Olá, pessoas. Esse capítulo é o que eu venho esperando há anos para escrever, foi o que me trouxe a ideia de escrever essa história toda. Enfim, hoje vocês vão descobrir o que aconteceu com a Madi e as razões para a Lexa ser do jeitinho que é.
Boa leitura.
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"– Esse sentimento, essa tristeza, esse sofrimento. É uma coisa nova. Parece que ele me controla.
– Controla mesmo, Ari. Mas não vai controlar você para sempre.
– É bom saber. – Aristóteles e Sam, Aristóteles e Dante mergulham nas águas do mundo."Lexa não costumava ir para o telhado quando ainda havia luz solar, mas aquele novo vazio em sua alma pedia que ela fizesse isso algumas vezes, como se apenas ao olhar para o céu, os seus problemas se resolveriam. Algo que ela aprendeu com uma certa menina de olhos azuis há muito tempo atrás.
A pior parte era, quando voltava para o chão, os seus problemas voltavam. E as memórias também. Talvez ela não fosse como Madi, no fim das contas.
Já faziam alguns pouquíssimos meses desde a morte de Gustus – ou o assassinato dele – Lexa pensou de forma a se deprimir. O aniversário de dezoito anos das gêmeas estava próximo, e Lexa não sabia como se sentir ao saber que estava envelhecendo, e sua vítima, não. Ele não envelhecia por sua causa. Ou por causa dele, como Alicia insistia em dizer.
Com muita ajuda de sua família de amigos, ela estava lidando melhor com isso, já não chorava copiosamente, e agora se lembrava de como era seu sorriso. Mas em certos momentos todas as memórias voltavam, assim como a dor. Entretanto, por suas irmãs, ela superava aquilo a cada dia que passava. Estava lutando por elas. Assim como sempre lutava. Assim como sempre lutaria.
A morena respirou fundo para espantar seus pensamentos melancólicos. Não era hora de se deprimir. Na realidade, era hora de parar de sofrer. Seu pai não merecia nada daquilo, e ela sabia. Lexa levantou mais sua cabeça para o céu e fechou os olhos quando finas gotas de chuva tocaram seu corpo. O dia estava tão nublado, assim como sua mente estava há tempos. Ela se via naquele dia. Fria, triste e chorando.
Mas então, ela ouviu aquela voz que a lembrava que ela devia ser feliz. Aquela voz que a dizia que a dor ia passar, e que ela não seria dominada pelo sofrimento. Aquela voz que a dava forças para continuar, para sorrir, e amar, e gargalhar quando algo imbecil acontecia em sua frente, normalmente quando Anya estava envolvida. Aquela mesma espanhola que com muito afinco, e com ajuda de mais três garotas, estava fazendo o possível para afastar a tristeza da mente de Alexandria Woods.
– Ei, Lexy. – Ao se virar, ela viu um sorriso nos lábios de Madi. Mesmo com tanta dor, ela sorria com a maior alegria do mundo. Um dia, Lexa gostaria de ser como ela. Gostaria de fazer serenatas na janela de alguém e gargalhar com todo o resultado da cena, gostaria de invadir restaurantes e gargalhar com suas pessoas amadas naquele lugar, gostaria de rir mesmo que estivesse vivendo um inferno, como ficar presa dentro de um ônibus com as pessoas mais problemáticas do universo.
– Ei, Minha Pequena. – Ela cumprimentou baixo, com um fraco sorriso lhe acompanhando. Aquele sorriso que continha um amor sem igual. Um sorriso que Lexa pensou que jamais daria para outra pessoa. Ou daria? – Precisa de algo?
– De um milhão de dólares para comprar a melhor fazenda do mundo para nós. – Madi disse, com um sorriso que aumentou a cada frase. Ela era tão feliz, tão especial.
– Pode ser pequena e levemente pobre? – A menina analisou cada palavra, fazendo muitas caras e bocas enquanto pensava, e assentiu logo depois, também com movimentos exagerados. Madi era exagerada. Era uma das coisas que Lexa mais amava nela.
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Learning to Live
FanfictionMesmo vinda de uma família rica e muito respeitada na pequena cidade de Polis, Clarke é conhecida por sua grande fama de "Fera". Ela ganhou esse apelido depois de expulsar e maltratar todos os pretendentes que seu pai lhe trazia para que tentassem c...