornaram para acordar mais tarde.

- Bom, vocês chegaram, mas eu já vou saindo, antes que Berta me faça comer mais- levanto-me, dou um beijo na bochecha de cada um presente ali- estou indo na casa de sua mãe- aviso a Eloá, e ela me olha espantada.

Reclamada Por Um LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora