Eu ainda preciso de você

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Ainda tem alguém por aí? Porque eu voltei com mais um capítulo fresquinho!

Pessoal, minhas mais sinceras desculpas pela demora de três vidas. Eu passei por algumas coisas que me desanimaram de escrever, mas estou tentando voltar aos poucos e espero que, se ainda estivem dispostos a ler, entendam que eu estou indo com calma.

Sem muito mais delongas, boa leitura!

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"Medo(s.m.)

É a sirene da alma. Palpitações de aviso. É o mensageiro que invade meu corpo dizendo que algo vai acontecer. É o frio que a gente sente pela espinha. É o irmão mais velho do desespero. É o pai dos filmes de terror. É uma força da natureza, mais velha do que o bicho-papão.

Cuidado para não alimentar demais. Senão ele foge do controle e devora você."

Ao entrar pela porta do hospital, Alicia olhou por todo lugar em busca de Anna, pois, naquele momento, ela era a única pessoa no mundo que lhe importava. Com sua busca visual, ela não enxergou nada além de médicos e enfermeiros que passavam de uma lado para o outro. Esse fato lhe deixou enjoada. Se sua amada ou Raven não estavam ali, então algo realmente horrível havia acontecido. Ela ainda não queria acreditar na ligação que havia recebido, pois tinha lhe machucado demais.

– Eu vou na recepção. – Avisou Santana que logo começou a caminhar naquela direção com certa velocidade para pedir todas as informações necessárias. Ela era a pessoa mais calma de todas as suas amigas, pois sabia que era o certo manter a calma em momentos como aqueles. Ela havia deixado Josey na fazenda com Abby e Aden por conta de não encontrar sua esposa em lugar algum, e também já estava começando a se preocupar com isso, logo sua cabeça já tinha muito com o que se preocupar.

– Ali? – Lexa tentou chamar sua irmã, mas ela parecia absorta demais com tudo ao seu redor. Era como se toda a realidade não fosse o suficiente para manter sua consciência no lugar onde deveria. Ela olhou nos olhos tão parecidos com os seus e notou que eles nunca estiveram tão perdidos como estavam agora. Na verdade, procurou em sua memória e lembrou que, sim, já estiveram, mas ela preferia não se lembrar disso. – Elas vão ficar bem.

– A última vez que eu falei com ela foi para discutir. – Aquela foi a única coisa que se passou pela cabeça de Alicia, e fez com que lágrimas brotassem em seus olhos e pensamentos ruins passassem por sua mente. – Essa não pode ser a última memória que eu terei dela.

Uma lágrima desceu pela bochecha de Alicia apenas em pensar na possibilidade de ter tido uma última memória com a pessoa que sempre julgou ser o amor de sua vida. Ultimamente passou tanto tempo gastando energia para tirá-la de sua cabeça e mantê-la longe, mas agora faria de tudo para mudar aquela trajetória, apenas para ter dado o melhor para ela. Não conseguiria jamais aceitar o fato de que a última memória delas foi uma discussão.

– Ei, ei. – Lexa segurou sua gêmea pelos ombros e logo subiu suas mãos para o rosto dela, acariciando suas bochechas e secando suas lágrimas enquanto tentava transmiti-la todo o amor que sentia por ela. Queria fazê-la se sentir bem, por mais que ela própria não se sentisse, visto que corria o risco de perder duas amigas e uma delas estava na sua vida há tempo demais para apenas ir embora. – Você ainda vai ter muitas memórias com ela. Essa não será a última. – A morena olhou para Clarke e viu que a mesma estava preocupada; sua expressão deixava mais do que claro. Duas de suas amigas estavam, pelo visto, com a vida por um fio. – Elas vão ficar bem. – Disse querendo que as outras três mulheres lhe ouvissem. – A Anna e a Raven vão sair dessa.

– Eu não tenho mais tanta certeza disso. – Josephine se manifestou pela primeira vez desde que chegaram e ela parecia absorta com toda aquela situação que aconteceu em apenas um dia. Havia sido demais para todas elas. – Tudo de ruim acontece com a gente. Pelo visto só faltava uma morte. – Ela disse por fim e se sentou em um dos bancos próximos, em uma tentativa de parar de espalhar ainda mais de seu pessimismo.

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